Cold Coffee...?

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Prazeres, residir uma floricultura sendo um adorador das flores, cursar aquilo que ama e desfrutar dos grandes amores que a vida pode lhe oferecer.

Artes, o felino sempre se encantou por todas as formas e sentidos dessa palavra, tudo que a envolve é apreciado por ele, por esses motivos e pelo amor que sente por ela, o ômega escolheu este curso, e não poderia estar mais realizado.

Louis se sentia preenchido e completo, aquecido nesta manhã gélida e um tanto pacata, o ômega carregava consigo um enorme sorriso, contendo tantos significados, era bom poder apreciar momentos assim com sua própria companhia, ele é um amante da calmaria.

Com apenas 19 anos o doce ômega felino conseguiu conquistar aquilo que mais almejava durante sua vida, a felicidade e amigos que realmente se importavam com ele.

Saltitando pelas ruas de Londres o felino seguia rumo ao seu trabalho, recebendo sorrisos calorosos e acenos alegres sempre que passava, principalmente de crianças, ele as ama e genuinamente se sente bem com elas, ter meia duzia de irmãos contribuiu um pouco com esse fato.

- Bom dia, querido - Amy, uma gentil ômega, dona da mais adorável floricultura, recebe Louis com beijos em todo seu rosto seguido de um abraço repleto de afeto. O ômega adorava o cheiro que ela emanava, tão adocicado, lembrava-lhe peônias e lar.

- Olá amável Amy, bom dia!! - retribuindo o gesto carinhoso, o felino enche a ômega de beijos, fazendo com que ela solte risos contentes e amáveis - Você está tão linda, onde a pequena Allie está?

Allie, ou Lie, como a garotinha prefere ser chamada, é neta de Amy, uma doce menina, encantada por animais e pelos olhos de seu "gatinho companheiro" - nome este usado para se referir à Louis.

- Loui!! Hey, gatinho, loooui - Antes mesmo que Amy pudesse chamar pela pequena, Allie chega dando pulos alegres, seu pequeno cabelo cacheado voando por diferentes direções.

- Hey!! minha doce companheira Lie - colocando-a em seu colo, o ômega esfrega ambas bochechas juntas e lhe presentea com um selo na ponta do nariz, pequena Lie quase ronrona com estes atos.

- Loui, tãooooo lindo você!! Lie amou sua roupa de hoje - Abraçada como um filhote de gatinho ao ômega, Lie deposita um adorado selo nos olhos do felino.

Nesta manhã, Louis vestia seu tão quente suéter bege, o preferido de Allie, optou por colocar o presente que havia ganhado da garotinha, um colar adornado com um pingente de gato, tão delicado e genuíno, o representa tanto.

Lie carregava consigo um mesmo colar, simbolizando o amor que ambos sentem um pelo outro.

- Você gostou mesmo, pequena Lie? Eu o escolhi pensando especialmente em minha doce companheira. Você está radiante hoje, tão linda, amor.

Allie usava um vestido florido, em seus pés um tênis amarelo, seu cabelo cacheado estava enfeitado pelas mais diversas flores, não podendo faltar em seu pescoço, o colar, este que ela nunca fazia questão de tirar.

Desde o primeiro dia em que conheceu a pequena, Louis e ela não se separaram mais, eram sempre carinhosos e gentis um com o outro.

Lie sempre decorava cartas e comprava coisas que lembravam o ômega para lhe presentear, na maioria das vezes, esses presentes eram voltados à gatos, flores e brilhos coloridos preenchendo seus desenhos.

- Allie, querida, se despeça do Louis, a mocinha tem aula de ballet agora, esqueceu, amor? - Senhora Amy, que até então estava em silêncio, apenas desfrutando desse momento afetivo de ambos, chama pela garotinha Lie, essa que, ao se lembrar de sua aula faz um bico de chateação, ela não queria se despedir tão cedo.

- Minha linda flor Lie, não faça essa carinha!! logo estaremos juntos novamente, sim? Tenha uma boa aula, estarei lhe esperando, amo você, muito.

- Certo, gatinho companheiro, eu prometo que não vou demorar muito, 'key? Um boooom dia 'pra você, te amo muito - Depositando um beijo no centro do coração do felino, Lie pede para sair de seu colo e corre até a avó, lhe dando um último aceno, sendo retribuída com um beijo no ar.

