nosso baile, nossa noite.

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     Era uma vez, uma noite, nesta o céu estava estrelado e tudo muito calmo.

    Remus achara que era a primeira noite que seria calma e paciente—sem chuvas turbulentas, trovoadas e relâmpagos barulhentos que faziam Ted, o menino de cabelo azul, se encolher na cama debaixo de suas cobertas—depois da Segunda Guerra Bruxa que acontecera a 5 anos atrás.

    Era muito difícil para ele; perdeu os seus melhores amigos; perdeu tua esposa... e ficar sozinho por 5 anos com Ted frequentando todas as luas cheias sem ajuda de ninguém também é muito árduo,
contendo a ajuda de Harry, Ron e Hermione as vezes era bem mais tranquilo, claro, se transformar pensando que Ted estaria em boas mãos fazia-lo ficar muito mais plácido; sereno; sossegado.

    Mas nesta noite tudo mudou...

   Remus estava sentado a beira da cama de Ted, acariciando teus cabelos azuis, o menino estava calmo esta noite, e também com sono.

  “Papai Lupi' ” O menino com a voz de um pequeno anjinho chamou a atenção de Remus, que estava distraído olhando para o céu.

  “Diga, meu bem” Lupin disse voltando o olhar para o garoto.

  “Canta uma músiquinha 'pra mim dormir 'pufavo?” O garoto de cabelos azuis perguntou querendo uma resposta do pai.

  “Ah, Ted... Você já não está muito grandinho para isso não?” O pai respondeu e Ted fez uma cara melancólica.

  “ 'Pufavo papai é a última que eu peço, e aí você não 'pecisa cantar mais 'pra mim, canta aquela lá, aquela lá papai!” O menino  com seus olhos de cachorro abandonado, pediu para o pai.

  “Ok Teddy, você venceu, quer a sua favorita?” Remus perguntou e o garotinho acenou com a cabeça. O pai, tendo uma resposta com sim, ajeitou-se na cama de modo em que o menino de cabelos azuis ficasse deitado em seu colo, e então, ele começou a cantarolar.

Agora eu era o herói,
E o meu cavalo só falava inglês,
A noiva do cowboy era você além das outras três,

Eu enfrentava os batalhões, os alemães e seus canhões,
Guardava o meu bodoque e ensaiava o rock para as matinês

Agora eu era o rei,
Era o bedel e era também juiz,
E pela minha lei a gente era obrigada a ser feliz,
E você era a princesa que eu fiz coroar,
E era tão linda de se admirar,

Que andava nua pelo meu país

Não, não fuja não,
Finja que agora eu era o seu brinquedo,
Eu era o seu pião, o seu bicho preferido,
Vem, me dê a mão, a gente agora já não tinha medo,
No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido

Agora era fatal que o faz-de-conta, terminasse assim,
Pra lá deste quintal era uma noite que não tem mais fim,
Pois você sumiu no mundo sem me avisar,
E agora eu era um louco a perguntar,
O que é que a vida vai fazer de mim?...

por:Chico Buarque e Nara Leão

  Teddy havia dormido, feliz pelo pai ter cantado a sua música favorita, mas triste também pela sua fase de bebê ter terminado naquela noite, e que seu pai não iria cantar mais músicas para ele.

       Remus previu que não iria dormir naquela noite, previu que memórias boas de seus melhores amigos, principalmente de Sirius, iriam predominar sua mente, e ele começaria a chorar de saudade, de Hogwarts, dos professores, das aulas, dos seus amigos, do tempo em que tudo era perfeito e sem muitas preocupações.

mil palavras e um faz-de-conta. wolfstarOnde histórias criam vida. Descubra agora