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one

[aviso: a fic se passa em 1992, portanto os personagens tem em torno de 16 anos.]

Derry, Maio de 1992

Pov Richie

Sexta, 7AM

Estava sentado em minha cama, Eddie falava no meu ouvido, tão perto que me dava arrepios, ele cochichava e eu sentia seu bafo quente enquanto ele passava as mãos por debaixo da minha camiseta.

- eu quero que você me pegue, me vire e me foda com força contra a porta do seu quarto, enquanto sua mãe está lá embaixo. - Cochichava.

- Eddie... - Eu dizia sem fôlego.

- Calma, nós mal começamos. - Cochichou deslizando a mão sobre meu corpo.

- Richie!
- RICHIE!

Abri meus olhos e a vi, ao lado da cama. Minhã mãe. ótimo. Parecia zangada.

- Vai se atrasar. - Disse jogando minha mochila sobre a cama. - Vai logo, se quiser carona. - Disse saindo do quarto, deixando a porta entreaberta.

Que. Porra. Foi. Essa. - Pensei comigo imóvel na cama. - Um sonho. Só um sonho. Normal. Um sonho estranho e involuntario que o meu cérebro estranhamente criou com um dos meus melhores amigos, onde ele queria que eu... puta que pariu, isso não pode ser normal. Que merda tem de errado comigo?! - Peguei o travesseiro e apertei contra meu rosto dei um grito baixo e abafado.

Tá bom, isso nunca aconteceu. - Aquele foi meu mantra naquela manhã.

Escola, 8AM

Abri meu armário e comecei a pegar meus livros. Tudo bem, hoje eu vou para minhas aulas, não vou falar com ninguém, não vou falar com o Eddie.

- Oi Rich! - Disse Eddie por trás da porta do armário.

Com o susto bati a porta do armário sem querer.

- O-ooi, Eddie! - Ele me olhou franzindo o cenho. Merda. Merda. Merda.

- Você tá bem? Parece meio nervoso... - Merda. Porra.
Abri meu armário novamente disfarçando o nervosismo. Porque estava tão nervoso, ele não sabia de nada, como poderia?

- Eu to ótimo, dei uma passadinha na sua casa antes de vir pra cá. Foder sua mãe sempre me deixa muito mais relaxado. - Digo pegando meus livros e fechando o armário.

- Cala boca seu nojento! - Disse revirando os olhos. Dei um sorrisinho, como se estivesse calmo. Claro, muito calmo perto do garoto com quem eu tive a porra de um sonho erótico. - Poderia usar sua boca suja para coisas mais úteis, - (Como beijar você? - pensei involuntariamente.) - Como me dizer se viu a Bev por aí. - Continuou enquanto andavamos pelo corredor.

- Não vi não, talvez esteja fumando nas moitas atrás do laboratório de ciências, é onde os alunos do último ano ficam se pegando, é um lugar bem legal. é. - Disse sorrindo.

- Você não amadureceu nada nesses anos todos que te conheço?

- Não sei, você não cresceu nada nesses anos todos que te conheço?

- Vai à merda.

- Wow, Eds você é tão pequeno, mas guarda tanto ódio dentro de si, quase como um pinscher.

- Ugh, vou procurar a Bev. - Disse revirando os olhos e indo ao encontro da porta.

Tá bom, acho que foi tudo bem. é, foi tudo bem. Porra. Eu preciso esquecer isso. Eu não sei porque meu cérebro objetificou o Eddie. Que merda, o Eddie?!
Entrei na sala e coloquei meus livros sobre a mesa, cruzei os braços apoiando minha cabeça sobre eles e tentando não pensar em nada, mas acho que não é assim que funcionam os pensamentos.
Eu não gosto de Eddie. Porque eu teria um sonho assim, com ele? Isso não faz o menor sentido.
Ainda faltavam em torno de vinte minutos até a aula começar, eu havia sido o primeiro a chegar na sala e aparentemente teria mais longos minutos sozinho com meus pensamentos. Bom. Muito bom mesmo.

Pov Eddie

Passei pelas portas indo em direção aos arbustos atrás do laboratório, esperando que Bev estivesse lá. Ela era a única que sabia sobre minha sexualidade, bom, ela e os garotos que eu beijava.
Naquela manhã precisava de um conselho, por isso, pensei que pudesse conversar um pouco com Beverly antes que a primeira aula começasse.
Virei a esquerda chegando à parte de trás do laboratório, era um lugar quase escondido, tinham muitas plantas e os professores não sabiam do lugar, o que fazia com que muitos alunos fossem lá para fumar ou simplesmente matar aula.
Passei por algumas árvores e vi dois garotos se beijando, dois que eu coincidentemente conhecia.
Stanley Uris e Bill Denbrough, que na hora que me viram separaram-se instantaneamente.

- Stan?!