Único

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Donghyuck olhava assustado aquele enorme buquê de rosas na mão de Jeno, tinham muitas, olhou à sua volta para ter certeza que nenhum vizinho estava olhando e puxou o garoto rapidamente para dentro de casa – já que os pais tinham saído àquela tarde.

— Que isso, Lee Jeno?! — questionou a maluquice do outro de ter ido a sua casa, mesmo depois de seu pai deixar bem claro que não o queria ver com o outro — Ficou maluco de vez aparecendo assim, quer que meu pai te mate?

— Ah, Donghyuck… — resmungou o Lee mais velho, ainda com os olhos brilhantes e o sorriso enorme, de quem sabia estar aprontando. — Que se foda todo mundo, eu só quero te amar, porra!

O tom de voz do mesmo aumentou gradativamente, tentando demonstrar o real sentimento pelo Lee mais novo. Um verdadeiro exagerado. Mas quem disse que ele ligava para isso? Estava louco para fazer a maior loucura de toda sua vida, e arrastaria seu amor consigo.

— Shiu… — aproximou a mão rapidamente da boca do outro, temendo que algum vizinho fofoqueiro escutasse. Lee Jeno enlouqueceu, era isso. Em sua distração de segundos, pode sentir a língua do outro lamber seus dedos. — Aish, Nono.

— Trouxe essas belíssimas rosas para o meu amor — o moreno esticou os braços com as rosas nas mãos, abrindo aquele sorriso encantador que só ele tinha, na opinião de Donghyuck.

— E de onde você tirou todas essas rosas, hein? — perguntou o loirinho colocando as mãos na cintura — Sei que ainda não recebeu do senhor Jung.

— Bom… — coçou a nuca um pouco constrangido.

— Lee Jeno — fez cara feia para o outro.

— Ah, coração… Isso realmente importa agora?

— Vamos lá, Nono — fez um coraçãozinho com a mão, apelando para o lado fofo

— Tá tá tá, eu peguei no roseiral da dona Irene — resmungou dando de ombros, pouco se importando com aquilo

Donghyuck revirou os olhos e sorriu fofo para o outro, se aproximou e deixou um beijinho em seus lábios vermelhinhos. Se afastou um pouquinho e meteu um tapa em sua nuca, juntou as rosas e o ouviu reclamar indignado.

— Cariño?!

— Que? — perguntou se fazendo de bobo — Você mereceu mané, tá maluco de ficar roubando as rosas da tia Irene? Mesmo que eu tenha amado, aliás, obrigada Bae.

— Garoto?!

— Blá blá blá, Jeno. — rumou em direção a cozinha da casa em busca de um recipiente para guardar as lindas rosas, lembrando rapidamente de deixá-las em seu quarto, para que seus pais não vejam. Eles não eram muito fáceis de lidar. — Quer aproveitar enquanto eles estão fora?

Falou se referindo aos pais que saíram cedinho naquela manhã, deixando assim o Lee mais novo sozinho naquela casa, à mercê de um Jeno maluco.

— Você sabe que eu quero, Cariño — o acompanhou de perto — E onde os velhos foram?

O loirinho lhe olhou com uma cara entediante e levantou umas das mãos – como se fosse o dar outro tapa –, e Jeno como um bom esperto que era se afastou rapidamente. Aquele loiro azedo tinha uns tapas doídos, na opinião do Lee mais velho, e ele que não seria louco de receber outro, o de hoje tava pago em sua opinião.

— Gatinho, tenha mais respeito.

— Gitinhi, tinhi mis rispiito — repetiu com certa implicância, uma vez que os mais velhos o detestavam.

— Criança!

— Ah, Donghyuck! Me mama aqui então, corno.

A face do menor se transformou em uma careta descontente, mirando ao seu redor ele pegou uma vasilha de plástico e tacou no moreno – rezando para que não quebrasse, estaria ferrado caso acontecesse –, Jeno assustado só teve tempo de se abaixar apressado.

— Claro, Jeno. Claro — sorriu de lado.

— Eu te amo muito — falou carinhosamente do nada, em uma tentativa de apaziguar as coisas, se aproximou agora sem medo e o abraçou apertado. Amava o cheirinho do loiro, amava o abraço quentinho, amava seu sorriso brilhante e de como tudo nele era especial. Não se importava muito de parecer um exagerado, desde que seja somente o exagerado de Lee Donghyuck.

O olhar do menor brilhava em um jovial amor, e o sorriso aparecia como uma prova de que havia amado ouvir aquilo. Deixando um beijinho no rosto de Jeno, Donghyuck pode vê-lo ficar avermelhado em uma clara timidez, agarrou a mão do moreno e o puxou em direção ao próprio quarto – enquanto em sua outra mão carregava um “vaso”, com as belíssimas rosas. Pensou na dualidade do mais velho e riu baixinho.

— Eu também amo você, Cariño.

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⏰ Última atualização: May 06, 2022 ⏰

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