Capítulo 1

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Quem olha para mim pensa, bonita, aluna de mérito com a família perfeita BLA BLA BLA , pois bem é melhor não olharem por trás da cortina pois vão ficar chocados. 

O meu nome é Anastasia, os meus pais são muito originais, mas todos me chamam Ana, Anastasia é tão formal, por isso é que os meus amados pais me chamam assim, odeio. 

Vou falar  um pouco sobre os meus país, a minha mãe Hazel e o meu pai Joshep, donos da maior empresa de advocacia dos EUA, ou seja são aquele tipo de advogados que aparecem nas revistas cor-de-rosa e cujo os seus filhos passam de ser meros mortais a celebridades e exemplos para as criancinhas. 

Eu como uma dessas filhas fazia o meu papel, tirava fotos em tapetes vermelhos, acompanhava os meus pais a entrega de prémios ridículos e "chorava de emoção", ao que no dia seguinte as revistas escreviam "filha, maravilhosa no seu vestido vermelho, chora de orgulho", mal imaginavam que estava a chorar por conta dos sapatos e que a ultima vez que tinha visto os meus pais tinha sido a dois meses atrás e de vês em quando mandava-lhes uma mensagem como "ei é a vossa filha, só para avisar que continuo viva, beijinhos". Bem toda gente da escola se queixa dos pais não os deixarem em paz, eu não tinha de reclamar disso. 

Tenho boas notas, quero vir um dia a tornar-me médica, os meus país ainda não sabem disso, juram a pés juntos que eu vou ser advogada, pois não vai acontecer. Sou um pouco tímida gosto de estar no meu canto, não me parecem características de advogada, se morro de medo de uma abelha imaginem de um juiz. 

Moro em Nova York na mansão dos meus país,, uma mansão toda em tons de branco e quando toda é mesmo toda, desde moveis, paredes, piso, os meus país e todos que frequentam a mansão acham lindo, já eu sempre que entro não sei se estou em casa ou num manicómio, a parte mais obscura da casa é sem duvida o meu quarto, paredes pretas, moveis escuros e um monte de livros. Felizmente ninguém se queixa de ele ser assim, deve ser para compensar o facto de ter de usar a mascara de menina perfeita ou simplesmente não querem saber. 

A minha escola é uma boa experiencia, de tortura. Como o típico colégio privado toda gente só tem uma preocupação, ostentar o seu dinheiro e falar sobre eles próprios, como estou mais focada no meu futuro e não no dinheiro dos meus país, fui posta de lado, mas sempre olhada com inveja pois sou considerada parte da elite da escola, ou seja quem tem os papas mais famosos. 

Os meus únicos amigos são a Scarlet e o Noah. Scarlet é a rapariga com cabelos azuis metálicos e que todos olham com desdém e Noah é o rapaz alto e forte, gay e que todos invejam, tal como eu são excluídos. Essa era a única parte boa da escola. 

Eram duas da tarde quando voltei a casa e me deparo com um monte de malas a entrada que só podia significar uma coisa, os papas voltaram e devem me ter ouvido chegar porque logo a minha mãe aparece com o seu impecável fato preto, com o cabelo loiro amarrado num coque e a maquilhagem feita para realçar os seus olhos azuis, que é a única coisa que herdei dela, de resto somos totalmente diferentes, sou mais parecida com o meu pai com os meus cabelos pretos e rebeldes, pálida e ter metro e meio de altura. 

-Anastasia acorda estou a falar contigo-resmunga ela.

-Desculpa o que?-pergunto deixando os meus pensamentos de lado.

-Perguntei se estava tudo bem?

-Sim claro (como se te interessa-se ) e contigo? Como foi a viagem?

-Foi muito cansativa, defender celebridades é horrível!  

-Celebridades? Tipo quem?

-Anastasia sabes perfeitamente que não podemos falar sobre isso- diz o meu pai, vindo sabe se la donde, completamente horrorizado com a minha pergunta.

-Ok desculpa não pensei que estava a cometer um pecado- disse em tom de piada, spoiler eles não acharam graça. 

-Vamos almoçar vens?- pergunta a mãe já distraída com o telemóvel 

-Não, já comi na escola.

-A sim como quiseres.

E foi isto senhores e senhoras a conversa de milhões, fui para o meu quarto, decidindo ler um bocado, o livro do momento? Orgulho e Preconceito, que todos os problemas do mundo fossem iguais aos de Elizabeth Bennet. Estudei um pouco de física só porque sim, Scarlet diz que sou beta, mas ei não vou ser médica se passar o dia a procrastinar. E por falar em Scarlet ela e o Noah vem cá hoje, quartas juntamo-nos para falar de fofocas basicamente. Os meus país vão sair então vamos estar a vontade. Foi tomar banho e quando me olhei no espelho vi as marcas já a cicatrizar no meu braço, em momentos de solidão e tristeza as pessoas fazem loucuras para tentarem diminuir a dor psicológica que estão a sentir, segui em frente e não penso muito nisso. 

Estava a arrumar a mochila quando ouço um Porsche a toda a velocidade estacionar em frente a porta, eles chegaram vamos lá começar a festa.  

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