Evol - A fancy (poor) love story [FINALIZADA]

Ville d'Evol [Page 1]

Cidade de Evol.
Um lugar acolhedor, clima úmido, ruas infestadas de festas, carregadas de comida. Tantos eventos, tantas padarias, lençóis esticados pelos gramados, casais de paqueras, roupas voando dos prendedores, ruas bagunçadas com poucos carros, mas muitos senhores velozes em suas bicicletas enquanto gritam "regarde où tu vas, chérie" ao quase causar um acidente.
Uma sinfonia completamente bagunçada, clima harmonioso que remetia família o tempo inteiro.

Aqui o jovem Louis é desastrado e tedioso - em seu próprio ponto de vista é claro.
Estilo único e um pouco confuso de ser acompanhado "rébellion", sua mãe gostava de falar. Corpo não tão vazio de tatuagens, um sorriso indecente na maioria do dia no rosto e sua bicicleta vermelha como leal companheira.

- Armando m'a demandé de le lui donner, Margô. - falara entregando uma rosa e o jornal do dia. Com um sorriso doce nos lábios enquanto assistia a senhora tirar o semblante irritadiço para um mais carinhoso, quase se emocionando com o doce gesto de seu marido.

- Viens, chérie, je viens de faire des pains que tu aimes. Prends un café avec moi, hein? - educado como sempre apenas negou com a cabeça e seguiu seu caminho, continuando a entregar os sete jornais restantes em suas respectivas casas. Não tendo sorte de encontrar com os senhores que gostava de conversar, entretanto.

Em Evol quase todos preferiam falar em um francês pobre-chique. Em casa, porém, Louis falava em inglês o máximo que podia, tirando as expressões dos seus pais, seguia assim.

Quando estava quase chegando em casa, bateu contra a porta aberta de um taxi, fazendo com que seu corpo fosse inteiramente para frente e sua bicicleta para trás. Caiu quase de cara no chão, porém sentiu mãos grandes o segurarem.

- Minha nossa, mil perdões querido. Ainda não sei onde os ciclistas geralmente pedalam. - Louis estava com raiva, e até mesmo xingou em francês o rapaz enquanto tinha dele suporte para se levantar, entretanto não pôde segurar a risada diante da frase do mesmo.

- Aqui - apontou em torno de si, arredondando para a cidade. - Tem ciclista em todo lugar. - parou de rir divertido quando olhou para o face do rapaz em sua frente. - Eu- - olhou para as próprias mãos confuso depois de ficar sem graça a tamanha beleza, e recebeu um sorriso carinhoso do outro em sua frente, que levantou sua bicicleta para si.

- Desculpa de verdade... - pôs as mãos nos bolsos de trás dos seus shorts grandes e largos. - Eu sou novo por aqui. - disse caso o outro não tivesse entendido ainda. - Na verdade estava com a porta aberta porque o motorista do meu táxi parou para buscar "café" para nós, como está quente, queria me refrescar um pouco.

- E você está de passagem? - perguntou rapidamente e corou forte quando percebeu o olhar risonho e desconfiado do cacheado em sua frente, tratou logo de se explicar melhor, - Bem em qualquer caso, posso te apresentar um pouco daqui.

- Meu deus, sim, por favor. Na verdade acabei de comprar um apartamento por aqui... - abaixou a cabeça enquanto procurava nos bolsos dos shorts algo. Quando pegou um pequeno papel, sorriu enquanto falava, - Avenida source d'amour

Mesmo com o francês um pouco arranhado, Louis entendera.

- Na verdade é virando essa rua. - sorriu quando percebeu o olhar confuso do garoto.

- Jura?

- Sim. Se você quiser... - parou de falar quando viu o senhor se aproximar deles com dois saquinhos de papel em mãos. - Januário, mec... Peux-tu me laisser t'emmener, finir de manger et juste prendre tes bagages, oui? - falou rapidamente com um sorriso nos lábios e as bochechas coradas pegando os saquinhos da mão do outro.

- O que...(?) - o rapaz de cabelo cacheado soou confuso, mas Louis o cortou para se explicar.

- Januário é um pouco devagar quando come, pedi pra que te levasse em seu apartamento e que quando acabasse levar sua bagagem. O que acha? - perguntou depois de perceber que poderia ter sido rápido demais.

