𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 18

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O clima havia esfriado para o fim de manhã, Aquila havia pego emprestado durante o caminho o suéter marrom xadrez de Neville, que a emprestou gentilmente.

Assim que ambos se sentaram na grama fria, de repente Neville se virou a Aquila, o mesmo estava com uma Tulipa na mão e uma bala.

-Eu queria saber se você gostaria de ser minha acompanhante no baile, claro que se não quiser ou...

-Eu adoraria! -ela diz e pega a tulipa na mão, a colocando em seu colo e depositando um selinho na bochecha fria e rosada do moreno.

-Oh, que bom, eu fico feliz, achei que não aceitaria...-ele diz, falando a ultima frase meio que somente para si, já que Aquila não teria escutado se não estivessem tão perto.

-Porque? -ela pergunta fazendo o garoto tornar seu rosto em forma de incerteza. -Porque achou que não aceitaria? -ela explica vendo o garoto abrir e fechar os lábios rapidamente simultaneamente até uma frase sair de si.

-Sabe, é você, você é uma garota muito legal e bem bonita, muitos em Hogwarts querem te convidar ao baile! Não achei que aceitaria o meu convite, tendo quem quiser aos seus pés! -disse Neville a Aquila que sorrio ao ouvir suas palavras.

-Neville, eu sempre irei escolher você, saiba que nenhum garoto de Hogwarts se compara a você! -ela diz se aconchegando em seu ombro.

O frio pareceu passar, como se somente a companhia um do outro os aquecessem, lhes reconfortava o coração, era bom saber que estavam ali no silencio confortável, e que não precisavam fingir ser alguém que não eram.

***

Alguns dias normais se passaram e aparentemente tudo continuava igual, retirando os inúmeros convites para o baile que Aquila recebeu durante a semana.

Era sábado e o baile seria na terça feira de noite, Aquila e seu primo, junto ao seu pai iriam a casa, visitar Sirius, que pediu uma visita aos familiares.

Aquila se encontrava se despedindo de Neville que a levou até a carruagem onde Remus e Potter se encontravam. Assim que Aquila entrou na carruagem, a mesma levanta voo pelos ares, levando-os até o Largo Grimmauld número 12.

***

Toc, Toc, Toc, Toc.

Quatro batidas na porta, era Aquila batendo. Os passos aceleram até a porta, era Sirius correndo em direção a sua família. Harry batia os pés no chão, ansiando a ver o rosto de seu outro padrinho.

-Olá queridos! -Disse Sirius vestindo um sobretudo bordo. Aquila soltou as malas no chão e o abraçou fortemente, restando a Harry ajudar Remus com as malas da garota. -Olá minha doce Aquila, estava com saudades! -Aquila beijou sua bochecha e se moveu até as escadas.

-Já volto! -disse a garota subindo as escadas em direção ao seu quarto, sua mala na mão esquerda a acompanhando.

Aquila colocou as coisas no seu quarto e trocou de roupa, descendo devagar pelas escadas a mesma percebe uma porta no andar a baixo entreaberta. Por curiosidade a mesma para no andar anda em direção a porta, que coincidentemente era de Bellatrix Lestrange.

O quarto que era uma bagunça se tornou limpo e Aquila notou que se isto era mais um de seus sonhos estranhos. Ela se virou atrás, vendo uma mulher cacheada de cabelos negros correr em direção ao quarto.

-Pai! Moony! Pads! -Gritou Aquila alertando seus pais, mas nada aconteceu, ao contrário, ela estava dentro do quarto agora.

A de cabelos cacheados revirava seu armário em busca de algo, até uma adaga aparecer em sua mão. Aquila olhou atentamente a lâmina na mão de Lestrange.

Ela apoia a adaga em seu corpo e sobe em sua cama, virada ao quadro de sua família junto a mesma, a adaga é levantada e em segundos o tecido do quadro é rasgado formando uma grande linha separando sua família, rasgando seu rosto ao meio na pintura.

A adaga cai no chão fazendo um barulho estridente. Aquila retrocedeu batendo as costas na parede fria. A mesma se assusta ao sentir o frio lhe invadir.

-Pai! Aqui! -Gritou mais uma vez alto, mas nada aconteceu.

Bellatrix tinha lagrimas em seus olhos, seu rosto estava molhado e a mesma estava caída na cama, com as pernas apoiada no travesseiro. Seu rosto era de desespero e Aquila se sentia enjoada em estar ali.

O quarto tremeu assim eu aberto bateu fortemente, uma senhora loira adentrou no local, suas vestes entregavam que a mesma era uma Black, as roupas limpas e sem amassados.

A mulher não se sentou permaneceu de braços cruzados vendo o rosto de sua parente úmido de tanto chorar.

Bellatrix soluçava enquanto a mulher loira bufou e resolveu falar.

-Você vai perdoa-lo, filha, agora! -Disse a loira a Bellatrix, Aquila lembrou-se da arvore de sua linhagem, era Druella, a mãe de Bellatrix Lestrange.

-Eu não consigo. -Disse Bellatrix fungando e se pondo sentada em meio aos cobertores brancos. -Ele me traiu!

-Isto é normal, Bellatrix, não faça drama, chega! -Disse Druella andando de lado a outro.

-O que? -perguntou Lestrange.

-O perdoe, agora, não posso lidar mais com seus dramas! -disse Druella batendo a porta do quarto quando saiu.

Por mais que Aquila gritasse em busca de seu pai, ela conseguiu ouvir a conversa de "suas parentes". Ela conseguiu abrir a porta, olhando para dentro do quarto novamente, empoeirado e com o quadro rasgado, sem sinal de suas parentes.

-Pai! Moony! Pads! -Gritou Aquila fechando a porta do quarto de Bellatrix com força.

-O que aconteceu? Está bem? -perguntou Remus chegando ao corredor correndo.

-Eu chamei vocês! Porque não vieram? -perguntou Aquila percebendo que Sirius também estava presente.

-Você não nos chamou! -Disse Sirius a sua filha que assentiu tontamente.

-Eu só me assuntei, eu achei ter visto uma aranha, eu acho! -disse Aquila colocando a mão na cabeça e olhando para trás rapidamente.

-Ok, venham, vou fazer chocolate quente! -Disse Remus segurando a mão de sua filha por segundos logo após solta-la.

***

Era de madrugada e Aquila estava acordada, pensando em seus sonhos, nos mais estranhos que teve, a mesma pensava ouvir vozes, mas ignorou a possibilidade, todos dormiam e sua porta estava fechada.

"Bellatrix?" chamou uma voz na cabeça de Aquila, uma voz masculina. "Deu certo, Rabicho?" perguntou a voz aguda e feminina de uma mulher, Aquila tampou os ouvidos mas as vozes continuaram até a manhã seguinte.

Doces e Guerras-Neville Longbottom-Onde histórias criam vida. Descubra agora