cuidado ao sair da cama no meio da madrugada

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Minho nunca tinha insônia, muito pelo contrário, mas essa era a segunda vez que acordava no meio da noite.

Olhou o relógio ao lado da cama, que marcava exatas 3 da manhã, suspirou e sentou calçando os chinelos antes de levantar. Olhando para a cama dos gatinhos, do outro lado do quarto, notou que um dos três não estava ali.

— Doongie? — chamou mesmo sabendo que não receberia resposta.

Minho percebeu que não ia conseguir dormir novamente então abriu a porta e caminhou em direção à cozinha para pelo menos beber um copo d'água.

De repente um barulho estranho denunciou que algo tinha caído. Desacelerou os passos e seu coração começou a bater mais forte. E se fosse um bandido? Mas calma, ele lembrou que fazia boxe então talvez conseguiria pegar ele.

Silêncio novamente. Minho respirou fundo e continuou andando até o fim do corredor mais tranquilo pensando ter sido só o vento ou seu gato fazendo algo cair. Virou à esquerda para entrar na cozinha.

— AAAAH — um grito alto e assustado saiu de sua boca ao ver o que estava ali, poderia ter acordado algum vizinho.

Os olhos arregalados de Minho viam uma figura bem incomum àquela hora da noite, ainda mais com uma roupa daquelas. O homem perto do armário parecia igualmente assustado, paralisado e olhando para ele. Do mesmo tamanho que Minho, uma boca bem vermelha e vestes parecidas que saiu de uma peça de teatro medieval, era o que a pouca luz permitia ver. Imaginou que o cara tinha saído de alguma festa de Halloween.

— Quem é você?? Por que tá mexendo no meu armário?? Sai da minha casa agora!!!

— Calma! — Ele falou em resposta à Minho — Okay... Eu sou Christopher... Bang Chan e não vou fazer nada. — disse simplesmente, deixando o dono da casa ainda mais confuso e afobado.

— Nunca nem ouvi falar de você, o que quero saber é o que você tá fazendo na minha casa?!

Bang Chan entendeu o ênfase na última parte da frase. Tratou de pensar logo em algo para dizer, ao ver a vassoura na mão de Minho.

— É que eu perdi uma coisa aqui — ele parecia bem confiante para alguém que tinha invadido uma casa, até continuou vasculhando o armário.

— Mas pode parar aí!!! Você não perdeu nada aqui, nunca te vi nem pelo bairro...Cara doido.

Minho agora tinha coragem de se aproximar, de repente ligou a luz da cozinha, causando um certo susto no invasor intrometido.

— Ai, por que você ligou a luz? — virou rapidamente e o dono da casa parou, observando por completo a face do homem que estava ali. E mais parecia um garoto da sua idade.

Os olhos de Christopher tinham uma coloração bem escura de vermelho, suas roupas pareciam de um vampiro de histórias antigas e sua pele era branca demais, provavelmente por causa da maquiagem, foi o que Minho pensara. Ficou um tempo paralisado com o olhar fixado nele.

— E o que você tá procurando aí?

Ao ouvi-lo falar mais calmamente — mas ainda com raiva — e surpreso por isso, Bang Chan sentou em uma das cadeiras próximas à mesa e suspirou. Não tinha mais medo de levar uma paulada na cabeça.

— É que eu tô procurando farinha e açúcar...

— Que?? E por que você tá procurando logo aqui? — Minho parecia irritado. Pegou o papelzinho que o outro tinha colocado no meio da mesa, enquanto segurava uma caneta de pena, e viu que continha uma lista. — Tem supermercado, sabe?

temporada dos vampirosOnde histórias criam vida. Descubra agora