Capítulo 51

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O silêncio era o que mais estava me assombrando, pois parecia aqueles filmes de terror  do mundo humano que quanto menos você espera você vai ter o susto as vezes com uma aparição outras vezes com a trilha sonora, diga-se de passagem muitos filmes...

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O silêncio era o que mais estava me assombrando, pois parecia aqueles filmes de terror  do mundo humano que quanto menos você espera você vai ter o susto as vezes com uma aparição outras vezes com a trilha sonora, diga-se de passagem muitos filmes considerados do gênero citado não seria tão bons se não fosse a musiquinha que faz arrepiar até os órgãos mais difíceis de alcançar em seu corpo.

Eu deveria estar temendo o que vai acontecer, não pensando em filmes de terror de um mundo a qual nunca pertenci verdadeiramente, mas nada acontece, absolutamente nada acontece por umas léguas de minutos.

- Não mamãe eu não tenho medo do tédio. - Murmuro em voz alta para que, sei lá, algo aconteça.

Não sei se foi a minha cabeça que imaginou, ou se realmente aconteceu, mas os minutos entediantes se tornaram horas. O que mais me tortura não é ficar aqui em pé, esperando algo acontecer, mas sim o que está acontecendo com os outros.

Quando estou prestes a sentar no chão embaixo de mim, para que pelo menos as minhas pernas descansem antes disso um holofote, rente a uma parede vidro inicialmente, onde não dava para ver nada além dele, é aceso.

Confusa me mantenho o mais longe possível mais sem tirar os olhos um segundo sequer do único ponto iluminado do local. Poderia ser uma armadilha e eu ser atacado por trás em um momento de distração poderia, mas a maluca que se diz minha mãe é rainha toda poderosa não seria fútil a esse nível.

Alguns segundos depois, gradativamente o vidro começa a ficar transparente o qual começa a mostrar o que tem do lado do mesmo. Meus olhos se arregalam pois mesmo sem som eu sinto a agonia do Kai que se encolhe no canto da sua sala enquanto vê o pai ser morto pelo meu, a sena se repete tantas vezes que consigo decorar quantas punhaladas o homem que é  a cara do rapaz que se encontra encolhido mais ao lado toma.

Ponho minhas mãos no vidro frio e tento gritar para Kai que não é real, mesmo que com certeza já tenha sido não é mais real, mas assim como eu não esculto o seu claro choro ele não me escuta e possivelmente não me ver.

Mas um holofote é aceso e dessa vez Munir e Akemi se encontram em lados opostos da mesma sala impedidos de se ver por uma divisória fina e assim como em Kai eles tem imagens no que eu chamaria de forma mais simplificadas de hologramas.

As imagens que os irmãos veem são semelhantes, mas opostas ao mesmo tempo, ambos estão vendo um ao outro morto, o medo deles é claramente de perder o outro. Munir se encontra aos prantos olhando para o corpo pequeno da irmã que parece claramente sem vida, já Akemi parece petrificada com os olhos fixados no corpo grande e musculoso do irmão. Me sinto desolada com a sena, sem ao menos poder avisá-los que não é real.

Poucos minutos depois mais um holofote é aceso, e dessa vez Nabi está lá estática olhando assustada para si mesma sendo degolada repetidas vezes pela própria irmã, essa que ria escandalosamente mesmo não dando para escultar era assustador ver Yumi daquela forma.

Na quarta parede já que eu me encontrava em uma espécie de cubo, Hidra aparece assistindo a minha mãe sorrir docemente para ele, de começo estranho, por que esse seria o medo dele? Mas ao observar melhor, ela não era bem ela o que corpo poderia ser dela rindo como a nunca a vi fazer, mas era claramente a Banshee que estava aterrorizando o chefe dos híbridos.

Mas eu me pergunto, ele tem medo dela em si?  ou dela na forma da minha mãe? Ou sei lá, das duas? Poderia ser também que ele tenha medo de ser enganado novamente? Não sei.

Enquanto me questiono tudo volta a ficar escuro, mas não demora muito para que a parede onde Kai estava Atena apareça, chorando como nunca pensei que ela faria a mesma observava a sena de duas crianças sendo mantidas ajoelhados enquanto pareciam ser punidas por seus pais,  percebo ser ela e Arturo, mas diferente das senas dos outros a dela muda dessa vez as duas crianças estão maiores e observam outra menor aos que parece beirar os 5 anos de idades ser arrasta aos berros para uma carruagem negra.

Ponho as mãos em meu lábios após soltar um arfar de surpresa e compressão, a rainha ruiva estava vendo Gabo ser levado pelo reino do meu pai, com destino que sei muito bem qual foi.

Antes que me recupere a parede onde Munir e Akemi estavam se acende com Apolo nela o garoto anda de um lado para o outro pondo as mãos em seu cabelos, ele parece apreensivo, não compreendo ele não tem nenhuma sena para ser vista, mas é quando finalizo esse pensamento que eu apareço para ele, não eu, eu, mas o meu eu criado para a minha mãe os dois parecem conversar então se abraçam me deixando surpresa e confusa.

Meus olhos dobram de tamanho quando vejo ela levantar uma adaga nas costas do jovem híbrido, sua mão trêmula denúncia que está sendo forçada.

- Você não faria isso? - Berro enquanto não consigo tirar os olhos dos dois a minha frente ele sem perceber e ela se forçando a não fazer o que claramente foi instruída. - Por quê? Era para ser os nossos medos não nos matar. - Bato forte contra vidro o que que adianta de nada.

Só quando vejo o meu eu criado pela louca cravar a punhal no garoto híbrido que percebo que era uma punição pela a mesma ter me contado tudo que estava nos esperando. Apolo cai no chão sendo aparando pela garota sem olhos que parecia estar  desesperada, ela possui sentimentos, ela não é só fruto da criação maluca de uma pessoa desequilibrada, ela gostava dele.

Lágrimas molham o meu rosto enquanto vejo os dois, ela com seu cabelo longo preto segurando ele morto em seus braços.

A terceira parede é acesa, dessa vez Gabo está lá olhando para uma eu morta, ele parece desolado, lágrimas molham o rosto dele que está vermelho de tanto chorar eu so queria abraçá-lo e dizer que está tudo bem, mas poucos segundo depois assim como o da sua irmã a sena também muda e eu estou em pé a sua frente meus cabelos estão longos assim como nos conhecemos, me encontro vestida em vestido preto longo claramente para algo especial me viro de costas pra ele me ajoelhando enquanto sou coroada por alguém,  então volto a ficar de pé sorrido em direção a ele só que não era para o mesmo, mas para talvez os súditos.

O meu solmate tem medo de perder para morte tanto quanto tem medo de me perder para a coroa que me espera e isso me assusta por não ter deixado claro que em hipóteses alguma eu o deixaria.

A quarta a parede é acesa e nela os meus medos sãos expostos freneticamente, desde das senas recém vistas por mim mostrando que o meu medo está na preocupação que tenho por cada um deles, mais o medo que tenho da minha mãe, o medo que senti quando Uriah estava vivo, até o medo de perder aqueles que eu amo com última sena sendo do Gabo morto e por fim o medo que tenho de ficar sozinha pois é o meu reflexo que vejo.

A quarta a parede é acesa e nela os meus medos sãos expostos freneticamente, desde das senas recém vistas por mim mostrando que o meu medo está na preocupação que tenho por cada um deles, mais o medo que tenho da minha mãe, o medo que senti quando...

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Pássaros negros - O Primeiro Reino vol.2 🌟Onde histórias criam vida. Descubra agora