único (mas tem 32 partes)

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[NOTAS]: olá
nossa issso foi escrito até bem rápido? não foi em um dia só mas bem rápido levando em conta de que tem só 4k
e essas 4k são de canon compliant de antes da partida contra o sub20, essas 4k tb nao foram betadas


enfim é isso boa leitura aos que seguem

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PROMPT: beijos de língua que cada dente é "dedilhado" no intuito de guardar memória (deles).

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Mal tenho tempo de respirar, apenas de pensar que preciso fechar a porta. Mas o pensamento, logo, não passa de mero devaneio, porque de repente, tudo é substituído por hehehehe e uhuhuhuh e o impacto do meu corpo contra a parede de metal.

— Você deve se achar muito engraçado, né?

É uma pergunta. Mas ele não quer que eu responda.

Abro a boca, de qualquer forma, pronto para retrucar, mas não chego a conseguir falar, porque logo, sua mão está no meu queixo.

— O que, não vai tentar falar nada?

Não abro a boca de novo e não deixo nada sair da minha garganta, mas o arrepio que passa pela minha coluna com certeza responde ele. Não a pergunta verbal, de qualquer forma, mas o toque. O toque brusco e pouco calculado. O olhar grudado no meu.

Ele me instiga a responder. Quer que eu o faça.

Instantaneamente, sorrio. O que faz com que o aperto dele no meu queixo se estenda e fique mais forte. Sua mão toca em todo o meu maxilar. E eu não poderia estar mais animado.

Até que ele (infelizmente) me solta.

Sinto meu cenho franzir, mas não faço nada, porque o que eu quero sentir de verdade, não tenho. Então não nego o impulso de me inclinar para perto dele.

— Você é mesmo muito engraça-

Até que eu paro no meio do caminho.

— Para de me chamar assim! — Esbravejo, saindo do transe de sensações-muito-animadas, me desgrudando por completo do armário em que eu estava. — Eu não sou esse palhaço que você acha-

— É engraçado você vir me pedir contato. — Ele me corta, também. O tom é menos provocativo do que antes.

Reo dá um passo para trás. Mas eu (assim como tenho feito muito durante os últimos dias) o sigo. Nossos corpos não estão colados de novo, mas estão perto o suficiente para que eu consiga perceber que a situação agora parece mais séria.

Não é mais só a tensão pós-jogo, com nossos corpos suados colados e ficando mais suados. Sei o que ele quer dizer, apesar de querer fingir que não entendo.

— Olha- — Tento começar, de novo, mas o que eu quero é finalmente atendido: nossa distância é quase mínima e ele está me olhando de cima. Tremo.

— Eu sei. — Ele sussurra, em resposta, mas não sei se ele sabe mesmo.

(Talvez não o que eu iria dizer, mas sim, que eu quero isso tanto quanto ele.)

De qualquer forma, eu apenas aceito. Estendo o braço, esperando envolver seu pescoço, mas ele não deixa.

Ele faz com que eu continue parado. Mal me mexo, meus olhos mal piscam. A única coisa que realmente se mexe é meu coração, que bate mais rápido do que antes, já que agora, a mão dele tá no meu maxilar de novo.

Sorrisos (e calor e toques) de tirar o fôlegoOnde histórias criam vida. Descubra agora