Morana
Elijah e Nik somem, voltam para seus corpos, ficamos os quatros parados olhando para onde eles estavam. - Sabia que iria convencer a eles que seu lugar é aqui! - Zeus diz confiante. Me viro para ele e encontro seu rosto. - Eu não posso voltar para o Olimpo. - Poseidon e Hades demonstram em seus olhos que não estão surpresos, Zeus por outro lado me olha como se estivesse dito uma blasfêmia. - Não pode ser sério, como ousa trocar o Olimpo para viver com... com os mundanos. - seu temperamento nunca foi dos melhores. - Irmão ela quer viver com a família. - Hades me ajuda. - Nos somos a família dela, não eles, nós que estivemos juntos com ela través dos tempos. - seu humor começa a afetar o céu, pois ele vai ficando escuro. - Isso é uma afronta, se continuar com isso vou considerar um insulto pessoal. - seus olhos começam a brilhar em branco. - Fica calmo irmão! - Poseidon pega em seu ombro. - Também não gosto nada disso mas precisamos acatar a decisão dela. - completa olhando fixo para mim. - Sem falar que Perseia quando coloca uma coisa na cabeça nada a faz mudar de ideia. - Hades por eu ter vivido bastante tempo no submundo me conhece bem. - Até acho que será melhor assim, todos sabemos que Perseia possui a antipatia de quase todas as deusas, elas a invejam, seu poder, sua beleza, Principalmente sua esposa caro irmão, Hera nutri uma discórdia pessoal com Persaia, mas como seria diferente, minha cunhada é uma manipuladora, egoísta, traiçoeira vadia dos infernos... - Hera surge um pouco antes de onde estamos. - Oi querida! - Hades desconversa quando ver a deusa. - Quando vi a mudança repentina nos céus presumi que seria por sua causa. - Hera me lança um olhar a fim de me ameaçar, mas ambas sabemos que não tenho medo dela. - Posso saber o motivo de tal alvoroço? - Nós nunca nos demos bem, não tenho a paciência nem o minino interesse de exaltar todas as sua qualidades todas as vezes que nos encontramos, meu feitil não é de bajuladora e ela fica furiosa com isso, a rainha do Olimpo precisa constantemente de suas viciantes doses de elogios para assim se sentir melhor diante de todas as indiscrições do marido, mesmo ela não acreditando Zeus e eu temos somente uma grande amizade, nunca fomos mais adiante que isso, não por opção dele é claro, mas, diante de tudo que já passamos nutrimos um pelo outro grande respeito e empatia, com isso ele não se atreve a elaborar nenhuma manobra que possa me ludibriar a fim de me possuir. - Sinto em dizer Hera mas a conversa é particular. - ela olha para o marido e não se preocupa em esconder sua fúria. - Tem segredos para sua rainha? - diz dando a volta sobre mim. - Sabe que não é minha rainha, não te devo nada e nem muito menos satisfação. - sempre gostei de tira-la do sério. - Nos deixem a sós! - Zeus ordena, Hades sorrir para mim e some, Poseidon faz um leve gesto com a cabeça em minha direção, como forma de um cumprimento e também se vai, Hera, no entanto, fica parada encarando a min e ao seu marido. - Hera! - diz em tom mais alto, ela me olha, desejando meu esquecimento eterno no vazio, obedece o marido e se vai. - Já exerce poder sobre os céus, mar e submundo, quer a terra também? sabe que minha vó não é do tipo que compartilha. - Zeus diz assim que seus esposa some. - Ambos sabemos que reclamou o poder de Gaia para si quando derrotou os titãs, assim também como os poderes de todos os titãs, os baniu e os jogou no tártaro. - seus poderes de manipulação não funcionam comigo. - Bani somente os que se aliaram a cronos. - aponta seu indicador para cima. - Eu não preciso reclamar nada para exercer poder sobre a terra, eu já o tenho, você esquece que eu recolho as almas e as levo para o submundo, minha presença é anunciada pelos latidos dos cães, controlo o fogo, a luz e a escuridão. - revira os olhos. - Não é mais você quem faz isso, são os seus seifadores. - dou um leve