Parecia mais uma caverna do que uma sala. Eles haviam ido para a clandestinidade, então talvez essa fosse uma descrição precisa. Paredes de pedra irregulares e um teto alto e irregular eram iluminados apenas por tochas enquanto um grupo de homens de terno (e ocasionalmente uma companheira feminina) entrava no espaço.
Malfoy e Hermione sentaram-se em um sofá escuro. Uma garçonete trouxe bebidas, que ela colocou na mesa de centro de mármore.
Hermione olhou para o palco onde um pódio estava vazio. Tudo isso podia ser uma perda de tempo. Talvez houvesse um acordo secreto do qual o Ministério tinha conhecimento em algum outro lugar e eles falharam completamente em impedir a transação?
Ela estava grata pela jaqueta de Malfoy, não apenas porque ela conseguia esconder a cicatriz, mas porque oferecia calor adicional. Ela a havia deixado pendurada nos ombros, mas era tão grande que cobria facilmente seus braços.
Ele estava quieto ao lado dela, os olhos dançando sobre o público, imaginando quem estava trabalhando com o Ministério. Pelo menos era nisso que ela estava pensando.
Como eles saberiam o que estavam procurando?
— Boa noite, senhores — anunciou no palco um homem de meia-idade com rosto inchado. — Obrigado por participarem do leilão desta noite. Vocês encontrarão alguns dos artefatos mais requintados que as artes das trevas têm a oferecer. Vou lembrá-los das regras. Os leilões são definitivos. Uma vez aceito um bit, o vendedor não tem o direito de aceitar um lance mais alto. O leilão estará concluído quando eu aceitar o lance, criando um contrato vinculativo. Em nenhum momento as varinhas podem ser usadas durante ou após o leilão.
Sua varinha estava em suas vestes que agora estavam na casa de Malfoy. Ela odiava se separar disso. Ela tinha um palpite de que Malfoy não estava sem varinha.
— Vamos começar — disse o leiloeiro e a cortina foi levantada.
Um item após o outro foi leiloado. Colares hexagonais. Cristais poderosos. Mas nenhum deles se encaixava no que procuravam. Malfoy ergueu o remo para o leiloeiro várias vezes e Hermione não tinha certeza se ele estava genuinamente interessado em adquirir algum dos itens, ou se simplesmente queria não parecer suspeito.
A sala estava lotada e ela tinha certeza de que não era por nenhum dos itens que haviam sido chamados até então. Ansiosa, ela se mexeu, cruzando uma perna sobre a outra.
— Agora vamos ao destaque desta noite — disse o leiloeiro enquanto outro pedestal era colocado.
O item de cima estava escondido por um lençol de cetim preto.
— Posso apresentar a vocês a antiga relíquia da morte.
O lençol foi removido e um suspiro percorreu a sala. Malfoy se endireitou com um sobressalto ao lado dela.
— Foi descoberto pela primeira vez no primeiro milênio Depois de Cristo — continuou o leiloeiro.
Hermione olhou para a relíquia, feita de ossos, representando um homem morrendo.
— O que isso faz? — Ela sussurrou para Malfoy.
— Ele invoca Inferi.
Ela congelou. Inferi eram cadáveres, reanimados pela maldição de um bruxo das trevas. A quantidade de magia negra necessária para criá-los tornou impossível para a maioria dos bruxos fazê-lo - exceto Voldemort.
Enquanto os pensamentos giravam em sua cabeça, todos os leilões da sala subiram, incluindo o de Malfoy. O leiloeiro gritou os preços que subiam cada vez mais e ela tentou pensar no que havia lido sobre a relíquia. Houve uma menção a isso em um dos livros de artes das trevas que ela leu.
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Damaged Goods | Dramione
FanfictionHermione, agora com 20 e poucos anos, está de volta a Hogwarts para cursar o ensino superior. Tentando esquecer o trauma que a guerra provocou nela, ela passa uma noite de luxúria com um certo sangue puro. Mas essa noite terá consequências. Enquanto...