Cool of the summer. || TDBK.

Capitulo único.

Todo o grupo de amigos tinha acabado de sair do cinema, haviam visto um filme de comedia nacional genérico e, para a surpresa de um zero total de pessoas, Katsuki havia odiado. O loiro só havia ido porque Kaminari e Eijirou tinham o convencido de alguma forma que nem ele mesmo sabia.

Todos estavam comentando sobre o quanto o filme era engraçado e sobre o fato de que Denki, de alguma maneira, tinha derramado sua pipoca no chão, enquanto apenas Todoroki parecia disperso no assunto e prestando atenção em qualquer coisa, menos na conversa dos amigos.

O Bakugou estranhou aquilo, já que Shouto parecia concentrado no filme durante toda a sessão. Sim, Katsuki havia feito de novo, prestou mais atenção em Shouto do que todo o seu entorno. Mesmo que o bicolor estivesse distante do alourado, e até mesmo de sua realidade, aparentemente, Katsuki admirava-o.

- Aí, foi muito divertido, pessoal, mas eu preciso voltar pra casa agora. Até mais! - Momo despediu-se, saindo correndo dali em direção a saída do shopping, enquanto falava em seu telefone.

- Hum, ok. - Mina disse, expressando sua leve tristeza. - Vocês vão querer comer alguma coisa antes de irmos?

Todos negaram, menos Denki que disse que iria dividir um MilkShake de morango com Jirou que estava extramamente corada. O Katsuki revirou os olhos, queria ir embora logo, estava cansado daquele ambiente barulhento e de seus amigos que não conseguiam ficar um mísero minuto em silencio.

O Bakugou se sentou em uma cadeira, acomodando-se ali como se estivesse em sua casa e sem vários outros desconhecidos em volta. Como o loiro não prestava atenção em seus arredores naquele momento, não percebeu que Shouto estava o encarando ao lade de Deku.

Os dois viviam dessa forma. Encarando um ao outro escondidos e de longe, não estavam totalmente satisfeitos, mas acabavam se contentado com aquilo. Às vezes, na escola, Katsuki pensava em enviar cartas anonimas para Shouto, escrevendo sobre o que gostava no bicolor, sobre o sentimento que tinha pelo mesmo que ia crescendo cada vez que os dois se encontravam, sobre a forma como pensava carinhosamente no Todoroki antes de dormir.

Mas era óbvio que não faria aquilo.

Denki já havia voltado com o MilkShake, estavam prontos para ir embora. Seguiram o caminho até o estacionamento e até o carro de Kaminari.

- Quem vai no carro? - Uraraka indagou.

- Eu, Izuku e Uraraka! - Mina foi rápida ao responde-la. - A Jirou vai no banco do carona e nós três aqui atrás.

- Hãm, mas e o Todoroki? - Midorya indagou, como se ainda não soubesse da ideia de cupido de Ashido.

- Ah, tenho certeza que o Bakugou não vai se importar de dar uma carona a ele em sua moto. Ou vai? - A rosada encarou os dois com um olhar desafiador que irritou Katsuki profundamente.

Mas antes que desse tempo de dar a ela alguma resposta maldosa, Denki se pronunciou.

- Beleza, cambada! Entra aí! - E assim todos fizeram.

O loiro bufou e rosnou, enquanto encarava a rosada que já se encontrava dentro carro. Não estava irritado de verdade, até que gostou da ideia de ficar sozinho com Shouto por uns minutos.

- Toma, meio-a-meio! - Disse, entregando o capacete ao meio-ruivo com um pouco de brutalidade.

Os dois botaram seus capacetes e subiram na moto, logo, o Bakugou deu partida. Shouto refletiu bastante antes de envolver seus braços na cintura de Katsuki, sabia que tinha que fazer de qualquer forma, mas tinha medo da reação do loiro.

Ao sentir os braços em sua cintura, o alourado hesitou um pouco, desviando suas orbes rapidamente até as mãos do Todoroki, mas voltando a focar no trânsito segundos depois. Não podiam mentir que estavam gostando do momento, mesmo que estivessem envergonhados.

Shouto achou Katsuki bem quentinho e bom para abraçar. Katsuki achou o abraço de Shouto confortável.

Mas nenhum dos dois admitiriam isso em voz alta.

[...]

Assim que chegaram, o Bakugou parou a moto bem em frente ao condómino chique e visivelmente caro que o meio-albino-meio-ruivo morava. O loiro estava tão concentrado admirando os detalhes da entrada que nem percebeu que o bicolor já havia descido da moto.

- Obrigada por me trazer em casa, Bakugou. Espero poder retrebuir o favor.

- Eu sei como pode retribuir. - A boca de Shouto se abriu e se fechou diversas vezes de uma forma idiota aos olhos avermelhados de Katsuki, além do mesmo ter hesitado antes de responder ao loiro, tirando uma risada curta e genuína do mesmo.

- Como? - Disse por um fio de voz, extremamente confuso.

- Não pode dizer para os seus pais que aconteceu, ok? Vem aqui. Sobe na moto. - A única coisa que o Todoroki se viu capaz de fazer foi obedecer o loiro.

O Bakugou se sentou de uma maneira que os dois ficassem de frente um para o outro. Katsuki pousou uma de suas mãos na face do meio-albino que ainda estava raciocinando o que estava acontecendo.

O polegar de Katsuki passeou e acariciou o rosto de Shouto, inclusive, acariciou sua cicatriz, o que fez o meio-ruivo corar fortemente e sentir todo o seu rosto ficar tão vermelho quanto os olhos cor-de-rubi do Bakugou.

- Você parece um idiota assim, meio-a-meio. - Comentou, não contendo sua risada e aproximou seu rosto do Todoroki, insinuando que iria beija-lo, mas foi falho.

Shouto recuou com seu rosto antes que o tão ansiado beijo pudesse acontecer.

- Não podemos, não aqui, não agora. - A palma do menino de olhos díspares pousou sobre a do explosivo e impaciente loiro.

- Shiu! Não conte ao seu pai que vamos nos beijar.

E aquele fim de tarde que estava fresco para a estação do ano que estavam, começou a ficar cada vez mais quente quando Katsuki se aproximou mais e mais, deixando o Todoroki sem saída para o ato que desejava a tanto tempo.

Aconteceu. Eles estavam se beijando. Um beijo calmo e completamente apaixonado. O sol era a única testemunha do que estava acontecendo entre os dois naquele momento.

Sorriram ao separarem seus rostos pela falta de ar.

- Ok, agora eu preciso ir. Obrigada de novo, Katsu. - Desceu da moto e correu para dentro do condomínio.

O Bakugou tinha amado o beijo e amado a forma como Shouto o apelidou. Nesse momento, estava sorrindo feito bobo e revivendo a cena do beijo milhares de vezes em sua cabeça e sentindo o gosto dos lábios em sua língua.