sorriso. - Sim, são eles, mas cada um deles trabalha sob meu comando. Zeus, não quero mais poder, só quero viver com eles porque, sabe que ao longo de minha existência sempre busquei novas experiências, mas essa em particular me agradou, eles, os Mikaelson sempre me deixaram intrigada, cada um age conforme seus próprios interesses, mas, ao julgarem ameaçados eles se unem, defendendo valores ilusórios, sim, mas ao mesmo tempo é épico, trágico, é um ciclo que se repete e por mais que eles saibam como terminará, quando caem, não se deixam desistir, eles recomeçam, fazendo tudo novamente, seja o que for, para o bem da família. Nisso tem tudo, amor, ódio, punição, redenção, empatia e julgamento. - ele me ouve e conforme falo vejo seus olhos mais redutiveis. - Sei que sempre se comoveu com uma boa historia. - me aproximo dele. - Zeus, não é nada com você, eu só quero fazer parte disso. - falo serena. - Para viver com ele? - faz pirraça, como uma criança mimada. - Nunca teve olhos para nenhum de nós, apesar me minhas investidas constantes. - coloco minha mão direita sobre seu peito. - Sempre fomos bons amigos, confidente até, me arrisco em dizer que sou a deusa mais próxima a você, porque sua esposa vamos combinar que... não é das melhores. Zeus você já teve inúmeras amantes e não é próximo de nenhuma delas, assim como eu sabe que nossa relação é bem melhor assim. - sei que ele também compartilha desse mesmo pensamento. - Se faz tanta questão, não vou me opor, mas, terá que abrir mão de suas lembranças, se voltar, será apenas como Morana. - já esperava que o fizesse, o conheço bem, ele não me permitiria lembrar de minha vida de deusa. - Mas quero a proteção, para mim e para eles. - essa proteção é que garante privacidade aos deuses, ela não permite que os deuses leiam as mentes um dos outros, impede que sejamos vigiados por outros deuses, ou que eles saibam o que sabemos. - Para eles também? - franze a testa. - Sim, não posso ficar a mercê de suas venetas, embora ainda terei meus poderes, mas, não terei minha consciência, ou experiência. - estuda a possibilidade. - Não confia em mim? - ele e seu hábito de manipulação. - Sabe que sim, mas, seu temperamento não é confiável, se assim posso dizer. - desvia os olhos de mim, como se estivesse levando em consideração cada uma de minhas palavras. - Sempre foi boa na arte da persuasão, melhor que eu até, terá a proteção, para você e para todos eles, mas, caso aconteça alguma crise iminente e eu veja que sua presença é necessária eu irei chama-la e não poderá recusar! - é um preço baixo a se pagar, sei que só o fará se realmente for preciso, pois apesar de nossa camaradagem, Zeus, nunca gostou de dividir a soberania com ninguém, nem mesmo comigo, ficando longe ele terá total autonomia sobre todas as questões. - Não poderia ser de outra forma. - dou um amplo sorriso com minha vitória. - Sabe o que precisa fazer! - se gaba erguendo uma mão para mim, então a pego. - Poderia não demostrar tanta satisfação com isso? - digo indo para seus braços. - Impossível! - nossos olhos começam a brilhar em um ton branco, selo nossos lábios com um beijo, pois assim ele arrancará de minha essência minhas lembranças, Zeus esquece que sou intocável e só me é imposto o que eu permito ser, não creio que ficar sem minhas memorias seja o melhor, então, o faço acreditar que o fez. Assim que nossos lábios se tocam sou mandada de volta, vejo Niklaus, Caroline, Elijah, Rebekah, Kol, Alec, Ruby, Davina, Freya, Keelin, Jace, Marcel, Emilly, Sebastian, Hope e até mesmo a Hayley no píer da casa do lago onde Emilly mora, está um clima pesado, de lamúria e velório, acho que por causa da morte de Morana, ou minha morte. Todos estão de costas para mim, olhando o lago logo a nossa frente, estou na forma de Morana, me aproximo e ouço choro, Ruby está em lágrimas, assim como Caroline, o som de seus prantos