Capítulo 41 :

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Arthur: De onde tirou essa ideia? — ele levantou a cabeça e direcionou o olhar para mim.

Carla: Eu não sei. — balancei a cabeça — Tudo tem sido diferente desde que te conheci.

Arthur: Diferente como? — seu olhar era curioso.

Carla: Tenho me sentido mais mulher. — confessei com um pouco de vergonha — Gosto da maneira como me toca, como me deseja, e isso tem despertado em mim um lado que eu ainda não conhecia.

Arthur: Fico satisfeito que tenha sido eu a ter esse privilégio, porque serei o único.

O comentário possessivo me fez estremecer. O que será que queria dizer? Será que tinha intenção de ficar comigo por muito tempo?

Carla: Vamos tomar um banho? Quero te fazer uma massagem depois. — sugeri antes que minha mente ficasse criando ideias malucas.

Arthur: Isso está ficando cada vez mais interessante.

O banho foi demorado, as carícias que trocamos me deixavam ainda mais receptiva a ele. Arthur era viril, experiente e seu corpo era um convite ao pecado. Não transamos ali, mas ele me tocou intimamente enterrando seus dedos na minha intimidade me levando à loucura. Quando finalmente saímos, eu vesti um roupão e pedi para que ele deitasse de bruços na cama completamente nu. Arthur me obedeceu e eu sabia que ele estava excitado com a ideia da massagem.

Carla: Comprei um óleo de massagem em uma loja de artigos de banho. Este é de menta, acho que combina com você. — retirei de dentro de uma das pequenas sacolas e abri a embalagem.

Arthur: E por que combina comigo?

Carla: É sexy, masculino, e é perfeito para você que vive estressado. — me aproximei da cama e me sentei na beirada.

Enquanto despejava um pouco do óleo nas mãos e as esfregava uma contra as outras, percorri com o olhar aquelas costas largas, os músculos definidos, a curva de sua lombar e finalmente as nádegas firmes e extremamente masculinas. Arthur era um deleite, tinha a capacidade de aquecer meu corpo apenas com sua presença, era como se aquele quarto diminuísse de tamanho. Levei minhas mãos até seus ombros largos e deslizei devagar os apertando em seguida e ouvindo um gemido de satisfação escapar da garganta dele.

Arthur: Como eu precisava disso...

A sua voz soou ainda mais rouca que o normal, ele estava apreciando e eu observava cada reação enquanto massageava seus ombros sentindo a pele aquecer com o contato. Desci um pouco as mãos pela lateral do seu corpo até sua cintura passando os dedos por sobre a tatuagem e subi novamente pelo meio das suas costas. Comecei uma massagem fazendo movimentos circulares com os polegares enquanto ele gemia satisfeito de olhos fechados. O aroma da menta se espalhava pelo ar deixando o clima ainda mais relaxante.

Eu queria poder cuidar dele, tirar o estresse do seu corpo, fazer com que dormisse mais tranquilo. Arthur estava sempre com a expressão rígida, os olhos frios e movimentos completamente controlados. Ele era um poço de autocontrole, deixando-o de lado apenas durante o sexo. Para mim era satisfatório vê-lo daquela forma quando estávamos juntos, Arthur parecia um animal cedendo aos seus desejos primitivos enquanto me possuía, mas fora da cama ele era sempre um CEO pronto para resolver todas as suas questões de negócios.

Fiquei cerca de vinte minutos despejando óleo e massageando aquelas costas másculas até ouvir a respiração regular dele. Parecia adormecido, com o rosto mais sereno e ainda mais bonito. Arthur estava com a barba por fazer, um ar sexy e os lábios tentadores levemente entreabertos. Esse homem era capaz de me levar à loucura enquanto eu apenas o observava. Afastei-me devagar e preferi deixá-lo assim, seria bom que descansasse um pouco. Havia passado todo o dia fora entre reuniões e compromissos de negócios, Arthur precisava de um momento para si, merecia relaxar e deixar o estresse um pouco de lado.

Guardei o óleo de massagem dentro da sacola e a coloquei juntamente com as minhas lingeries, que seriam usadas em um momento especial quando estivéssemos no Rio de Janeiro.

A noite já havia caído e Arthur iria acabar acordando de seu cochilo. Precisávamos comer alguma coisa e eu ajeitei o nó do roupão indo até o telefone do quarto e tentando descobrir como pedir uma refeição. Lembrei-me do Tablet que ficava na mesa no canto da sala de estar que também servia para fazer pedidos e decidi usar o telefone acreditando que seria mais fácil assim. Havia uma lista presa à mesinha do telefone com os números da discagem rápida e o número 2 indicava a cozinha. Apertei decida e respirei fundo tentando pensar no que pedir. Uma voz feminina e eficiente ecoou em meus ouvidos e eu demorei um pouco até decidir como falar.

Carla: Boa noite, eu estou no quarto 1.202 e gostaria de pedir o jantar. — sentei na poltrona e passei a mão pelo braço de couro.

Xxx: Boa noite, Srta. Diaz. — a mulher me cumprimentou após uma breve pausa em que provavelmente localizava o número do quarto no sistema — Será um prazer servi-la. — realmente estar acompanhada de Arthur era motivo de tratamento especial e prioritário.

Carla: Eu gostaria de saber quais as melhores opções para um jantar leve.

Xxx: Temos um delicioso filé de linguado com cogumelo, macarrão com legumes, frango grelhado com salada de folhas verdes, canelone de espinafre...

Carla: Eu acho que vou ficar com o filé de linguado e cogumelo. — respondi interrompendo-a temendo a lista de opções que poderiam me deixar ainda mais em dúvida.

Xxx: Claro, refeição para dois?

Carla: Isso. — confirmei lembrando que todos sabiam que era eu que estava no quarto com o poderoso Picoli — Pode me mandar um belo vinho que combine com a refeição? — pedi mordendo o lábio em seguida já que não sabia nada sobre vinhos e não contava com a ajuda experiente de Arthur, tentando não parecer uma idiota.

Xxx: Claro que sim, Srta. Diaz. Gostaria de pedir uma sobremesa?

Carla: Dois pedaços de cheesecake.

Xxx: Anotado, logo mandaremos seu jantar. Tenha uma boa noite.

Carla: Obrigada, boa noite. — Desliguei o telefone torcendo para Arthur gostar do jantar que pedi.

Levantei e coloquei o telefone em sua base e caminhei novamente até o quarto onde ele continuava adormecido na mesma posição de bruços completamente nu. Resisti à tentação de me deitar ao seu lado e percorrer a mão em suas costas. Fui até o closet e vesti uma calça de ioga lilás e uma camisa simples branca por cima de um sutiã da mesma cor. Seria melhor atender a porta vestindo algo mais decente que apenas um roupão. Ajeitei os cabelos da melhor forma possível e voltei para a sala esperando o jantar ser entregue.

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