Sete - Luna

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Hoje
Meu Deus o que foi ontem?
Não lembro de nada a não ser alguns flashes do que houve ontem a noite. Olho em meu criado mudo e vejo um bilhete.

"Tome isto e coma o sanduíche. Esteja em meu escritório as 13h não se atrase!
                                       Matteo."
Merda.
Merda.
Comecei a lembrar do que aconteceu ontem e é pior do que eu pensava, eu liguei bêbada pro meu chefe e ele me trouxe para casa. Ele fez um sanduíche também. Não nego, essa parte foi muito gentil da parte dele, talvez seja um pedido de desculpas por me tratar mal outro dia.
Fui tomar um banho e me arrumei o melhor possível, fiz uma maquiagem que cobrisse um pouco mais minhas olheiras e tirasse essa cara de ressaca de mim, ajudou muito já que não uso quase nada sempre mas a pessoa que eu queria que não tivesse ideia de que estava com ressaca foi a mesma que me colocou para dormir ontem a noite e fez um sanduíche pra mim. Sinceramente... você precisa melhorar Luna Ay o que aconteceu ontem foi ridículo e vergonhoso e hoje mesmo você vai pedir desculpas a Matteo e virar essa página.
Cheguei no escritório e fui direto para a sala de Matteo com o café que comprei para ele como um pedido de desculpas pela situação da noite passada.
Bati na porta e meu chefe me pediu para entrar, sem olhar para onde eu estava, apenas continuou lendo o que estava em sua mão.
Quando enfim olhou em minha direção nossos olhos se encontraram e por um mísero instante parecia que nos conhecíamos há muito tempo.
— Como você está? – Perguntou.
— Ótima – respondi tentando parecer melhor.
— Mentira, você está com uma cara péssima Luna, pelo menos espero que tenha comido o sanduíche e tomado o comprimido.
— Sim tomei e comi o sanduíche. Por que me chamou aqui?
— Te chamei porque vou precisar de sua ajuda um pouco mais de perto, como você já deve saber estou tentando tirar meu pai completamente da empresa.
— Uau, que lindo comportamento de um filho. – resmunguei.
— Eu ouvi isso Luna, e este comportamento não é de um filho realmente e sim de um sócio muitíssimo preocupado com o futuro da empresa já que o coitadinho do Giuseppe não consegue ficar em pé direito há dias e não conta até vinte sem dormir ou desmaiar. Ele está completamente fora de si, o que ele faz fora da empresa não é problema meu mas a partir do momento que os comportamentos dele começaram a manchar a imagem da Caccini eu certamente tive que intervir.
Então, irá me ajudar ou vai continuar resmungando ofensas pelos cantos?
— Vou te ajudar sim, no que precisa?
— Preciso de você na minha casa às 19h. Vamos organizar as papeladas e achar um jeito mais fácil de tirar Giuseppe da Caccini.
— Ok.
Ok foi tudo o que consegui pensar no momento.

Love, Perfection and MistakesOnde histórias criam vida. Descubra agora