FIM - da ida a lanchonete

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— Se eu disser que não estou te desejando intensamente estaria mentindo. – o ruivinho começou, ele tinha os olhos repletos de quintas intenções e isso era bem visto pelo Jung que estava um pouco assustado e infelizmente excitado com o jeito como aquele corpo pareceu ser bem atrativo enquanto se movia para mais perto dele. – Meu maior desejo é tirar a sua roupa, te lamber por inteiro, chupar seu pau com vontade até a minha boca se encher com sua porra quentinha, seria perfeito. Não seria hyung? – Hoseok sentiu seu membro dar uma leve fisgada. Quanto tempo não fazia que era tão desejado assim? – Me deleitar com seus gemidos é um desejo que me deixa louco agora, e depois te fazer sentir muito tesão a ponto de querer explodir e me comer aqui mesmo. Eu adoro ficar de quatro, não me importo se for fundo e com força, sem preparo ou com muita saliva escorrendo pelas minhas pernas.

— Isso é muito atrevimento rapaz, muito... – ele não queria dizer a um estranho que estava louco para experimentar desse atrevimento um pouco mais. – Eu acho que você diz isso para todo mundo, só querer transar com a pessoa e pronto... Já fica distribuindo obscenidades. – o Jeon riu sem saber ao certo como explicar que não era mais assim. Antes do seu tratamento até poderia ser, mas agora não daria aquelas palavras como dele.

— Não hyung, eu não sou assim. – ele se defendeu. – Antes de começar a aceitar que eu estava perdido. Existiam muitas coisas que eu deixava para trás por causa de sexo. – começou. – Eu perdi cinco empregos por sempre me atrasar quando estava transando incessantemente. Não conseguia me concentrar na escola e tinha notas péssimas a ponto delas me fazerem repetir duas vezes. Eu não era um bom filho, por ficar constantemente desobedecendo meus pais e saindo tarde da noite para poder transar. Não importava com quem fosse, homens ou mulheres, tudo o que eu queria era isso. Eu não tinha controle, pegava doenças por cima de doenças e me tratava de cada uma delas com o pensamento de poder continuar de novo a ser como era antes.

Hoseok prestava atenção no que o rapaz estava lhe dizendo, não era comum que uma pessoa pudesse lhe mostrar um lado negativo daquela doença. Muitos até romantizavam ela, a colocam nos meios de frases feitas e de romances cujo romantismo, naquele caso, não existe. Ninfomania é uma doença, uma parafilia, como qualquer outra. Uma pessoa acometida com ela deve se tratar, isso porque deixa de ser algo normal aquele comportamento, atrapalha a vida e impede que a saúde mental vá a diante.

— Eu não tenho AIDS, se é o que pensa, ainda bem que não peguei nada disso, mas passei dias e mais dias impossibilitado de ter o sexo que me movia, esses dias foram os piores da minha vida. – ele continuou a dizer, o ruivo mais velho sentia seu coração apertando aos poucos. – Não é brincadeira, não é bonito querer sexo como se quer água. Eu sofri, eu via que não podia continuar assim e por isso procurei ajuda. Não foi fácil, ainda mais porque era como estar diante de um tratamento de desintoxicação. E eu entendi, pela primeira vez, o que os dependentes químicos sentem quando estão longe das drogas. – aquela narrativa era dolorida para o Jeon também, mas ele precisava fazer-se entender antes de mais nada.

— E porque eu? Se diz tudo isso e defende que está mudado e que não vai mais ser como está sendo, porque logo eu? – aquilo fazia sentido e o Jeon tinha de concordar. Seu sorriso aumentou no dado momento em que ele sabia que estaria disposto a se explicar.

— Você me ofereceu uma gentileza que nenhum outro ofereceu. Ficou para me ouvir e não foi daqueles que sairia correndo feito um louco de primeira. – o ruivo suspirou. – Nem todos gostam disso, sabia? De uma pessoa que adora fazer um sexo o tempo todo. É assustador, doentio. Quando aqueles que querem uma foda fácil transam com você, o máximo que eles querem é uma a duas vezes e não dez. – ele riu sem humor. – Eu não me contentava com um numero comum, eu queria uma noite inteira, mais de quatro horas metendo ou sendo metido até não aguentar mais andar.

Quando um ruivo sai para curtir a noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora