Amor Verdadeiro

Capítulo 25

A vida de Sarah tinha se transformado com o acidente, maldição.

Depois dela colocar o fluido errado no carro de um cliente e queimar, sua equipe não iria deixá-la perto de qualquer um dos carros na garagem.

Sarah fez algo em seu computador que te rendeu um vírus e seu assistente executivo disse a ela, educadamente, mas com firmeza, para ficar longe do resto dos computadores no escritório enquanto ele reparasse o disco rígido.

Seu vocabulário se transformou a um punhado de palavrões quando os repórteres que cobriram o acidente da pista de corrida a chamavam para perguntar o que ela pensava sobre as fotos de Arthur e Gilberto segurando Juliette para não entrar pista quando o seu carro queimava, e agora a imprensa estava irritada com ela também.

Além de tudo, Carla a tinha deletado para a família inteira.

Pocah e Roberta souberam que ela tinha dado o cachorro de volta, juntamente com uma visão clara de horror no rosto de Juliette, Carla provavelmente havia contado para todos eles em vívido detalhes, e eles começaram a irritá-la com mensagens querendo saber qual era o problema dela.

Pocah foi tão longe quando a ameaçou com danos corporais se ela continuasse machucando Juliette.

Em sua última mensagem Pocah tinha deixado perfeitamente claro o que ela e seus irmãos achavam, e por isso foi uma decisão fácil para Sarah não ficar com Juliette, ela ia continuar sendo muito tola para descobrir como amar direito.

"Nós todos sabemos como você se sente sobre ela."

Era o que ela dizia em sua mensagem mais recente. Alta o suficiente para que sua voz ressoasse em seus ouvidos.

"Juliette e eu estávamos começando a ser amigas, mas agora ela não vai me ligar de volta. Idiota."

Sarah estava tentado apagar todas as mensagens futuras de seus irmãos sem ouvi-las, mas ela não podia. Não se estavam ligando para falar de Juliette.

Mas ninguém disse uma palavra sobre vê-la, nem mesmo Carla, que ela achou que estava fazendo sessões de treinamento com Ralph no Top Dog.

Não era mesmo seu maldito cão, era o que vinha se dizendo mais e mais. Sarah não deveria estar se retorcendo sobre devolvê-lo para Julia.

Só que, tudo o que ela sempre disse a si mesmo não estava funcionando mais.

Não quando ela sabia exatamente porque todos estavam tão zangados consigo.

Porque ela tinha perdido Juliette.

Inferno. Era pior do que isso. Ela convenceu Juliette a caminhar até a beira de uns cem metros de história difícil, saiu de seu caminho para convencê-la de que ela estava segura... e então ela a empurrou.

Deus, na noite em sua casa, Sarah odiava ver sua faísca desaparecer, odiava ainda mais que ela era a causa disso, mas ela não podia parar, não podia calar a boca e puxar Juliette em seus braços do jeito que ela estava morrendo de vontade.

Não quando ela estava agarrada com a necessidade de salvá-las antes que fossem longe demais, muito profundo, como um "para sempre" que podia ou não podia dependendo da mesma sorte, e má sorte de merda, que se abatera sobre o seu pai e estava lá fora para elas.

Exatamente uma semana depois de Juliette ter a deixado, Sarah foi na casa de sua mãe.

Seu pneu atolou no freio. Um deslize. Sorte.

Figurada, pela forma como sua sorte estava acontecendo. Assim como ela tinha pensado na pista, ela finalmente tinha utilizado boa parte de sorte.

Sua vida encantada tinha terminado oficialmente no momento que Juliette saiu de sua casa.