Gosto de falar sobre o amor. Não como pessoas, mas como um complemento.
O amor está na idiotice.
Num objeto idiota.
Num coração idiota.
Em gestos idiotas.
E na idiotice, às vezes, está a felicidade.
Se houver amor, não por alguém, talvez só por si, há felicidade.
O amor não tem culpa se você o entrega para um idiota. Você, melhor, nós temos.
Amar é surreal, uma sensação de imortalidade. Paz. Segurança. Gosto mesmo de falar dele, porque amo todos os dias, todos os gestos idiotas que às vezes me trazem felicidade.
Ninguém desiste do amor ou de amar, o amor não tem nada a ver com suas escolhas caso não seja genuíno mutuamente. Pessoas desistem de pessoas, nunca de amar e sentir todos os atributos disso.
Posso encaixar o amor em tantas partes, em tantas coisas, como se fosse um jogo de quebra-cabeça, e a única peça óbvia é isso.
Talvez eu esteja amando, não alguém, não algo, talvez esteja amando por aí... Amando coisas idiotas que me deixam mais viva, imortal.
O amor é tão idiota.
E coisas idiotas, às vezes, nos fazem bem.13/04/2022