Golden Boy

𝐶𝑜𝑚𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜

Francisco: Vais fazer alguma coisa a seguir? -- ele pergunta.

Lara: Provavelmente vou para o primeiro hotel que me aparecer a frente -- digo, e ele ri -- Estou a falar a sério, hoje é dia do casal , tenho de ficar de fora pelo menos até às 15:00.

Francisco: Por isso é que ele está o ocupado e não pode ir ao treino, mas podes ir lá para casa e amanhã vais ao treino, e depois damos uma volta.

Lara: Pode ser, mas tenho de ir a casa, vou lá agora -- levanto-me e peço a chave ao meu pai -- Tenho de ir a casa.

Sérgio.M: Fazer o quê? -- O Francisco chega.

Lara: Buscar roupa, vou sozinha.

Francisco: É melhor não, os paparrazis, eu vou contigo.

Sérgio.M: Cuidado aos dois -- ele olha para nós sério.

Lara: Sim pai, já não sou nenhum bebê, e estou acompanhada.

Francisco: Fique descansado, ela está em boas mãos -- saímos da sala e vamos para minha casa.

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Isa: Onde é que eles vão?

Vítor: Também pergunto a mesma coisa.

Sérgio.M: Eles vão a casa, a Lara vai buscar roupa, deve de ir dormir fora.

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Passado algum tempo chegamos a casa.

Lara: Isto não pode estar a acontecer, paparrazis e eu não tenho a chave. E agora?

Francisco: Não importa só esconde a cara -- tapamos a cara e entramos no carro -- Vamos para o jantar e eu empresto algumas peças.

Lara: Ainda bem que tenho algumas roupas aqui a trás, mas são casuais, nada de pijama.

Francisco: Vais usar uma sweat e uns calções meus não te preocupes.

Lara: Vamos voltar.

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Sérgio.C: Onde é que o Chico foi?

Sérgio.M: Foi a casa com a minha menina, buscar roupa -- reparo no molho de chaves no meu bolso -- Já devem de estar a voltar, tenho as chaves aqui.

Sérgio.C: Só quero ver as caras deles, vieram de mãos a abanar.

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Lara: Saímos para nada -- falo a esconder a cara e o Francisco abraça-me -- Acho que o meu pai vai ouvir.

Francisco: Eu vou lhe ralhar, não te preocupes -- entramos no salão.

Lara: Aí pai, não sabes a vontade que me dá de te saltar para cima -- olha para ele enquanto ele roda as chaves no dedo -- Não ligaste porque?

Sérgio.C: Ele só viu agora estou de prova -- ele levanta os braços para o ar -- Vieram logo.

Francisco: Os paparrazis estavam atrás de nós, tivemos de sair á pressa, mas Sérgio, ela está em boas mãos, vai ter comida e uma cama quentinha em minha casa.

Lara: Espero que sim, vou falar com a Isa, até já -- desfaço o abraço e dou-lhe um beijo na bochecha.

Sérgio.M: Tens de cuidar dela, ela gosta muito de ti -- nós olhamos para ela feliz a falar e a dançar ao mesmo tempo -- Ela sempre me disse que é a tua fã número um.

Francisco: Eu cuidar bem dela, não duvide da minha palavra, amanhã ela vai passar o dia comigo, depois deixo a princesa em casa.

Sérgio.M: Espero que sim, é só uma noite.

Francisco: Mas ela é mesmo tão sozinha?

Sérgio.M: Sim, como amanhã é o dia do Vítor, ela não saí de casa, desde que o Vítor entrou no clube e começou a namorar, é tudo diferente para ela.

Francisco: Preciso de ir falar com alguém -- vou até ao Vítor.

Vítor: Tu e a minha irmã tem história -- ele ri mas eu não.

Francisco: Não temos, não começes, ela falou uma coisa comigo que é meio que séria.

Vítor: O quê?

Francisco: Ela disse que tem saudades tuas e que se sente sozinha.

Vítor: Eu sei, mas tenho a minha equipa e namorada que precisam de mim, não consigo me focar em outras coisas.

Francisco: E a família onde entra? Tu sempre falaste que ela é uma das razões por teres tentado e estás no Porto, não achas que ela merecia o mínimo de atenção?

Vítor: Não te metas no meio, da minha família trato eu.

Francisco: Não consegues ouvir o que dizes, estás a ser idiota -- ele vem para perto de mim mas a Lara mete-se no meio.

Lara: Já chega, já ouvi o suficiente para saber que só queres saber da tua namorada e da tua equipa, eu sempre estive aqui, era eu e o Vítor para sempre, mas estive tão enganada.

Vítor: Nós crescemos, já não é só a Lara e o Vítor.

Ela chora e eu percebo que ele está a ir longe de mais, a irmã dele, que vai a todos os jogos, tenta acompanhar tudo a ser tratada assim. Ele não é assim.

Lara: Vamos embora -- todos olham para nós e começam a abrir caminho, tenho vontade de lhe dar um soco, e fecho a mão com força para me controlar -- Calma, vamos, não quero piorar as coisas.

Saímos devagar para não levantar burburinhos, mas os paparrazis não deixam nada passar em branco, conseguem tirar algumas fotos.

Francisco: Calma vai ficar tudo bem -- entramos no banco de trás e ela abraça-me -- Ninguém está bem.

Lara: Nem eu nem ele estamos bem, eu tenho saudades dele e eles tem outras coisas que lhe interessam mais, ele era o meu único apoio.

Francisco: Tens-me a mim, estou aqui para ti, para tudo o que precisares.