QUANDO MEU ANJO VOLTAR - Capítulo 27

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As dez da manhã, Esgar despediu-se de Êura, eufórica. Suas entregas de pães e tortas acabaram cedo e a jovem loira seguiu saltitante e feliz pra sua casa.

Nada falou pra amiga e patroa sobre a sua euforia naquela manhã, pois Êura, semelhante à esposa do sacerdote, também tinha um romance com o Mago da Floresta, mas Esgar estava feliz porque não precisaria levar almoço pro seu pai e seu irmão nos campos, e isso lhe permitiria ir mais cedo pra cabana do Bruxo, almoçar com ele.

Chegando em sua casa banhou-se, perfumou-se e colocou seu melhor vestido. Não queria mais que o Mago da Floresta a visse, apenas, como uma moleca desmiolada, nem como sua protegida.

Queria ser vista, por ele, como mulher!

Percebia que ele também se sentia atraído por ela, mas criara um bloqueio, afirmando que não se envolveria mais com "fêmeas jovens" devido ao transtorno que gerara em sua tribo, acasalando-se com Mayara, que era a grande paixão de seu irmão.

Neste almoço, Esgar entraria nesse assunto com ele, mostrando-lhe que viver do passado era cruel. Ela nada tinha a ver com seus dilemas familiares do passado, e estava encantada por tudo o que havia no Mago da Floresta.

Ele era agradável, destemido, companheiro, confiante e dono de uma sensibilidade ímpar, ocultada pelo seu temperamento impaciente

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Ele era agradável, destemido, companheiro, confiante e dono de uma sensibilidade ímpar, ocultada pelo seu temperamento impaciente.

O Mago já lhe dissera que Mayara era a Angelical mais bela de seu mundo, e que ela, Esgar, era a mulher mais bela daquela aldeia que margeava o Eufrates.

Essa associação, que a princípio a envaidecera, se tornara o seu martírio e um peso desnecessário, pois o Bruxo esquivava-se dela e negava-se a deixar de vê-la como reles empregada e assessora de seus empreendimentos econômicos.

Teria uma conversa franca com ele. Amistosamente iria encurralá-lo e indagar-lhe porque ele tinha tanto medo de admitir que naqueles três meses em que trabalhavam juntos, todos os dias, crescera entre eles dois, uma afinidade muito bonita, que ia muito além da admiração de amigos, ou de professor e aprendiz.

Seguiu feliz e confiante, pelo caminho que a conduzia à cabana da floresta, sentindo-se plena como mulher. Já não se sentia mais uma garota imatura com medo do mundo adulto. A presença do Mago em sua vida, a fizeram reencontrar-se com o melhor de si, e a jovem loira caminhava repleta de amor próprio e autoconfiança.

Nunca houve nada entre eles dois... Nenhum beijo, nenhum afago... tirando, obviamente, a primeira vez em que ela foi pega na armadilha da árvore, quando se conheceram, e ele a viu desnuda e farejou suas cochas e sua virilha, por instinto, deixando-a possessa.

Porém quando o conheceu melhor, percebeu que, apesar de alguns instintos estranhos, e hábitos incomuns, o Mago da Floresta era criativo, elegante e gentil.

Se ela conseguisse fazer com que ele a olhasse como Mulher, dessa vez, rolaria o primeiro beijo entre eles... e quem sabe, um pouco mais!

 e quem sabe, um pouco mais!

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OS FILHOS DO AMOR - A História dos Anjos RebeldesOnde histórias criam vida. Descubra agora