CAPÍTULO 40

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Lira Cooper

- Você tem certeza? - Jey me pergunta e olho para a porta a minha frente

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- Você tem certeza? - Jey me pergunta e olho para a porta a minha frente.

- Eu preciso vê-la - suspiro olhando em volta, o corredor largo e cheios de portas tem cheiro de remédios - Pela última vez.

- Eu vou estar aqui - sorrio e dou um beijo nele.

- Sei que vai - voltar a mão na maçaneta e fecho meus olhos me preparando.

Assim que abro a porta a primeira coisa que vejo é uma cama de solteiro, estantes com livros e um pequeno guarda-roupa, uma janela com cadeira de balanço e então a mulher de cabelos escuros e olhos perdidos segurando uma boneca, as paredes brancas e azuis tornam tudo apagado e triste.

- Oi Amanda - falo me aproximando e me sentando na ponta da cama - Como você está?

- Esperando - sussurra e franzo minhas sobrancelhas.

A mulher a minha frente não tem nada de elegante, não tem joias ou roupas chiques. Ela não tem um perfume importado e nem aquele olhar de soberba.

- Esperando oque? - ela não me responde, se balançando e olhando pela janela a mulher que um dia eu amei incondicionalmente balança a boneca nos braços e parece alheia a tudo a sua volta - Eu trouxe chocolates para você - tiro a caixa da minha bolsa e coloco em seu colo.

Ela continua se balançando, não sei o que ei sinto por vê-la assim. Ela foi minha mãe e em algum momento foi boa para mim mas agora é só a casca de uma mulher perdida.

- Ela amava a garota - ela fala mas não para mim - Eu tinha medo de não ser amada e perder todos e a garota era perfeita - ela pisca e olha para mim e o que vejo em seus olhos me faz sentir mal.

Dor. Solidão. Medo. Perda.

- Eu queria amar a garota - seus olhos se enchem de lágrimas - Mas eu não conseguia - meu peito se aperta pois sei que ela fala de mim - Eu amava Ayla - ela sorri e se inclina para frente colocando a mão na boca como se fosse um segredo - Minha bebê - ela se balança na cadeira e olha para a boneca - Shh tudo bem bebê - ela sussurra para a boneca.

- Mãe - chamo e por um segundo eu deixo a esperança de olhar para mim e me reconhecer como filha dela - Eu amava você - as lágrimas caem e eu pego em sua mão - O pior é que eu ainda amo.

Ela ainda é a minha mãe.

- Quando ela vem? - ela se agitar e solta minha mão - Quando ela vem? Minha Ayla - ela se levanta e anda de um lado para o outro - Quando ela vem? Eu sinto falta... Eu sinto - ela balança a cabeça e levo um susto quando começa a gritar - Eu quero, quero ela - ela vem em minha direção e crava suas unhas em meus braços - Me traga ela aqui... Eu quero ela... Eu quero.

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