The Shadow Queen [PT-BR]

Prologo

***NOTAS***

Oi, pessoal!

Desculpa a demora. O teclado do meu notebook parou de funcionar e por isso demorei mais do que o esperado para postar o primeiro capítulo. 

Enfim, espero que gostem.

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— Você será minha filha?

Eu não deveria ter aceitado.

O Chanceler do império, O Arquiduque Frances, nem mesmo o imperador podia agir imprudentemente diante dele. Por não recusar a sua oferta causei tanto sofrimento a minha pessoa. 

A Princesa Verônica havia morrido por causa de uma pneumonia, eu era a única que poderia substituí-la por sermos tão parecidas. Por conta disso passei maus bocados.

Se o tivesse rejeitado naquele momento, poderia ter evitado uma morte tão miserável... patético.

Qual é o sentido de estar no topo da alta sociedade, sendo invejada pelas mulheres e cortejada por homens? Para que serve todos esses vestidos enfeitados e joias feitas por artesãos? Ser coroada a primeira rainha... Qual o significado disso?

A princesa Verônica, que havia aparentemente morrido, estava viva todo esse tempo e perfeitamente bem. Agora que ela está de volta, minha existência neste mundo não é mais necessária.

— V-vcocê planejou isso... desde do começo.

Toda vez que eu falava, o aço cravado no meu abdome balançava. Meu estômago estava revirado, o sangue jorrava sujando o meu vestido e respingando pelo chão.

— Não fique chateada. Eu só estendi minha mão, foi você que aceitou — O Arquiduque Frances zombou.

Cretino, me culpando de forma tão eloquente pelo que aconteceu e com um sorriso de escárnio no rosto. De pé ao lado dele, Verônica, sem rodeios continuou falando.

— Esse plano levou bastante tempo para ser executado. Por causa disso tive que fingir estar morta, e precisei de uma substituta... Todo esse tempo, você fez um ótimo trabalho.

Levantei a cabeça e a encarei.

Ah! É como se eu estivesse olhando para um espelho e visse no meu reflexo Verônica. Naquele momento um forte sentimento de tristeza caiu sobre mim. Assim que der meu último suspiro, ela naturalmente tomará meu lugar. A posição da Rainha, a relação entre mim e o Rei, até o bebê talvez chame Verônica de 'mãe'.

Não, tenho certeza que isso vai acontecer. Isso é tão injusto. Minhas lágrimas caíram em meio a raiva.

— Você está chorando? Não fique tão triste. Sabe, eu sou uma mulher mais misericordiosa do que aparento. Por todo o trabalho que você teve, irei te dar um pouco de conforto e consideração.

Quando Verônica fez sinal, o cavaleiro que estava atrás dela a entregou um bebê envolto em um manto.

Ela mostrou o rosto da criança que estava dormindo como se estivesse sendo generosa.

— Bebê, diga adeus a sua mamãe. Daqui a pouco mamãe vai morrer.

— ...!

Verônica pegou a mão do bebê que estava chorando e a usou para acenar. Ela realmente parecia mais cruel do que o diabo.

— I-Ian!

Eu rastejei até Verônica desesperada. O metal preso em mim, afundou ainda mais; não parei mesmo que quisesse me contorcer diante da dor. O meu filho... meu pequeno Ian. Enlouqueci ao ver meu bebê em seus braços.

— Não se esforce tanto. Não sei o que fazer com essa criança agora. Por enquanto, vou deixá-lo me chamar de 'Mãe' e irei vê-lo fazer coisas fofas. Até lá possivelmente terei um filho com o Rei, certo? Então, irei garantir que vocês possam se reencontrar um dia.

— S-Seu monstro!

Minhas mãos e lábios tremeram de raiva.

— Você está demorando muito, Verônica.

— Oh! Eu perdi a noção do tempo por causa desse espetáculo na minha frente. Vamos embora!

O Arquiduque olhou para mim e virou-se friamente. Verônica foi logo atrás.

— Já que não sei o seu nome, não posso nem ao menos me despedir. Pelo menos, posso dizer que você fez um bom trabalho, falsa Verônica.

Ao vê-la se afastar, estendi minha mão o mais forte que pude. Meu desespero me impediu de desistir, mesmo sabendo que não poderia alcançá-la.

— I-Ian...

Entretanto, o meu sangramento piorava a cada segundo. O meu corpo já havia chegado ao limite.

Baque

Minhas mãos caíram fracamente. A silhueta ao longe de Verônica foi a última coisa que vi antes de fechar os olhos.