Só pode ser pegadinha

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Antes...

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E aonde você está? - ele se abaixa novamente agora colocando a boca próxima ao meu ouvido e sinto meu corpo todo arrepiar - Você está na sua nova casa meu amor. Bem vinda ao lar.

 Bem vinda ao lar

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Agora...

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Começo a gargalhar muito alto e irônico ao ouvir aquela frase, meus sentimentos eram uma grande mistura de indignação, raiva e muita graça.

- A claro! Você por acaso é um doido que mandou me sequestrarem sem se importar se eu me machucaria ou não só para morar com você. Claro! - continuo gargalhando muito.

- Que bom que você entendeu meu amor.

Na mesma hora em que ele fala isso minha gargalhada para e o olho com os olhos arregalados em pânico.

- Você não pode estar falando sério né?

Agora é ele quem me olha com um sorriso sarcástico no rosto.

- Claro que estou falando sério. Eu soube desde a primeira vez que te vi que você seria minha! Querendo ou não, e aqui está você.

Ele ainda sorrindo sarcasticamente movimenta sua mão mostrando o quarto.
Isso só pode ser brincadeira, não pode estar acontecendo isso comigo.

- Não. Você está brincando! - solto uma gargalhada - Eu nem te conheço!

Ele fica sobre os joelhos para me olhar bem de perto na beira da cama. O olhar penetrante dele me faz encará-lo por mais tempo do que deveria. Ele sorri ao perceber e eu desvio meu olhar.

- Claro que você me conhece amor. Não se lembra de mim?

Fico alguns segundos o olhando sem entender nada. Ele frustrado se senta na beira da minha cama, o que me faz congelar.

- A um mês você estava no Máfia Bar, estava bêbada sentada sozinha no balcão. Eu estava com os meus homens somente te olhando de longe. Você é linda meu amor. - ele sorri e tenta colocar a mão em meu rosto, porém eu viro meu rosto para o lado contrário, ele frustrado abaixa sua mão. - Até que você me olhou, seu olhar de alguma forma me deixou vidrado em você. Ficamos nos encarando por alguns minutos até que você se virou pois tinha um homem te chamando. - Agora seu olhar se transformou em um olhar raivoso. - Você ficou cerca de 30 minutos conversando com esse cara. - Ele fala com um tom de raiva e nojo na voz. - Cansado de ver esta situação eu me levanto e vou até vocês. Chego por trás de você e fico parado olhando para os dois. Quando o cara notou minha presença foi mágico! A cara de pânico dele! - Hyunjin solta uma risadinha. - Este idiota logo te deu uma desculpa e saiu, me dando a chance de passar o resto da noite com você. - Hyunjin solta outra gargalhada.

- Mas, por que este homem saiu? Por que ele teria medo de você?

- Bom, você não acha que o Máfia Bar se chama assim só por brincadeira não é mesmo?

Hyunjin sorri ao perceber minha cara de pânico. Eu realmente não fazia ideia que naquele bar teria mafiosos reais.

- Então você é um mafioso? - Falo com pânico nos olhos.

- Bingo! - Hyunjin gargalha. - Bom, continuando... Conversamos por quase 4 horas. Você me contou tudo sobre você. Que seus pais faleceram em um acidente de trânsito, que você vivia sozinha no subúrbio de Seoul, que estava solteira e que estava naquele bar bebendo para descontar o ódio do seu trabalho. - Hyunjin me olha sorrindo, agora com um brilho nos olhos. - E foi assim que eu percebi que eu teria você para mim.

Eu ainda não estou acreditando em tudo isto que está acontecendo. É pegadinha só pode, mas quem faria uma brincadeira deste tipo comigo?

- Bom meu amor, meus homens precisam entrar aqui para preparar seu quarto. Como você está aqui contra sua vontade é claro que eu não vou permitir que você fuja não é mesmo.

Hyunjin sorri para mim, cada vez que ele sorri meu coração pula, ele é realmente lindo.


Neste momento percebo no absurdo que acabo de pensar.

Este homem acaba de falar que me sequestrou e não vai me permitir fugir e eu estou aqui pensando na sua beleza? Meu Deus Nabi!

Neste momento Hyunjin anda até a porta do quarto e a abre, me dando a visão dos quatro homens que eu vi no dia do meu acidente.

Eles entram no quarto e param em frente a minha cama. Um deles começa a falar.

- Boa noite minha senhora, meu some é Jeongin, estes são Changbin, Bang Chan e Seungmin. - Ele diz apontando aos respectivos homens ao seu lado. - Gostaríamos de nos desculpar pelo acidente, não imaginávamos que você iria se machucar tanto. - Eles se curvam em sinal de desculpas e depois se levantam. - Vamos arrumar seu quarto, espero não te incomodar minha senhora.

Neste momento eles começam a se mexer, entram mais alguns homens que nunca vi, com grandes tábuas de madeira, martelos, pregos e outras ferramentas nas mãos.

Em poucos minutos o quarto está completamente mudado.

As duas portas que antes existiam não existem mais, agora me dando a visão do que tinham atrás delas, um closet e um banheiro.

A linda janela de vidro da varanda agora estava fechada com grandes tábuas de madeira.

Finalmente minha ficha está caindo, não é pegadinha, é real, eu fui mesmo sequestrada, o pânico começa a tomar conta do meu corpo e começo sentir lágrimas escorrendo por meu rosto.

Hyunjin que estava sentado na poltrona percebe que estou chorando e conversa com seus homens que imediatamente saem do quarto.

Ele vem até mim e se senta novamente ao meu lado na cama, secando as lágrimas em meu rosto com os dedos.

- Shiii, não chora meu amor, está tudo bem, eu estou aqui, vou cuidar de você.

O ódio ao ouvir suas palavras toma conta do meu corpo e acerto um tapa bem dado no rosto desse canalha.

Hyunjin coloca a mão sobre seu rosto aonde eu bati e agora me olha com um sorriso sarcástico e um olhar de ódio.

- É assim que vai ser meu amor? Eu venho aqui todo romântico cuidar de você e você me trata assim?

Hyunjin se levanta e vai até a porta do quarto. Ele para e sem se virar para mim ele fala:

- Boa noite meu amor, amanhã a senhora Mi-Suk vem trazer seu café da manhã, se precisar de ajuda aperta o botão que está no criado que alguém vem cuidar de você. Nos vemos amanhã.

E assim, sem mais nem menos, Hyunjin joga na minha cara uma quantidade de informações absurdas e sai trancando a porta, me deixando sozinha no meio do meu pânico e ódio.



The mafia queen [HIATO]Onde histórias criam vida. Descubra agora