A Lenda das Bruxas

Prólogo.

Atenção!

Esta é uma obra criada para entretenimento pessoal. Todos os fatos, aqui mencionados, são fictícios. A história se passa na Idade Média e reunirá semelhanças da época. Religiões farão parte da história, e, a todos que seguem uma crença, isso não é uma forma de provocação ou demonstração de intolerância, apenas faz parte do conto onde o mundo gira. Agradeço por sua atenção.

Obs: Este livro não é recomendado para menores de 16 anos. Contém atos de pedofilia, crime de ódio, mutilação, tortura, violência, nudez, gatilhos psicológicos.

Desejo a todos uma boa leitura!

᪥

A muito tempo, a procura por novas terras ao redor do mundo se intensificou. Acreditava-se que aqueles que possuíam as maiores terras, eram dignos de herdar a ascensão. Muitos reinos se ergueram, e muitos outros caíram, tornando-se nada mais do que pó e histórias infantis sobre a bravosidade daqueles que conseguiram erguer seus estandartes em meio à violência e massacre abaixo dos pés do líder.

Em um continente, rodeado por oceanos, muitos reinos se ergueram. Dentre eles, apenas um se destacou ao ponto de se tornar a capital principal, denominada "rei dos reis". Westfall é uma grande cidade concentrada ao sul do continente, cujo rei é Cassius Reilish, o qual cresceu ouvindo as histórias de como a cidade de Westfall nasceu. Sebastian Reilish, com apenas duas dúzias de soldados conseguiu, durante a madrugada de uma noite fria e úmida, invadir o Palácio principal e matar o antigo rei. Durante a alvorada, quando os guardas foram fazer a patrulha, encontraram com apenas o corpo do cadáver, com as mãos cruzadas acima do peito, mas faltando a cabeça do rei. Sebastian declarou que o rei não havia familiares próximos e então seria ele quem se sentaria naquele trono, feito com ouro maciço. Foram dias difíceis, com muitas pessoas o ameaçando de morte, mas, ao final do segundo mês, um novo estandarte foi erguido, e, em um tecido alizarina um urso cinzento estava em pé, com suas patas dianteiras erguidas em posição de ataque.

Cassius, desde que nasceu, fez de tudo para conseguir a verdadeira lealdade de seus subordinados. Ele acreditava que uma boa relação era baseada na confiança. Para muitos, isso o tornava nobre, mas apenas quem realmente vivia com ele, o conhecia verdadeiramente. Elena não sabia onde estava se metendo quando ergueu a mão esquerda e o deixou colocar aquele anel folheado em ouro em seu dedo, não sabia o que a esperava até que chegasse a hora.

᪥

A lua minguante já estava alta naquela noite, todos os aldeões dormiam em suas camas com seus filhos ao lado. A floresta estava quieta, escura e parecia morta, não havia estrelas no céu, nem nuvens, o único som que se ouvia era o andar cauteloso e sincronizado dos guardas sob a neve em uma missão secreta, todos usavam o traje real, que consistia em uma armadura de prata, ou ouro, dependendo da sua posição, com uma capa vermelha presa às ombreiras. Naquele dia, ouviram-se boatos de que muitas mulheres se reuniriam para celebrar o nascimento de alguém, então o padre Louis pediu para que os guardas verificassem aquela celebração e, se algo parecesse fora do normal, tomassem as devidas medidas. Um pouco mais tarde, uma moça, usando um véu escuro que cobria metade do seu rosto, confessou ao padre o que sabia.

Hoje seria, segundo ela, o dia em que todas as bruxas se encontrariam em um lugar para um ritual, talvez para celebrar o nascimento do diabo ou seja lá qual fosse o monstro. Todas se juntariam em uma caverna que usam como abrigo durante muito tempo. Com a voz firme e lenta, o reverendo perguntou como ela sabia tão detalhadamente a respeito daquilo. Houve um breve silêncio, e quando o padre cogitou perguntar se a testemunha ainda estava lá, a voz melancólica e doce disse: "costumo passear bastante por lá".