Nott estava ao lado de Draco em segundos. — Malfoy, cara, você pode me ouvir?
Draco parecia tão pálido que parecia quase translúcido. Seu cabelo estava grudado na testa. Era difícil dizer se ele estava sangrando já que estava coberto por suas vestes pretas, mas não era preciso ser um gênio para saber que ele estava em agonia. Ele estava quase inconsciente.
— Vou chamar Snape — Pansy disse e desaparatou.
Uma escolha sábia, visto que Draco estava encharcado de magia negra. Saia dele em ondas. O cheiro disso – pimenta e almíscar – permeava o ar. Hermione sentiu aquela onda constante de pânico dentro dela, mas tentou se concentrar em seu treinamento como curandeira. Ajoelhando-se ao lado dele, ela sentiu a frieza da magia negra envolvê-la instantaneamente. Ela pegou a mão dele, verificando o pulso em seu pulso. Como previsto, foi através do telhado, batendo violentamente em seus dedos. Sua pele estava coberta de suor frio.
Nott sacudiu Draco pelos ombros e ele abriu os olhos, que estavam vermelhos e vidrados. — Onde estou? — Ele murmurou.
— Na propriedade. O que aconteceu?
— Eu...
Antes que ele pudesse concluir o pensamento, todos os músculos de seu corpo se contraíram. Ele trincou os dentes com força, com a mão agarrada à dela. O som que ele fez, um grito abafado por trás dos dentes cerrados, ficaria com ela por toda a vida. Quando ele inclinou a cabeça para trás, ela viu a artéria em seu pescoço pulsar rapidamente. Durante a guerra, ela tinha visto em primeira mão o que altos níveis de dor podiam fazer com o corpo. Os músculos eram capazes de quebrar ossos. Às vezes, o coração simplesmente desistia.
— Zabini, sede-o — disse ela com pânico na voz.
Mas naquele momento Draco perdeu a consciência novamente. A maneira natural do corpo se proteger. A mão dele na dela se tornou um membro.
— Dê-me minha varinha — ela exigiu, apontando para sua bolsa no balcão. Ela não se importava que ele não quisesse que ela fizesse um diagnóstico. Ele poderia ficar bravo com ela mais tarde.
Nott verificou a respiração de Draco e afrouxou a gravata. Quando ela estava com a varinha na mão, ela apontou para Draco. Ela iria começar com um simples feitiço de diagnóstico para verificar se havia feridas recentes. As luzes roxas dançaram sobre ele e indicaram que ele estava ferido no peito e no estômago.
Ela moveu as vestes para o lado e sentiu a camisa preta pegajosa de sangue. Antes que ela pudesse tratá-lo, ela precisava saber o que a magia negra estava fazendo com ele. Ela esperava que fosse isso que lhe causasse tanta dor. Erguendo a varinha novamente, ela estava pronta para lançar o feitiço quando Snape apareceu com um estalo alto. Ele ficou sobre eles como uma sombra furiosa.
— Fora — foi sua única instrução.
— Eu posso ajudar com... — Hermione começou, mas Snape a interrompeu.
— Para. Fora. Agora.
Nott se levantou, mas Hermione não parecia capaz de soltar a mão de Draco. Os olhos escuros de Snape penetraram nela.
Ela queria protestar que alguém deveria estar aqui com ele, mas Nott agarrou-a e puxou-a para longe do corpo sem vida de Draco.
Com um movimento do pulso, Snape fechou a porta atrás deles e ela a ouviu trancar. Todos ficaram ali em estado de choque.
— Isso já aconteceu antes? — Ela perguntou freneticamente.
Nott balançou a cabeça. — Eu sei que ele já se machucou durante missões antes, mas ele nunca aparatou meio morto na minha porta. Na verdade, ele nunca me procura ajuda quando está ferido. Só ouço falar disso depois.
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Damaged Goods | Dramione
Hayran KurguHermione, agora com 20 e poucos anos, está de volta a Hogwarts para cursar o ensino superior. Tentando esquecer o trauma que a guerra provocou nela, ela passa uma noite de luxúria com um certo sangue puro. Mas essa noite terá consequências. Enquanto...