O Mago

📜 11 - Calmaria antes da Tempestade

          Os jovens apaixonados na Jakotsu-yu amanheceram ambos nus, quase totalmente descobertos, o lençol leve, amontoado nas pernas enroscadas.

           Kabuto quem acordou primeiro. Piscou algumas vezes para que seus olhos se acostumassem com a claridade, logo percebendo que não estava na pousada. Ao sentir um pouco de frio, notou que estava nu. Aos borbotões as lembranças da noite anterior invadiram-lhe a mente. E corou de imediato, ficando vermelho igual a um tomate. Acontece que, logo em seguida, um sorriso lhe brotou dos lábios, quando se permitiu olhar Orochimaru adormecido, igualmente nu, com os cabelos espalhados no futon e a respiração tranquila.

          Começou então a analisar o belo corpo cor de porcelana, e uma sensação de calor, bastante agradável, ele teve que admitir, espalhou-se pelo seu baixo ventre, obrigando-o a se mover, abrindo as pernas para aliviar o desconforto do pênis que começava a entumescer.

          Puxou muito devagar uma das pernas que se encontravam entre as de Orochimaru. Este entreabriu os olhos, tendo sido acordado pela movimentação, mas fechou-os em seguida, fingindo dormir. Kabuto, acreditando não tê-lo acordado, começou a tocar-se, o mais silenciosamente que conseguia, fechando os olhos e repassando em sua mente as imagens da noite anterior. Tão imerso ficou nas sensações, que não percebeu que o moreno abrira os olhos e estava observando-o, as íris amarelas transbordando de luxúria.

          Assistir ao rapaz entregue à busca do próprio prazer também o deixou excitado. Por isso, perguntou com a voz rouca:

          - Pensando em se divertir sem mim??

          E fez um movimento tão rápido que mal deu tempo do menor se assustar, abocanhando o falo de Kabuto já rígido, fazendo-o gemer. Chupou com força por um momento e logo começou a lambê-lo em todo o comprimento, chupando só a cabecinha. Olhou-o lascivamente continuou a falar entre uma lambida e outra:

         - Eu... te... proíbo!... Você... é... meu!... - e continuou a felação, iniciando uma carícia na entrada rosada e posteriormente usando a própria saliva para inserir o dedo devagar e movê-lo, logo tocando-lhe o   ponto mágico insistentemente, sem interromper o processo iniciado com a boca, até que o menor gozasse em sua garganta. Ato contínuo, passou a língua nos lábios de forma obscena e deitou-se, puxando-o para os seus braços.

          - Vamos tomar banho e comer alguma coisa - disse quando o menor recuperou o fôlego - Já deve estar quase na hora do jantar... - acariciou a face corada - Apesar de ter saboreado a sobremesa com antecedência, meu corpo anseia por alimento

          Kabuto se espreguiçou, sentindo o  quadril e fazendo uma pequena careta de dor, que para Orochimaru não passou despercebido

          - O que foi, meu amor? - perguntou preocupado, fitando-o

          - Uma dorzinha aqui - mostrou o lugar afetado.

          O moreno curvou-se, beijando a região e disse pesaroso:

          - Ah, eu machuquei você? Desculpe, meu amor - se desmanchou em pedidos de desculpas

          - Não tenho nada a reclamar - respondeu envergonhado, escondendo o rosto corado no corpo do moreno

          - Mesmo assim vou te deixar descansar hoje - falou num tom preocupado acariciando o belo rosto - Mas só hoje! - completou logo depois, numa entoação maliciosa completamente diferente da usada  antes - Agora, vamos tomar banho - falou levantando e puxando Kabuto consigo

          O rapaz ficou impressionado como Orochimaru mudou de preocupado para malicioso tão rápido. Essa faceta do mais velho ele ainda não conhecia.