Eu e o ciclo da vida

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A semente brotou, rompeu a terra seca e respirou.
O sol acariciou e aqueceu suas pequenas folhas; iluminou seu caminho rumo a imensidão, a levando até o céu.
O céu, coberto de nuvens, chorou sobre ela a fazendo sentir a mais perfeita de todas às criações.
A noite chegou de mansinho acariciando seus galhos que desabrocharam enchendo-se de folhas verdes e sedosas.
O vento do sul assoprou suavemente; suas folhas bailaram no ritmo da felicidade.
A alvorada despontou na imensidão do horizonte e pequenos botões de flores saltaram para saudar o astro rei.
Sementes surgiram em cada galho, em cada broto e em cada flor...
A tarde chegou sorrateiramente e as folhas murcharam e secaram, secaram como seca o coração solitário e sem amor...
Uma à uma foram caindo ao chão.
As vargens se abriram e as sementes mergulharam na terra fértil e úmida...
Aguardando o novo dia, o dia em que a semente brotará romperá a dura terra e saudara o astro rei...

A árvore secou...
A semente brotou para saudar o astro rei.

Maria Boaventura.

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