Capítulo 31 :

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Ao final do expediente, Arthur me alertou de que Charles não iria me esperar na entrada da empresa e sim na garagem do edifício para que eu não precisasse passar pelo mar de jornalistas prontos para me abordarem. Desci até a garagem e Charles estava pontualmente parado ao lado do carro.

Carla: Boa tarde, Charles. — Eu o cumprimentei enquanto ele abria a porta para mim.

Charles: Boa tarde, Srta. Diaz. Como foi seu dia?

Carla: Foi ótimo! — respondi pensando exclusivamente no orgasmo delicioso que Arthur me proporcionou.

Assim que a Mercedes alcançou a rua, eu olhei para trás vendo os jornalistas de pé na calçada. Nenhum deles sabia que eu estava dentro daquele carro já que ninguém ainda conhecia minha rotina e não sabia que eu saía da empresa com o motorista de Arthur, mas este com certeza teria o carro cercado. O Lincoln preto que eu vi parado na garagem eu sabia que pertencia a ele, afinal, eu o via parado na garagem e muitas vezes admirava o poder que aquele carro exalava. Era realmente perfeito para Arthur.

Assim que cheguei à mansão, corri para o quarto de Malu e a vi adormecida. Como eu sentia falta da minha filha. Ficar o dia todo longe dela era penoso, passar dias sem poder cuidar e ter certeza de que ela estava bem seria ainda pior. Estiquei o braço e alisei o rostinho dela com um dedo de maneira delicada para não acordá-la. Saí do quarto para aproveitar aquele tempo e tomar um banho. Quando Malu acordasse, eu poderia ficar com ela.

Saí do banheiro secando meus cabelos vestindo um roupão branco. Sentei-me na penteadeira e coloquei a toalha em meu colo e comecei a me pentear. Vesti uma calça de pano azul e uma blusinha branca bem simples. Eu queria ficar confortável após passar horas de salto alto e roupa social.

Fiquei me perguntando se Arthur já teria voltado do trabalho e saí do quarto devagar. Não queria que Daniela soubesse o que tinha acontecido, eu nem mesmo sabia no que ia dar tudo aquilo. Desci as escadas e encontrei com ela saindo da sala de estar segurando a babá eletrônica.

Daniela: Oi, Carla. Estava indo atrás de você para entregar isso. — estendeu o aparelho da babá eletrônica para mim — Como vi que Charles já havia trazido você, pensei que queria aproveitar a noite para ficar com Malu.

Carla: Sim, eu sinto muito a falta dela. Não gosto nem de imaginar como será a viagem longe da minha filha. — peguei o aparelho que ela me entregava gentilmente.

Daniela: Não se preocupe. Beth e eu cuidaremos muito bem dela.

Carla: Eu sei, mas vou morrer de saudade. — coloquei uma das mãos sobre o peito.

Daniela: Arthur! — Ela chamou o irmão que vinha atrás de mim, mas eu não tive coragem de me virar.

Depois do que aconteceu na sala dele na hora do almoço, eu me sentia vulnerável já que agora Arthur sabia que eu o desejava desesperadamente e ficava completamente submissa em suas mãos. Senti o perfume masculino indicando que ele se aproximava e com a visão periférica vi que parou ao meu lado.

Daniela: Que bom que veio jantar em casa, Beth está fazendo aquele ceviche de salmão que você gosta, e inhame. — Daniela falou animada com o irmão sem se dar conta da tensão sexual que nos rondava.

Arthur: Ótimo, eu vou tomar banho. — notei que ele me olhou — Boa noite, Carla.

Carla: Boa noite, Arthú.

Eu o olhei por apenas breves segundos, mas o suficiente para ver nos olhos dele todas suas promessas sexuais. Ele era como um felino, pronto para me atacar quando chegasse a oportunidade certa e já não fazia mais questão de esconder de mim o quanto me desejava. Arthur se virou e foi em direção às escadas, subindo os degraus até sumir no corredor. Daniela me olhou e eu me senti um pouco nervosa imaginando se ela tinha percebido algo.

Daniela: Desejo sorte a você que vai aguentar meu irmão nesses dias de viagem. — sorriu de maneira amigável — Ele às vezes é tão fechado.

Carla: Sim, mas acho que estou conseguindo lidar com ele por conta da convivência no escritório.

Daniela: Fico feliz. Quero que ele seja mais simpático com você.

Simpático ele não está sendo, mas está me deixando muito excitada. Meu pensamento me fez recordar nitidamente o orgasmo que tive sentada sobre a mesa do escritório de Arthur. Ele movia os dedos com maestria, parecia ter nascido para dar prazer a uma mulher e não estava decepcionando.

Eu fiquei conversando com Daniela enquanto o jantar não era servido. Falamos um pouco sobre compras, que eu precisava comprar novas roupinhas para Malu já que ela estava crescendo rápido e as roupas que tinha já estavam ficando pequenas.

Daniela: Carla, já que você vai à Goiânia, tente encontrar um tempo para dar umas voltas nas lojas de lá. É o paraíso das compras! Você pode comprar coisas para você e para Malu, tenho certeza de que vai adorar. Se eu pudesse iria junto.

Carla: Eu vou tentar encontrar um tempinho, preciso mesmo comprar algo para ela principalmente, mas vou sentir falta da sua ajuda.

Daniela: Não tem problema, faremos compras aqui quando você voltar. Se quer comprar algo para Malu, em Goiânia tem várias opções. Você pode dar uma olhada na Gucci Baby Store, acredita? A Gucci tem sua própria coleção para bebês também!

Carla: Eu conheço essa marca, mas eu não sabia que tinha para bebês.

Daniela: Então vá e se divirta comprando um monte de coisinhas lindas para sua filha! Tem outras opções muito boas também, por exemplo, Yoya, Albee Baby, Baby Gap, Bonpoint, Makié, e várias outras! — ela nomeava tudo animada.

Carla: Acho que vou precisar desses nomes por escrito, não vou me lembrar de nada. — ri um pouco sendo contagiada pela animação dela.

Arthur: O jantar ainda não foi servido?

Arthur apareceu de repente usando uma calça de moletom preta e uma camisa simples da cor branca. Mesmo sem os ternos italianos sob medida, ele continuava com seu porte que denotava poder. Sua maneira de se comportar mostrava que era um homem totalmente consciente do poder que exercia sobre todos.

Daniela: Acho que já deve estar saindo. — a irmã olhou em seu relógio discreto.

Arthur: Estou faminto. Vou até a cozinha ver se vai demorar.

Rapidamente ele deu meia volta e desapareceu pela porta lateral da sala de estar me deixando absorta em sua maneira de caminhar. Não sei se Daniela notou, mas tentei disfarçar comentando sobre um quadro e ela me contou que foi Arthur quem trouxe de um leilão pouco antes de eu ir morar ali.

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