Damaged Goods | Dramione

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Sua cabeça estava latejando. Houve um som de gotejamento ao longe que pareceu perfurar seu crânio. Sua língua estava pesada; sua boca seca. Lentamente, ela piscou os olhos, tentando se orientar. Ela não se lembrava de como chegou lá.

Parecia um porão. Ela fechou os olhos por mais um minuto, tentando se ajustar à luz do sol que parecia muito forte. A dor em sua cabeça era implacável. Ela se sentiu tão fraca. Até mesmo abrir os olhos foi um trabalho árduo. Através da névoa do desconforto, ela de repente se lembrou. Bellatrix.

Seus olhos se abriram e ela tentou se levantar, mas foi presa em uma maca pelos pulsos e tornozelos. O pânico agora ardia mais que a dor. Então ela olhou para seu braço. Veias escuras brotavam da velha cicatriz.

— Não — ela sussurrou com voz rouca, sentindo lágrimas brotando em seus olhos.

Bellatrix havia começado a extração mágica. Ela disse a Draco que levaria três dias. Este deve ser o primeiro dia. Hermione tentou se mexer contra suas restrições, mas sem sucesso. Houve medo e depois houve o horror silencioso que se instalou nela agora, ao compreender que era assim que tudo iria acabar. Ela ficou chorando por um tempo. O único som era o gotejar lento da água.

Quando ela acordou novamente, o sol estava se pondo. Ela sabia o que isso significava. O tempo estava se esgotando. Logo, o segundo dia começaria e ela não sabia o quão consciente estaria depois disso. Como alguém poderia encontrá-la? Eles ainda não sabiam onde Bellatrix estava.

A porta se abriu e ela quase gritou de medo. Mas não era Bellatrix. Era um homem pequeno com óculos grandes e um copo de água.

— Ah, você está acordada — ele disse e se aproximou dela. — Achei que você estaria com sede.

A última coisa que ela queria era aceitar qualquer coisa desses monstros, mas sua boca estava tão seca que parecia em carne viva. Ela levantou a cabeça e ele levou o copo aos lábios dela. A água era fresca e calmante contra sua língua.

— Quem é você? — Ela resmungou, sua voz ainda não obedecendo totalmente.

— Dr. Allen Hill. Estou aqui para observar sua transição mágica.

— Você quer dizer que está aqui para me ver morrer lentamente — ela corrigiu.

Ele reajustou os óculos e não disse nada. Os feitiços de diagnóstico mostraram o que ela suspeitava. Um terço da magia de Bellatrix desapareceu, mas também esgotou sua magia. Estava se estabilizando lentamente. É por isso que Bellatrix não aguentava tudo de uma vez. Hermione estaria morta antes de tirar toda a magia negra dela. Dessa forma, ela se recuperou apenas o suficiente para suportar a próxima parte.

— Sua magia se recuperou bem — disse ele como se ela fosse apenas um experimento.

— Eu não sou um rato de laboratório, doutor. Você não fez um juramento de não fazer mal?

Ele ergueu os olhos do caderno em que estava escrevendo.

— Você é uma sangue-ruim e acho que sua espécie é uma abominação para a magia. Mas você prestou um grande serviço à senhorita Lestrange.

Ele saiu e fechou a porta e ela observou o último raio de sol desaparecer.

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Draco

Sua pele estava arrepiada. Cada segundo que passava parecia horas.

O momento em que Hermione desapareceu na escuridão parecia ter acontecido há muito tempo. A rede de espiões de Snape descobriu vários dos últimos locais de Bellatrix, mas cada um deles acabou não sendo nada. Ela era muito esperta para deixar rastros. Ele estava ficando sem tempo. Ele havia passado horas nessa busca inútil e não tinha nada para mostrar. Se ele não conseguisse encontrá-la, ela morreria.