são altos, os demais por estarem de costas não sei se estão em lágrimas, pois estão em silêncio, me aproximo lentamente. - Eu não falei que não queria choro? - ganho a atenção de todos. - Morana? - minha mãe me olha com espanto. - Mãe? - Alec sorrir. Os outros me olham como se fosse um mero espectro. - Eu disse que não queria lamúrias - tento passar por eles para ver para onde olhavam, estreito meus olhos quando vejo uma pequena balsa com cerca de vinte centímetros amarrada no píer, mas já flutuando na água. - O que vocês... - me aproximo mais e nela vejo vários objetos que eu dei a eles. - Essa pulseira eu dei a você Ruby, essa foto que nós tiramos Alec vivia na sua carteira, mãe esse pingente eu trouxe de Amsterdã... - estreito as sobrancelhas quando vejo os objetos que eles colocaram na pequena balsa. - Filha, nós queríamos te honrar e... - minha mãe explica. - Jogando as coisas que eu dei a vocês? - digo olhando para eles, estão sorrindo com minha reação. - Tia Rebekah eu quase tive que matar um para conseguir esse diamante africano que você tanto queria. - meu tom é leve, de brincadeira. Minha mãe me abraça forte. - Nunca mais, nunca mais faça isso! - ela volta a chorar. Olho para meu pai e ele me encara de modo diferente, como se estivesse procurando sinais em mim se alguma coisa, meu palpite é sobre o que ele e Elijah descobriram recentemente sobre mim. - Podem pegar tudo de volta. - aponto para a balsa na água. Kol a tira da água e coloca próximo a mim, vejo a aliança de casamento de Elijah junto com os outros objetos dentro da pequena embarcação, Elijah percebe que a vi então a pega e coloca em seu dedo. - Não vai me abraçar pai? - pergunto a ele que me olha quase em choque desde que me viu. - Confesso que ainda estou surpreso com sua volta. - fala vindo até mim, nos abraçamos. - Que isso gente, vocês ainda estão me olhando como se eu estivesse morta. - tento descontrai-los. - Bem, a dez minutos atrás você estava morta e agora, está aqui a nossa frente! - Hayley diz abraçando a filha que está ao seu lado. - Olha quem fala! - como se ela também não estivesse voltado dos mortos também. - Mas como? como voltou? - Emilly pergunta. - Simples, ela é minha filha e não pode ser morta! - meu pai se gaba, mas acho que ele fez bem mais que isso, levando em conta que ele sabe o que aconteceu. Alec e Ruby me abraçam. - Eu tive tanto medo mãe! - minha filha choraminga. - Pensei que nunca mais ia te ver. - Alec beija minha bochecha. - Eu estava assustado em ser o único membro sensato dessa família. - Kol sorrir. - É bom te ter de volta! - Sebastian fala tímido. - ele lança um olhar para minha filha e logo disfarça, voltando a atenção a mim. - Então, o que acha de irmos para minha casa e bebermos muito bourbon para comemorar minha volta? - todos parecem gostar da ideia. Vão saindo do pier, eu vou ficando para trás assim como Emilly. - Não vai me contar o que aconteceu? - a gentil senhora me pergunta. - Eu sou parte Fênix, eu tenho a habilidade de renascer! - sorrio para ela, mas pelo seu olhar ela não se convence. - Fênix renasce das cinzas e pelo que me contaram não sobrou cinza alguma. - suspiro. - Foi somente uma das minhas vidas que morreu, não conte a ninguém, mas eu tenho muitas vidas. - pisco para ela, que parece um pouco mais tranquila. - Só não esqueça de sua velha amiga aqui! - coloca sua mão sobre a minha. - Nunca! - dou um beijo em sua testa. Todos estão nos carros esperando por mim, entro no carro com Elijah, Alec e Ruby e seguimos para nossa casa.
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Chamas do Destino - Sangue Mikaelson (Liv 02)
FanficAnos se passaram, Morana e Elijah seguem juntos, criando seus filhos, vivendo suas vidas, mas quem disse que viveram felizes para sempre? Forças sobrenaturais conspiram contra essa felicidade, gerando intriga, ciúmes e dúvidas, colocando dia após o...