Sinopse: Carla Diaz era apenas uma jovem mãe solteira que conheceu uma espécie de anjo que lhe deu a oportunidade de uma nova vida. Tudo parecia maravilhoso até que ela conheceu o homem que agora estava dominando todo o império da família da qual el...
Cheguei em casa com os pés latejando por conta dos sapatos de salto e os retirei ali mesmo na porta de entrada. Peguei ambos no chão e comecei a subir as escadas carregando a sacola com a outra mão. Larguei tudo no quarto e fui até o quartinho de Malu que estava acordada, mas bem quieta. Com cuidado a peguei no colo sussurrando palavras carinhosas e dando um beijo no alto de sua cabecinha.
Carla: Amanhã minha pequena faz seu primeiro aniversário. — sorri pensando em como o tempo passava rápido.
Parecia que havia sido ontem que tinha dado a notícia a Matheus e ele reagiu da pior maneira possível gritando impropérios e deixando claro que o melhor a se fazer era tirar a criança. Jamais havia passado pela minha cabeça sequer considerar a possibilidade e apesar da dor de ter sido decepcionada acreditando que ele era o cara certo, minha gravidez era sagrada e eu levaria adiante junto com todas as consequências. Agora Malu estava ali, cada vez mais forte e prestes a completar seu primeiro aninho.
Agachei-me sentando no tapete cor de rosa em formato de flor e deixei que minha pequena caminhasse se divertindo enquanto eu agradecia pela sorte de ter concebido esse tesouro. Estava claro que Matheus não merecia sequer chegar perto da minha filha, a qual eu estava criando sozinha e sei que com o tempo Arthur também conseguiria superar seu trauma com a esterilidade e abriria aos poucos o seu coração para conviver com Malu, como ele mesmo havia reconhecido ser necessário.
Matheus havia se tornado para mim o sinônimo de indiferença e qualquer carinho que eu senti no passado, se converteu em frieza e desprezo, ao passo que em relação a Arthur, a paixão cada vez aumentava deixando-me um pouco nervosa. E se tudo isso já fosse amor? Como ele iria reagir se eu me abrisse com ele?
Achei melhor guardar para mim, nossa relação corria da melhor maneira possível e eu não pretendia estragar fazendo nenhum tipo de pressão. Olhei para o anel em meu dedo que simbolizava nosso compromisso verdadeiro e dei um leve beijo na joia sentindo cada vez mais saudades daquele homem.
A noite foi tranquila, Arthur me ligou e não resistimos ao sexo através do telefone. Meu corpo agora descansava tranquilo e satisfeito sobre os lençóis de sua cama king size pensando em qualquer pudor que deixava de lado quando se tratava de Arthur. Peguei no sono rapidamente fantasiando que ele estava ali comigo, abraçando-me por trás enquanto eu sentia sua respiração tranquila em minha nuca.
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Acordei bastante animada com o aniversário da minha filha e os planos que tinha de passar o dia junto com minha pequena.
Tomei um banho rápido e coloquei um roupão, já que não queria correr o risco de molhar a roupa enquanto dava um banho em Malu. A peguei no colo e lhe dei um banho, coloquei um blusa branca e uma jardineira clarinha nela e um laço na cabecinha dela, calcei pequenos sapatos brancos e a levei até meu quarto, deixando-a no tapete brincando com uma bonequinha enquanto eu me arrumava.
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Coloquei uma calça jeans cintura alta e um cropped quadriculado que modelava meus seios sem parecer vulgar. Calcei um tênis branco e ajeitei meus cabelos logo após passar uma maquiagem leve, e coloquei um óculos escuros.
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Peguei Malu no colo e tomei um café da manhã reforçado enquanto lhe dava uma papinha especialmente preparada por Beth.
Charles: Srta, o carro já está à sua espera. — Charles entrou na cozinha vestido impecavelmente em seu terno preto.
Carla: Eu não me demoro, obrigada.
Daniela entrou logo em seguida usando um vestido cor de uva com um sorriso de orelha a orelha. Ela beijou cabecinha de Malu que estava sentada em sua cadeirinha de alimentação e se sentou em seu lugar de costume.
Daniela: Quais os planos para o aniversário dessa bonequinha? — ela perguntou se servindo de panquecas.
Carla: Vou dar um passeio com ela, desde que cheguei não tive a oportunidade de levá-la para dar umas voltas pela cidade.
Daniela: Fará um bem enorme à ela. O presente de Malu está no meu quarto, se eu soubesse que vocês já estavam aqui, eu teria descido com a caixa.
Carla: Não tenha pressa, não precisava se preocupar com presente, Dani.
Daniela: Claro que sim, eu já considero Malu como minha sobrinha. Além do mais, eu ainda estou chateada por não fazermos uma grande festa para comemorar.
Carla: Ah, eu expliquei. Não me sinto bem. Não conheço praticamente ninguém na cidade, como iria fazer uma festa para minha filha?
Daniela: Convidados não são o problema, Carlinha. No mundo dos negócios, basta ter uma festa na casa de um empresário e todos aparecem transformando em um grande evento, não importa se é um aniversário infantil. Eles fazem isso para continuar mantendo as suas relações em alta.
Carla: Mesmo assim, acho um pouco artificial.
Daniela: Não posso negar que é, mas é como acontece, Carlinha. — ela bebeu um gole do seu suco — De qualquer forma, se você mudar de ideia, podemos arranjar algo mesmo que a festa aconteça depois.
Carla: Vou pensar no assunto.
Por um lado eu queria dar uma grande festa para comemorar o primeiro aniversário da minha filha, mas por outro ficaria tudo muito impessoal, já que todas as pessoas que iriam àquela festa, eu nem mesmo conhecia. Deixei de lado as dúvidas por enquanto e me concentrei em limpar a boquinha da minha pequena com medo de que sujasse suas roupinhas.
