"As palavras são como facas afiadas. E estão sempre apontadas para mim."
Eu andava distraida procurando um lugar para sentar naquele enorme colégio mas parecia impossível. Tudo parecia lotado!
Desisti de procurar algum lugar para sentar e fui para meu quarto. Não podia ficar ali , por mais que me apetecesse.
Fui para o quarto distraida e concentrada ao mesmo tempo. Eu não queria parecer tão estranha mas eu sou assim e fodasse o que as pessoas pensam. Pra mim tá bom e assim vai continuar.
Meu cabelo é diferente. As vezes pinto ele de rosa , as vezes de azul. Ele nunca está normal. Eu não quero ser normal.
Pensando assim apressei meu passo , mas logo vou contra alguém. Ou melhor contra O alguém.
Você não vê por onde anda?
Olha como fala comigo gajo!
Está me desafiando?
Entenda como quiser! Mas então vai ficar gritando comigo ou vai me levantar?
Por mim você poderia ficar aí no chão para sempre!-Disse apontando o dedo na minha cara.
Ei moreno! Quem você pensa que é?-Disse me levantando e pegando seu dedo com certa força.
Larga meu dedo rapariga!
Vai aponta-lo de novo na minha cara? Se for acho melhor não soltar!
Me larga!
Você está mandando em mim? Nem a minha mãe faz isso!
Deveria fazer!
Não quero sua opinião! Não me importa!
Deve ser por isso que é tão mimada!-E saiu andando na direção contrária a minha.
Tomada pela raiva gritei;
Deve ser por isso que é tão imaturo! Não sabe calar a boca! Idiota!
Ele virou e com uma expressão sombria e vazia no rosto disse;
Você me chamou de que?
