Lauren P.O.V.
Falei para Vero que ela podia ir pra casa, que naquela noite, eu ficaria com Camila. Toda hora eu acordava para ver se ela estava bem. Até que eu dormi por umas cinco horas.
No dia seguinte, quando acordei, fui no refeitório comer alguma coisa, mesmo não querendo. A enfermeira disse que eu deveria comer alguma coisa se não quem estaria naquela cama seria eu.
Peguei qualquer sanduíche que vi e comprei uma garrafinha de suco.
Um dos médicos de Camila, sentou ao meu lado.
- Srta. Jauregui?
- Sim, os exames dela já saíram?
- Sim, olha... O caso dela é grave. A menina foi envenenada. Quando a trouxeram, disseram que a encontraram em um cativeiro no meio da floresta. - ele me analisava, esperando alguma reação, mas eu realmente estava em choque. - Quando observamos o corpo da menina, víamos pequenas picadas. Mas em grande quantidade. O exame mostrou que há veneno de escorpião no corpo da Srta. Cabello, mas em muita quantidade. O veneno do escorpião, ataca o sistema nervoso, a picada é extremamente dolorosa, provoca dor intensa no local. A ação da peçonha age sobre o bulbo, que é uma região importantíssima que controla os movimentos respiratórios e cardíacos.
Eu nem se quer falei nada, esperei ele sair e comecei a chorar.
Vero chegou e se sentou comigo.
- Lauren... - ela me olha, mas eu não consigo olhar em seus olhos.
- Vero, eu sou uma idiota! Se eu tivesse acreditado nela, ela estaria bem e de preferência comigo.
- Camila acordou. Antes de vir aqui, eu passei por lá. Converse com ela, Lauren. Vamos lá. Eu acredito que ela te ama.
Quando ouvi de Veronica que Camila estava acordada, saí correndo pelo hospital, até seu quarto. Quando entro, a vejo deitada, com os olhos opacos.
- Camila...? - a chamei.
- Lauren. - ela fala baixo, como um sussurro.
- Eu te amo, Camila, me desculpa se eu não acreditei em você, eu juro que estou arrependida, olha só o seu estado! Eu não consigo ver isso sem me culpar, Camila. - dei uma pausa, para olhá-la. Seus batimentos estavam acelerados. - Desculpa, Camila. Eu sou a culpada de ele ter de envenenado. É tudo culpa minha, tudo culpa minha. Eu te amo muito. Eu quero passar o resto da minha vida ao seu lado.
- Lauren... Você me ama? - ela pergunta.
- Eu sempre te amarei, Camila.
O aparelho que controlava suas batidas, parou. Assim como Camila. A dor que eu senti no momento em que ela se foi, é inexplicável. Eu gritei o mais alto que pude. Médicos chegaram para tentar reanimá-la. Vero entrou correndo no quarto e me agarrou.
- Ela se foi, Vero. - eu chorava, porque aquela dor eu nunca imaginei sentir. - O amor da minha vida morreu e eu não fiz absolutamente nada para poder impedir isso.
