🚫Continuação do primeiro livro, caso não tenha lido, ele se encontra na plataforma para assim ter o total entendimento e dar início ao segundo livro🚫
"Às vezes, preciso me lembrar da minha força. Preciso porque em alguns momentos ela parece despar...
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"Minha mente continua me levando de volta a você, à minha turva lembrança de você, em noites como essa; ⠀ Nos meus momentos mais baixos, nos piores dos meus dias, nas mais cinzas das minhas noites. ⠀ Porque as coisas não foram resolvidas, porque as últimas palavras não foram ditas, porque as pessoas nunca vão realmente embora: ⠀ Elas ficam em fios de cabelo no chão, em marcas deixadas na pele, em cenas nunca apagadas da memória. ⠀ E você ficou em uma borda escura do meu cérebro que desabrocha em noites vazias demais e me faz derramar sobre o chão como pingos de aço incandescente; ⠀ Eu quero reviver aqueles meses, eu quero ouvir de novo o tom da sua voz, eu quero sentir a temperatura da sua pele; ⠀ Eu quero subir no telhado e gritar até minhas cordas arrebentarem, mesmo que você esteja tão longe que nem mesmo consiga me ouvir sussurrando o seu nome apoiado na janela"
Tudo parecia estar em câmera lenta para mim, eu estava vendo tudo mas era como se nada ali era real pramim.
— Ela está voltando com os batimentos, para ambulância rápido.
Fui carregado por dois homens até o carro de volta, via todos em desespero vendo Dulce entre a vida e a morte, era estranho.
Eu vi quando aquele maldito atirou na cabeça dela e vi quando seu olhar tão desesperado me olhou pela última vez antes de fechar os olhos e não abrir mais, tudo estava sem sentido pramim. Meu coração estava doendo tanto que não sabia como fazê-lo parar naquele momento, eu queria ter tomado aquele tiro só pra não estar sentindo esse medo tão grande dentro de mim, essa dor agoniante e aguda que parecia estar me esfaqueando de dentro para fora.
Os minutos estava sendo longos até saber alguma notícia dela, me encontrava na sala de espera do hospital junto com os outros. Deram calmante para a mãe dela que agora se encontra anestesiada abraçada ao irmão mais velho.
— Christopher vem, vamos tomar uma água por favor. — Anahí segurou em minha mão. — por favor!
— Eu não quero nada Annie, eu só quero saber de alguma notícia dela. — disse apenas. — me deixe por favor!
Olhei em seus olhos e suspirei separando minhas mãos das delas. Mais tempo se passou e já estava anoitecendo dessa vez, por muita insistência a mãe dela foi para casa, deixando apenas eu e Alfonso no hospital. A última notícia que tivemos fora as 16h da tarde, ela tinha acabado de entrar na sala de cirurgia mas não disseram do que se tratava.
— Christopher Uckermann? — uma enfermeira se aproximou de nós, em um salto levantei.
— Sou eu, aconteceu alguma coisa? — perguntei preocupado enxugando as lágrimas.
