- Ele confia em você, Sarah. Carla, Thais e Júlia são apenas estranhas para ele. Você é a sua família.
E ela também, ou então ela pensava.
Finalmente, ela tinha a família que ela nunca pensou que poderia ser dela. Um futuro cheio de risada. E amor. Tanto amor que a fazia girar.
Agora, porém, ela estava girando por razões que não tinham nada a ver com amor.
Por favor, pensou ela, a palavra correndo ao redor de sua cabeça do jeito que tinha horas antes. Só que desta vez ela não estava implorando a Deus, ela estava silenciosamente articulando com a mulher.
Por favor, não faça isso.
Seu rosto era como um granito.
- Ele vai ficar bem.
Cada um dos instintos de Juliette lhe disse para correr. Para fugir. Para sair e proteger o que restava de seu coração enquanto ela ainda podia. Mas alguma coisa estava errada. Muito errada.
Sarah não esboçou um sorriso, não tinha lhe dado um daqueles sorrisos presunçosos que parecia que ela sempre queria beijar seu rosto. E, ela percebeu com uma batida escura de dor na boca do seu estômago, que a loura não a tinha tocado desde que elas deixaram o autódromo.
Ela sempre estava a tocando.
Juliette se forçou a se mover em direção a Sarah, em vez de distanciar-se.
- Há algo que você não está me dizendo. Algo que aconteceu lá na pista.
- Eu estou viva. - foi a resposta de improviso. - Tudo está ótimo.
Seus olhos eram tão frios, tão fechados. Tudo o que Juliette queria era ter sua loira de volta, mas não como agora. Não quando ela de repente parecia criar um escudo em torno da pessoa que ela pensou que Sarah era.
A dor no estômago cresceu mais, mas a necessidade de ter a real Sarah Andrade de volta era maior.
Grande o suficiente para que ela continuasse se aproximando.
- Eu não posso imaginar como deve ter se sentido estando nesse carro, tentando sair enquanto ele queimava. Mas você conseguiu.
Sempre que Juliette ficou presa na escuridão, Sarah sempre lutou por ela. Ela a fez rir, ela a segurou quando ela gritou, ela a ensinou a confiar novamente, e a crer no amor quando ela achava que não era possível. Agora Juliette precisava lutar por Sarah.
- Fale comigo, Sarah. Me diz o que está acontecendo.
A palavra por favor, estava em sua língua, quando a campainha tocou.
Ela mal podia suportar assistir Sarah empurrar todas as coisas do filhote em uma sacola de supermercado, pegar Ralph, e empurrar tanto o saco e o cachorro nos braços de sua irmãa.
O spitz choramingou enquanto olhava de Carla para Sarah.
- Você tem certeza disso? - Carla perguntou a sua irmã.
- Eu concordei em ficar com ele por duas semanas. Acabou o tempo.
Os olhos de Caral passaram de sua irmã para Juliette. Ela podia ver a preocupação neles, e a decepção.
A mesma decepção que a estava sufocando, até que ela mal pudesse respirar em torno de dela.
- Júlia me disse que precisava de um cão, porque ela pensou que você estava sozinha. Ela estava tão feliz que você queria ficar com ele. Ela pensou que você quisesse o cachorro.
Juliette esperou por Sarah suavizar com a menção da menina ou para ela pelo menos reconhecer como Ralph lutava para sair dos braços de sua irmã e ir para ela.
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Amor Verdadeiro
FanficCONCLUÍDA A última coisa que Sarah Andrade quer é cuidar do novo cachorro de seu irmão por duas semanas. Até que ela se encontra com a treinadora do cão, que é Juliette Freire. A morena é brilhante, bonita, e ela não pode parar de pensar nela. Inf...