ei boy, sem condições!

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tava com essa one aqui guardadinha faz uns tempinho, já que tenho pouco público quando se trata de fic autoral, mas chegou a hora de deixar ela bater as asinhas HEUHEUE 🤪

caso alguém leia, dê muito carinho pra ela. é a minha queridinha ‹𝟹

myoui mina

O verão latino era quente feito o inferno, talvez até mais.

Assim que puseram os pés em solo brasileiro, pensou que não havia como ficar pior. Idiotice, disse a si mesma. Todos sabiam que sim, haviam milhares de formas das coisas ficaram muito, muito piores.

O calor infernal a deixava com os nervos à flor da pele, e quem dera que fosse apenas ela. Ao seu lado, sua mãe bufava impaciente, aguardando ansiosa a chegada do uber que solicitara há pelo menos trinta minutos.

Seu pai não estava tão diferente, andava de um lado para o outro, atônito, verificando seu relógio de pulso à cada cinco segundos. A única pessoa que parecia minimamente tranquila era sua irmã caçula, Hyeju Myoui. A adolescente estava alheia ao caos à sua volta, repousando o cabeça sobre o assento do aeroporto e o fone de ouvido no máximo.

O calor ou a correia do aeroporto sequer pareciam incomoda-lá. Para Mina, não fazia sentido, era impossível alguém se manter tão relaxado naquelas circunstâncias!

Quer dizer, não era a primeira vez que visitavam o Brasil, ou melhor, Pernambuco. Costumavam vir anualmente para visitar a família de sua mãe, mas ainda assim, era sempre uma tortura ter que sair do conforto de sua casa, para o calor nordestino.

Suas reclamações mentais foram interrompidas por um resmungo baixo, seguido de um xingamento em japonês por parte de sua mãe. Queria repreende-lá, mas como poderia tirar sua razão daquela senhora, se até mesmo ela estava beirando a insanidade?!

Inicialmente, foi combinado que Sana, sua prima brasileira, viria buscá-la no aeroporto de Recife, no entanto, após uma hora de espera, perderam as esperanças.

Não era de todo uma surpresa para si. Afinal, Sana costumava ser muito desatenta e pra lá de desastrada, ou como ela mesma costumava dizer; era uma abestalhada mesmo.

Mina sentiu um fervor sobre sua pele pálida, e por incrível que pareça, não era por conta calor, e sim por quatro pares de olhos, que de longe a fuzilavam. Eram duas mulheres, duas idosas bem dizer, elas a encaravam um tanto "curiosas". As senhoras eram só cochichos, talvez achando ela e sua família as coisas mais exóticas do mundo, ou fazendo fofocas maldosas sobre eles. E a segunda opção parecia mais plausível.

Rezou para que essa tortura chegasse ao fim, e no momento seguinte, suas preces pareciam ter sido ouvidas, já que ao longe, pôde identificar uma figura atrapalhada, quase tropeçando em seus próprios pés vindo na direção deles.

Era Sana. Sua amada prima Minatozaki Sana! Oh céus, nunca estava tão feliz em vê-la quanto naquele momento!

Ela, após vagar seu olhar pelo aeroporto, à procura dos japoneses, acenou freneticamente quando pousou seu olhar sobre eles. Bem, não era realmente difícil encontrá-los, já que os pais de Mina, como sempre, decidiram optar por um look um tanto... extravagante (para não dizer coisa pior).

Seus pais mais pareciam o famoso Carnaval em pessoa. Eram um festival de cores, tecidos e miçangas ciganas. ㅡ Durante a espera do uber ou de Sana, seus pais rendiam-se aos vendedores ambulantes, após muita insistência e marketing por parte dos mesmos.

Sem contar o conjunto cheio de contraste de seu pai, alternando-se entre a camiseta do time palmeiras, aquela bermudinha rosa com estampa de flores verdes e alguns colares de concha em volta do seu pescoço.

Ei boy, sem condições | michaeng Onde histórias criam vida. Descubra agora