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LEVI- Desafio. - Disse antes dela perguntar.

CONNIE- Essa eu quero ver!

PETRA- Eu te desafio, a tirar uma peça de roupa!

GUNTHER- Que isso Petra, tá doida?

LEVI- Mas que besteira viu. - Resmungou enquanto tirava a camiseta deixando seu maravilhoso abdômen à mostra.

As meninas babaram. Arrisco dizer que até os meninos também, não sei se existe heterossexual perto desse homem.

LEVI- Tá, minha vez. - Ele girou sem muita empolgação e eu quase cuspi a bebida que estava tomando quando ouvi ele perguntar:

LEVI- Verdade, ou desafio Cayubi?

Meu cérebro ficou desconfigurado durante alguns segundos. Eu realmente era muito azarada, de todas as pessoas que estavam ali, qual era a probabilidade da garrafa apontar justo para mim? Enquanto as pessoas me encaravam esperando a minha resposta, eu tentava me decidir o que era pior, pedir verdade e ele tocar no assunto que aconteceu entre nós ou escolher desafio, e ele lançar algo absurdo. Definitivamente não tinha para onde correr, e se eu arregasse ainda tinha o maldito castigo que ele não pegaria nem um pouco leve.

MIA- No seu tempo gata. - Ironizou.

-Desafio. - Tentei parecer o mais confiante possível.

Alguns deram uma risadinha, Levi para minha surpresa continuou sério.

LEVI- Connie, você disse no início do jogo que não existe regras, não é?

Meus olhos quase saltaram para fora. Fitei desesperadamente o Connie apreensiva por sua resposta, mas o garoto apenas respondeu:

CONNIE- Sim, eu disse.

OLUO- Caralho, o Levi vai pegar pesado. - Mal conseguiu falar de tanto que dava risada.

-Fala logo! - Decidi me pronunciar pois já não estava aguentando mais a ansiedade.

Para o espanto de todos, incluindo o meu, Levi se aproximou do meu ouvido, e sussurrou bem baixinho:

LEVI- Eu te desafio a continuar de onde paramos!

Pisquei inúmeras vezes, me negando a acreditar que ele realmente tinha dito aquilo. Meu coração disparou, franzi as sobrancelhas e o olhei confusa.

LEVI- E então? Vai cumprir ou vai preferir o castigo? - Sorriu ladino.

SASHA- Que? O que ele falou?

EREN- EU não estou entendendo nada.

GUNTHER- Qual foi o desafio dela?

CONNIE- Capitão, digo, Levi. Sabe o que é, você precisa nos falar qual foi o desafio que escolheu para ela. - Coçou a própria nuca. 

MIA- Igual todos fizeram!

LEVI- Não tenho não. - Respondeu simples. Connie, você mesmo me confirmou duas vezes de que não existiam regras para o desafio. Então, foi opção minha dizer somente para ela. Agora, se ela quiser contar para vocês... - Me lançou um olhar desafiador.

O grupo me olhava curioso, ansiando para que eu revelasse o que o capitão me desafiou.

-Levi, posso falar com você em particular? - Esfreguei as têmporas.

O mais velho apenas assentiu com a cabeça e se levantou, caminhando para um local afastado das pessoas.

LEVI- Diga. - Cruzou os braços me fitando.

-Por que você falou isso? - Perguntei sem rodeios.

LEVI- Porque eu quero te beijar de novo. - Direto e reto.

-Depois das coisas que me falou? Isso é algum tipo de piada? Se for, não tem a menor graça! - Ele franziu o cenho, parecia confuso. - Minha boca estava seca, a conversa que eu mais quis enterrar e deixar apodrecer, tinha vindo à tona.

LEVI- Que tipo de coisas eu te falei? Eu falei merda? Porra, eu tinha bebido pra cacete naquela noite- Passou as mãos pelos cabelos jogando-os para trás.

Permaneci encarando o chão, não consegui responder nada.

LEVI- Sério, desconsidera tudo de ruim que eu tenha dito. Mas agora entendi a razão pela qual você andou me evitando...Só que que eu te juro Mayra, não foi por maldade, única coisa que eu me lembro é do seu beijo- Levou a mão direta até o meu queixo e ergueu minha cabeça para que eu olhasse em seus olhos. Porém eu desviei o olhar.

LEVI- Ei, olha pra mim! - Encarei seu rosto.

Naquele instante, novamente me vi hipnotizada pelos seus orbes azuis índigo, tão penetrantes e misteriosos, tão belos. Levi era lindo demais, e ficar tão próximo assim dele era sinônimo de perigo eminente. Ele deliberadamente passou a língua nos lábios, o que soou como um convite para os meus, que de uma forma quase que magnética, foi de encontro ao os dele, quebrando assim a única distância que havia entre nós. Levei minha mão a sua nuca, intensificando o beijo, enquanto sentia ele deslizar sua mão do meu rosto, até o meu pescoço, apertando levemente.

-Aqui não! - Falei entrei seus lábios. - Alguém vai ver.

LEVI- Estão todos com o cu cheio de cachaça, se brincar, nem devem ter dado conta que saímos de lá. E dessa vez eu estou sóbrio. Você está? - Se afastou um pouco me analisando.

-Sim... - Balancei a cabeça.

Um sorriso safado surgiu em seus lábios. Então ele me puxou pela mão e me levou para a parte de trás do QG. Assim que chegamos mal tive tempo de dizer alguma coisa e ele foi logo brutamente me prensando contra a parede gelada. Suas mãos firmes apertaram minha cintura, e ele juntou nossos lábios de uma maneira um tanto desesperada, sua língua começou a explorar cada canto da minha boca de um beijo lento e cheio de desejo.  

Coração Intocável - Levi AckermanOnde histórias criam vida. Descubra agora