Vida Nova.

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Guilherme on

-Conversou com ele?— rose me perguntou.

-Sim.— respondi enquanto me deitava na cama.

-Gui, que tal nós três irmos para Paris? Passar um tempinho sei lá, talvez o Antônio precise de um tempo fora.— Rose sugeriu.

-Acho ótimo, Antônio adora Paris.—respondi.

-Então vou ligar para a Regina e pedir para ela comprar as passagens, pode ser?— ela perguntou.

-Pode sim.— assenti.

"Como eu vou explicar isso para flávia?"

"Provavelmente flávia irá me odiar quando souber dessa viagem."

"Eu prometi tudo a ela, e até agora só consegui decepciona-lá."

foi agarrado a esses pensamentos que eu adormeci.

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-Filho, eu e o seu pai decidimos viajar para Paris e queremos levar você, que tal?— rose perguntou para Antônio enquanto tomávamos café.

-Maneiro. Quando vamos?— ele ingadou.

-A Regina conseguiu as passagens para amanhã de manhã.— Rose respondeu.

-Então vou arrumar a minha mala.— Antônio disse e logo subiu para o quarto.

-Vou ir arrumar a minha mala também Gui, você vai arrumar a sua?— Rose perguntou.

-Já vou já.— respondi.

"Eu não posso ir até o apartamento, não vou aguentar ver a cara de decepção da Flávia."

Me sinto um idiota por brincar tanto com os sentimentos dela, mas não consigo sair dessa situação.

Ao invés de ligar ou ir atrás dela, decidi mandar uma mensagem.

"Meu amor, vou ter que fazer uma viagem rápida para Paris junto com a rose e o Antônio.
Achamos que será bom para ele.
Tentarei voltar o mais rápido possível.
Não esquece que eu te amo."

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Flávia on

Acordei com a mensagem de guilherme dizendo que irá para Paris com a esposa.

"Parabéns por ser tão burra flávia, Grávida e sozinha." Pensei.

Eu não planejei engravidar, muito pelo contrário, desde o começo deixei bem claro para o guilherme que não tomava remédio (todas as vezes que tentei tomar, não tive boas reações).
Estava planejando colocar o diu, mas já era tarde.

Eu não posso culpar essa criança por nada, afinal, quem errou fui eu.

Sim, desde o começo a errada fui eu.

Errei no momento que aceitei transar com um cara casado e logo depois aceitar ser a amante dele.

Mas eu me apaixonei, me apaixonei como nunca havia me apaixonado antes.

E acreditei no amor que ele dizia sentir por mim.

Mas a única verdade é que quem ele ama de verdade é ela, sempre foi ela.

Eu era apenas o brinquedinho sexual dele que ele usava e abusava sempre que queria.

E ele tinha todo o direito, afinal, eu aceitei isso.

Aceitei ser a outra, aceitei ser a segunda opção, aceitei ser o passa-tempo dele.

Por céus, como eu me arrependo.

Mas agora já era tarde, eu estou esperando um filho dele e já amo essa criança como se tivesse esperado por ela a vida inteira.

Eu tenho que ir embora, tenho que seguir a minha vida longe dele.

Criar o meu bebê longe de toda essa mentira.

Poderia ligar para ele e contar sobre a gravidez, poderia, claro que poderia.

Mas se ele não quis me assumir, quem dirá assumir meu bebê.

É isso, eu tenho que ir embora.

Amanhã mesmo irei embora.

Peguei meu celular e haviam várias mensagens de guilherme.

"Meu amor, você está bem?"

"Assim que puder me responda."

"Não fique magoada comigo, prometo voltar o mais rápido possível."

"Te amo mais do que tudo."

Ah guilherme, como eu queria acreditar em tudo isso.

Apenas visualizei as mensagens e joguei meu celular na cama.

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O dia amanheceu e a minha hora de ir embora chegou.

É hora de começar uma vida nova.

Deixei uma pequena carta de despedida para quando guilherme voltar.

Joguei meu chip de celular fora, e fui direto para a rodoviária.

"É bebê, daqui para frente somos só nós dois."— pensei enquanto acariciava a minha barriga e observava a estrada.

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Apartamento No Leblon | Flagui/OneshotOnde histórias criam vida. Descubra agora