De repente Pai.

Papo Reto

Pensar....

Pensar era a única coisa que Lincoln podia fazer agora. Preso no trânsito por causa de um engarrafamento na pista, o Albino refletia tudo que lhe ocorreu.

Não fazia nem sequer um dia que aquela jovenzinha sentada ao seu lado havia batido em sua porta, alegando ser sua filha, na verdade fazia exatamente 6 horas e 30 minutos, e nessas poucas horas sua vida virou uma completa bagunça, e mesmo não querendo admitir, lá no fundo ele sentiu uma pequena pitada de felicidade, o dia de hoje o lembrou bastante a vida tão agitada que tinha em sua infância, lhe trazendo um bom sentimento nostálgico, que ele escondia atrás do seu estresse.

Porém, mesmo assim, a alegação da paternidade de Lila o deixava reflexivo, afinal, e se fosse verdade? 

Nunca havia cogitado ser pai algum dia, e se já, devia ter sido a tanto tempo que nem se lembrava mais. E por que Darcy não lhe contaria sobre sua gravidez? Mesmo não estando mais num relacionamento com ele, é lógico que o Albino se ofereceria para auxiliá-la, se trataria de uma filha dele, caramba.

A maior questão que se passava na mente de Lincoln no momento era se Darcy estava escondendo a verdade dele durante esses últimos anos, ou se ela estava escondendo a real identidade do pai de Lila por algum motivo, e por isso inventou essa lorota dele ser o pai.

Lincoln: De quem você está guardando segredo Darcy, de mim ou dela? - Se perguntou mentalmente, olhando para o banco do passageiro.

Lila estava sentada no banco com um rosto bastante alegre, que se contradiz com o bocejo que soltou, mostrando que o dia não estava sendo cansativo só para o Albino.

Lincoln observava o movimento do trânsito, que estava quase totalmente parado, o horário de pico de Royal Woods havia chegado, só para lhe trazer mais dor de cabeça. O Albino amaldiçoava Rusty, enquanto procurava alguma forma de sair desse engarrafamento.

Lincoln: Já são 17:01, mas que droga. - Resmungou chamando a atenção da mais nova. - Se não tivesse essa droga de engarrafamento chegaríamos lá em 19 minutos.

Lila: “Droga” é uma palavra feia. - Repreendeu.

Lincoln: Desculpe. - Diz revirando os olhos, ganhando um sorriso da mais nova, pensando que era um pedido sincero.

O mais velho tirou a cabeça para fora do carro, observando se o trânsito estava se movendo pelo menos um pouco, só que teve uma resposta bem desagradável.

Lila: Que demora, a gente não pode ir nessa outra rua? - Diz entediada com a fluidez do trânsito, e olhando pela janela a estrada vazia.

Lincoln: Não podemos, aí é só para quando tiver uma emergência. - Respondeu suspirando.

Lila: Pensei que o que você ia fazer fosse urgente. - Questionou confusa, recebendo a atenção do Loud.

O mais velho observou a pista ao lado, depois olhou para Lila e em seguida para o relógio, pensando profundamente no assunto.

Lincoln: Okay, só desta vez. - Diz ligando o pisca alerta e trocando de faixa.

Lila sorria vendo que não estariam mais presos no trânsito, e ficou observando o lado de fora da janela, vendo que seu pai agora acelerava para chegar mais cedo em seu compromisso.

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No apartamento de Lincoln, seus pais e suas irmãs estavam preparando a surpresa, haviam posto a mesa para deixar tudo pronto, trouxeram doces e salgados, e conversavam enquanto arrumavam tudo. O senhor e a senhora Loud tinham acabado de entrar pela porta, trazendo com eles algumas sacolas.