- Até logo, querida Amy.

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Trabalhar em algum local calmo sempre foi o sonho do ômega, e quando encontrou a floricultura foi como uma realização dele.

Amy sempre foi gentil consigo, e na época estava precisando de um ajudante, Louis, como amou o espaço e se encantou pela mulher, logo se prontificou a ser o mais novo ajudante, algo que foi aprovado pela ômega, que em tampouco tempo nutria uma afeição grande pelo felino.

Nós sempre procuramos e preferimos estar em lugares que temos uma ligação, locais que nos fazem bem e tiram um sorriso genuíno em nosso rosto, era tão bom conversar com diversos clientes, fazer amizades passageiras na floricultura, algumas das vezes, duradouras, sentir o aroma de flores e perceber que esse é seu lugar, seu ponto de conforto e paz.

Louis, nesse momento, estava voltando ao campus da sua universidade, hoje, como não teve aulas de manhã o ômega optou por ir mais cedo ao trabalho e cumprir seu turno do dia, tendo a possibilidade de descansar um pouco.

Allie, depois que retornou de sua aula, trouxe consigo um desenho, nele havia ela, Amy e o ômega, e uma flor, tulipa, que a mesma pegou. O felino guarda tantos desses desenhos, durante esse tempo ele recebeu vários, alguns deles continham frases e carinhas felizes, sempre coloridos.

O ômega também guardava consigo poemas que eram deixados para si na porta de seu dormitório, sempre com uma camélia ao lado, que, coincidentemente era sua flor favorita. Mesmo não sabendo o autor dos encantáveis versos, o felino se sentia feliz em recebe-los, eram poemas realmente lindos, bem escritos e genuínos, ele admirava a pessoa que lhe mandava-os, mas existia uma imperceptível fagulha de chateação por não saber o dono de tamanho talento.

Caminhando sem pressa alguma pelas ruas agitadas de Londres, o ômega consegue avistar sua universidade, feliz por estar quase chegando, estava ansiando pelo momento em que tomaria um banho relaxante e deitaria em sua cama macia.

O campus nesse horário sempre estava agitado, calouros e veteranos andavam na maioria das vezes bastante animados, carregando consigo inúmeros materias, tantos que era quase impossível não se desestabilizar e acabar tropeçando em alguém, bem aquele clichê adolescente. O ômega amava essa energia, a vibração, como todos pareciam felizes e motivados, incontáveis rodas de amigos barulhentos, sempre tão gentis e receptivos, era bom estar nesse ambiente.

Na porta do seu dormitório, o ômega meio que se sentia decepcionado? hoje não havia cartas, ou até mesmo uma flor lhe esperando pacientemente, o felino não saberia colocar em palavras ou concluir pensamentos sobre.

Ele apenas não queria que isso não acabasse.

- Hey, felino!! Olha, encontrei isso na porta do nosso quarto quando estava voltando, acho que é seu, Lou, fiquei com medo de pegarem então trouxe aqui - Niall, seu grande e velho amigo irlandês começou a falar antes mesmo que o ômega colocasse os dois pés dentro do quarto, deixando o felino abastecido de informações e com um pingo de esperança surgindo em seu peito.

Louis e Niall se conhecem a uns bons anos, os ômegas funcionam bem juntos, sempre estão grudados, o felino o ama e espera que tenha a companhia do seu parceiro de dormitório para sempre.

Sorrindo agradecido para o amigo e não se esquecendo de irrita-lo um pouco, o ômega bagunça os fios louros e deixa um beijo estalado em sua bochecha, causando um revirar de olhos do irlandês.

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"There's something 'bout you baby
There's nothing like that the way you get me high
You got a heart from heaven
But you're burning like hell"

Não é um poema como das outras vezes, não te vi hoje então minhas inspirações se esvairam, mas essa música é boa, você deveria escuta-lá, quem sabe goste. Xx

Ps; lhe comprei um café gelado, tenha um bom dia, camélia.

Ps²; azul é minha cor favorita.

Camelia, Poems, Love and CatsOnde histórias criam vida. Descubra agora