Com um sorriso adorável nos lábios e um rosto levemente corado, o garoto de olhos verdes concordou.

- Me chamo Harry. Você?

- Louis. Belo nome... - sorriu enquanto via o mais alto sentar no cano de sua bicicleta.

- O seu também, querido. - abaixou os óculos escuros que Louis nem notou estarem sob os cachos do mais alto.

- Dieu aide moi. - pediu baixinho deixando Harry um pouco confuso. "que homem lindo o senhor me pôs aqui em" completou baixinho na sua mente.

Seguiram viagem pela rua a esquerda, apreciando a briza, Harry não evitou fechar os olhos para sentir o cheiro forte de café e massas no ar. Cheiros doces e salgados o traziam uma sensação aconchegante de que tinha escolhido o local certo para morar.

- Prêt belle. - Harry corou entendendo o que Louis tinha dito ao mesmo, sorriu envergonhado descendo da bicicleta para então ambos andarem lado a lado até estarem em frente de seu apartamento novo. Subiu os óculos para os cabelos novamente.

- Obrigada, Louis, me desculpa te atropelar com a porta e gastar tanto do seu tempo. - envergonhado e de cabeça baixa, falou baixinho para o menor na sua frente.

Louis cruzou os braços e bufou dramático sorrindo. - Pela porta eu ainda preciso pensar, mas não precisa se preocupar Harry, está tudo bem. Mas ainda não vou embora, vou esperar aqui com você Januário trazer suas bagagens para então te ajudar, certo?

- Não precisa...

- Eu insisto.

- Você quer entrar no meu apartamento né? - O garoto de olhos verdes riu com sua própria piada, mas quando Louis corou com um sorriso ladino ele apenas o socou fraquinho no ombro.

Se sentou na escadinha em frente a porta do prédio e esperou Louis apoiar a bicicleta em uma árvore para então se sentar ao seu lado e falar.

- E então, me diz. O que o senhor veio procurar em uma cidade tão tão distante... - falou no final com voz de narrador fazendo Harry gargalhar.

- Eu vim em busca do meu amor perfeito. - continuou com a brincadeira de Louis antes de responder, - Vim para cá por indicação do meu melhor amigo. Ele mora aqui a pouco tempo e falou que aqui é o lugar mais amável do mundo... - suspirou. - e olha que ele já esteve em muitooos lugares. - sorriu junto ao outro em seu lado. - eu estava tendo muitos problemas onde morava. - abaixou um pouco a cabeça e Louis se sentiu triste por vê-lo daquela forma pelo assunto que ele mesmo puxara.

Tratou logo de ser o brincalhão de novo. - Aposto que você beijou um sapo e não era seu príncipe encantado... - parou pra pensar só depois que tinha assumido a sexualidade do outro por conta própria. - ou princesa. - girou a cabeça demonstrando arrependimento e confusão, tirando um sorriso com um riso fraco do outro.

- Definitivamente, não era meu príncipe, nem princesa. - Louis sorriu, porque o outro não se sentiu desconfortável e apenas entrou na onda.

- E esse seu amigo...?

- Niall. Não sei se você conhece. - Louis negou com a cabeça. - Loirinho, um pouquinho mais baixo do que eu, ama cerveja e vive sorrindo. - demorou um tempo racionando e então estalou a língua para o cacheado.

- Oh sim! - exclamou enfim quando entendeu o que sua cabeça tentava processar. - Ele foi em uma festa na casa dos ziam. - sorriu consigo mesmo ao lembrar perfeitamente do garoto e do dia que o conheceu.

- Ziam?

- Dieu! Perdão. Ziam é a junção do nome dos meus dois melhores amigos que são boiolas um pelo o outro, mas não assumem. - riu consigo mesmo explanando seus amigos, amava fazer isso.

- Oh! Niall comentou comigo sobre um casal de amigos... Zayn e Liam, não é? - Louis sorriu concordando. - Faz sentido.

- E como assim seu amigo falou dos meus amigos pra você, mas não falou de mim? - fingiu estar decepcionado. - A gente tava curtindo juntos na festa, que favoritismo é esse?

- Ei! Nada a ver... - Harry gargalhou com o beicinho do menor. - Ele falou que- - fora cortado pela buzina do táxi de Januário sendo estacionado em sua frente.