Depression in Washington

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                                               SINA DEINERT

Estava indo para de baixo da arquibancada novamente, espero que o menino ja tenha saido de la queria colocar minhas maguas para fora em paz, ja que o banheiro ñ foi muito boa opção

Cheguei no campo e fui para baixo da arquibancada onde esperava estar sozinha, mas ele ainda estava la, o menino tinha os cabelos pretos e olhos azuis como o céu

- Eu só queria chorar em paz -- reclamei e o menino que agora esta deitado olhando o céu pelas frestas dos bancos a cima olha para mim --

- Pode chorar eu não ligo, mas tem outra arquibancada la do outro lado -- ele fala sentando e apontando para onde ficava a outra arquibancada --

- É mas a outra esta faltando um pedaço dos acentos -- me sento  na grama -- e essa daqui é mais escura, prefiro assim

- Então você é das trevas? -- ele pergunta e pode ver seu rosto melhor, e um corte na sua sobrancelha que estava sangrando um pouco --

- Oq aconteceu? Vc ta com um corte na sobrancelha -- falo desviando sua pergunta --

- Oq aconteceu com vc para vc estar aqui? -- ele desvia a minha pergunta --

- Agora vamos brincar de desviar perguntas?

- Vc que começou -- ele retruca --

- Não vai me responder? -- eram tantas perguntas, uma em cima da outra --

- So se vc responder a minha primeiro -- ele esclarece --

- Não, eu não sou das trevas, apenas não gosto de pessoas -- dei de ombro pegando uma pequena mochila que estava comigo, abrindo e pegando meu lanche -- agora me responde vc, oq aconteceu?

- Ja percebeu que a gente nem sabe quem é um ao outro, quer que eu conte meus problemas para uma estranha? -- ele da uma risada sarcástica --

- As vezes é melhor vc confiar em um estranho do que no seu melhor amigo -- olho para ele e ele ri de novo -- quer? -- ofereço panquecas com mel e suco de laranja para ele --

- Quero -- ele pega uma das panquecas e toma um pouco do meu suco -- quer? -- oferece chipes e refrigerante --

- Quero -- pego um pouco de salgadinho e tomo um pouco de seu refrigerante -- agora para de enrolar e me conta

- O problema é que eu não tenho amigos, pq quer tanto saber dos meus problemas sendo que nem me conhece? -- ele pergunta --

- Pq sou curiosa -- dei de ombro --

- Curiosidade matou o gato -- ele fala e enfia um punhado de chipes na boca --

- No meu caso a gata -- pisquei um olho para ele o fazendo rir --

- Vc é muito convencida -- ele falou ainda rindo --

- Isso se chama amor próprio -- falei --

- Então ta -- parou de rir --

- Não vai me contar mesmo -- perguntei

- Não, não vou contar oq passo para uma menina que conheci chorando de baixo da arquibancada da escola, aliás eu nem sei seu nome -- ele termina de tomar seu refrigerante e amassa a latinha --

- Se o meu nome é o problema, prazer Sina Deinert -- estendi a mão para ele apertar -- agora se apresente também

- Prazer Noah Urrea -- ele fala e aperta minha mão --

- Agora fala -- o encarei --

- Puta que pariu vc não desisti mesmo né -- ele ri debochado novamente --

- Desistir não é uma opção Urrea

Então escutamos o sinal bater anunciando que as aulas estavam encerradas por hj

- Tchauzinho Skay -- ele fala se levantando e pegando suas coisas -- foi um prazer te conhecer -- então ele sai correndo me deixando sozinha

Pego minhas coisas e vou para o estacionamento, estava me sentindo muito mais leve depois da conversa com Noah, ele conseguiu me distrair mesmo provavelmente sendo só mais um adolescente problema como eu

- Como foi matar aula Sina? -- ouço Josh que estava encostado no carro a minha frente --

- Acredite mais legal do que deveria ser -- falo entrando no carro --