Chances

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Onde você passou seu inverno?

No jardim, sentado em um bordo

Você fiou uma camisa

Lá na borda de uma floresta

Uma coruja está soprando na água

Vou cantar uma música

Deixe ela ouvir

Estou cantando a música de primavera para você

Shum – Go_A


Depois de um dia e meio de estratégias, reuniões, tentar traduzir as anotações da Lilith para todos e planejamento estou acabado, acho que dormiria se caísse em uma cama agora. Abraço um dos braços do Toby enquanto ele ainda tenta desenhar os mapas segundo as descrições da Lilith, o que é praticamente impossível com a tinta desaparecendo, mas por sorte eles tinham um mapa e Toby boa memória, e com certeza um pouco de magia.

— Quero ir para casa... — Sussurro, Toby para e se encosta no sofá.

— Também queria, mas essa é nossa casa agora, Wonderland...

— Eu sei... — Ele se solta e passa o braço pelos meus ombros, abraço meus joelhos. — Só estou com saudades.

— Você já passou por coisas piores do que saudades... — Ele brinca com meus cabelos. — Logo vamos estar em casa.

Suspiro e o abraço, a porta da sala é aberta e Taylor entra conversando com Caleb, os dois incrivelmente viraram bons amigos.

— Por que estão com essa cara? — Ela pergunta colocando canecas na nossa frente. — Trouxe chocolate quente.

— Só estamos cansados... — Toby se inclina para pegar as canecas. — Vocês não têm chá por aqui?

— Chá é só água quente com cheiro. — Taylor bufa.

— Nisso eu concordo. — Caleb se senta do outro lado da mesa. — Não entendo os ingleses.

— O Lado de Lá deve ser incrível, de uma maneira estranha. — Taylor suspira. — Mas aposto que Wonderland pode ser incrível também, pode ser maravilhosa de novo.

Bebo um gole de chocolate quente e não reclamo por não ser chá, como Toby disse, essa é nossa casa agora, não somos mais ingleses. Taylor escuta Caleb falar da fumaça e das fábricas enquanto eu pego um pedaço de papel que está embaixo dos mapas do Toby, ele me ajudou com o desenho, pigarreio e espero os dois olharem pra mim.

— Taylor, se não for pedir demais... — Ela franze as sobrancelhas. — Eu queria saber se você me podia fazer duas armas.

— Você já tem dois chicotes, pra que mais? — Ela brinca.

— Não é pra ele. — Toby diz, voltando para seu mapa e suas rotas.

— São para meus irmãos. — Coloco o papel na frente deles.

Taylor e Caleb se inclinam e encaram o desenho, mesmo com Toby desenhando ainda me sinto apreensivo com eles julgando as armas que eu criei, talvez eu não entenda de armas afinal e eles apenas riam.

— Lilith adoraria um rifle. — Caleb diz se afastando. — Ela poderia atirar com mais precisão.

— E ela já é assustadora atirando sem toda essa precisão. — Toby comenta.

The Heartsplains - Saga Maurêveilles - Livro trêsOnde histórias criam vida. Descubra agora