imprevistos

100 11 0
                                    

Portaria do apartamento. (14hr)

Após ser deixado sozinho pelo seu “suposto” melhor amigo, Lincoln tentou convencer a sua “suposta” filha, a sair do banheiro, no qual se trancou após o comentário sobre tirar sangue. Ao ver que o diálogo não estava funcionando, Lincoln decidiu lavar a louça enquanto pensava num plano, mas tudo terminou com ele tendo que arrombar a porta de seu banheiro, depois perseguir a criança pelo apartamento, e agora nos encontramos na seguinte situação:

– Não se preocupe madame, ligarei para seu vizinho para verificar o barulho. - Disse o recepcionista da portaria, segurando o telefone/Interfone.

O Homem desliga o aparelho, só que quando estava prestes a interfonar para o vizinho da madame que estava na ligação anterior, a porta de um dos três elevadores que ficavam no saguão da portaria se abriu, e um homem albino saiu, carregando uma criança com os pulsos e pernas amarradas por panos, e a boca coberta.

– Senhor Loud? - Questionou confuso, recebendo a atenção do homem. - Estava prestes a ligar para o senhor, mas me parece que agora sei o motivo de sua vizinha estar preocupada com o barulho. - Diz olhando para a criança.

Lincoln: Bem, tem uma boa explicação para tudo isso. - Respondeu desconfortável, sem perceber que a pequena havia conseguido se livrar de alguma forma de sua mordaça na boca.

Lila: EU NÃO QUERO TIRAR SANGUE!! - Berrou a criança antes de Lincoln perceber a falta da mordaça, e a colocou novamente no lugar.

O recepcionista só observou a criança se contorcendo, logo depois olhou para o Albino, que ria de nervosismo, constrangido pela situação, segurando firme a criança para não fugir. Inesperadamente o recepcionista apenas deu uma leve risada.

– Crianças, não é mesmo? - Disse num tom cômico de empatia. - Não se preocupe senhor, também sou pai, e sinceramente levar meus filhos para fazer exames é um desafio e tanto. - Diz interpretando errado a situação. - Irei mandar alguém trazer seu carro, pode aguardar do lado de fora Senhor. Lembre-se, senhorita Loud, seu pai só está fazendo isso pelo seu bem. - Diz apenas recebendo um sinal de negação com a cabeça da criança, que se contorcia, e uma risada bem falsa de Lincoln, que se despediu indo andando até o lado de fora.

A espera pelo veículo não foi tão longa, o manobrista parou na frente dos dois com o carro de Lincoln, um belo Audi A8 , que a pequena Lila elogiou dizendo “Legal”, porém o comentário foi abafado pelo pano em sua boca. O manobrista saiu do veículo e entregou as chaves a Lincoln, que abriu a porta do passageiro da frente, libertou a jovem de suas amarras e mordaça, e a colocou no banco.

Já livre a criança nem se deu o trabalho de fazer birra, por estar totalmente maravilhada com o interior do carro, tão maravilhada que só percebeu que seu “pai” havia fechado a sua porta quando ele já estava se sentando no banco do motorista, fechando a dele.

Lincoln: Vamos lá, colocando o cinto. - Diz se virando para pequena, puxando o cinto do lado dela, e a prendendo, logo depois fazendo o mesmo com sigo.

Lila: Seu carro é mais bonito do que o da mamãe. - Comentou olhando com os olhos brilhando para o adulto. - Mas o dela é muito maior, e geralmente tem alguém dirigindo para ela, também tem uma coisa que gira na frente dele. - Fala se lembrando do veículo.

Lincoln: Tenho quase certeza que isso é um ônibus. Têm geralmente mais pessoas dentro desse “carro”? - Pergunta sem olhar para pequena, ligando o veículo, e começando a dar partida. 

Lila: Sim, sempre tá lotado de gente, tanto que às vezes ficamos em pé dentro dele. Você também tem um ônibus? - Pergunta curiosa, começando a mexer seus pés, que não alcançam o chão do veículo.

De repente Pai.Onde histórias criam vida. Descubra agora