Capitulo 1- O inicio de tudo.

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Argh...Meu coração parecia que ia sair pela boca, minhas bochechas estavam afogueadas de tanto calor, a hadrenalina estava me sufocando, de tanto correr estava quase sem respiração, dentro daquela despensa, estava muito apertado, ainda que bem que a luz estava acesa, e eu me mantinha assim quietinha e espremida no cantinho daquele cômodo apertado.
Ahh... Ouço um barulho, estão abrindo a porta.
- Aff... Me acharam.
Quando de repente, penso que havia sido descoberta, ouço passos silenciosos, e o clicar da lâmpada, sendo Desligada, agora sim lascou de vez, não consigo me controlar, os pacotes de alimentos, empuleirados nas prateleiras, pareciam montros gigantes, vindos da terra do nunca para me pegar, o medo me sufocava, como mãos fortes apertando a minha garganta, ai logo agora, começo a chorar, meus ouvidos surdos pelo medo, não ouviam nada, comecei a chorar...
Quando braços me agarraram, comecei a gritar.
- Socorro, é o meu fim, socorrooooo.
E ao invés dos braços me largarem, eles se apertavam cada vez mais, ai meu Deus é o fim, juro que nunca mais brinco de pique esconde e nem assisto filmes de terror, e eu disparei a gritar até minha voz não aguentar mais.
Quando eu escutei.
- psiuuu... Silêncio garota, vão nos achar, com você gritando assim.
- Ahhh, como vc entra assim no meu esconderijo, e ainda apaga a luz.
-Ouh, desculpe, não vi seu nome escrito na porta.
Era um garoto, e que garoto metido, eu não conseguia me acalmar, também depois de um susto desses.
- Seu... Seu insolente, me solte agora!
E ele com voz de quem era o dono do mundo falava com toda a calma possível.
- Só se você calar essa boca, já falei, assim vão nos descobrir.
Ahh mais era mesmo muito metido.
-Eu não calo não, aliás to nem aí para esse joguinho idiota de criança, já sou uma pré- adolescente, quase uma mulher, que nos achem, nem ligo!
- Ah, mais eu ligo e se você não calar a boca agora eu vou calar ela para você!
- Ah vai ? E como você vai fazer isso posso saber?
E ele me puxou para mais perto, e me agarrou mais forte, e eu me apavorei ainda mais, e eu me debatia contra ele, e ele chegou bem pertinho do meu rosto, soltou um dos braços que me seguravam firme, e segurou a minha cabeça de forma suave, e foi chegando e chegando mais perto, eu congelei, quando ele encostou os lábios nos meus, e me beijou, tudo embaçou, minhas pernas amoleceram, e meus braços, caíram em seus ombros, sua boca tinha gosto de algo doce, acho que morango ou chocolate não sei, ele soltou o outro braço e segurou as minhas costas, eu estava sonhando só podia, e ele passou a mão em meus cabelos, quando de repente, um barulho, abriram a porta, fomos descobertos...e a luz acendeu, ficamos paralizados.
- Ahahaha... Achei vocês!
E de um pulo o garoto saiu correndo, com certeza para bater o nosso nome no ponto de inicio da brincadeira. Foi quando me dei conta de quem é que estava lá comigo, quem era este garoto? Nunca tinha visto olhos tão lindos, era um azul escuro, da cor do oceano, e tinha os cabelos pretos, e a pele branquinha, que mais parecia uma lua perdida na escuridão da noite, quase me perdi, olhando para ele, eu tinha que parar de ler escondido os livros de romance da minha mãe, foi quando reparei o quanto seu nariz era empinado, que me lembrei da situação em que estávamos, dei um pulo para trás, será que Lucas viu o beijo? Eu enchi os meus pulmões para gritar novamente, quando ele tapou a minha boca, e sussurrou em meu ouvido.
- Você beija tão bem, quanto grita, linda garota, espero que nos encontremos mais vezes!
E saiu correndo porta afora, fiquei parada, nem sei por quanto tempo naquela mesma posição, tudo girava ao meu redor, e me sentei, para me acalmar, e recuperar as forças das minhas pernas, quando eu me recuperasse iria até lá fora, encontraria aquele lindo, digo aquele garoto metido, e diria poucas e boas para ele aprender, como é que se tratava uma pré- adolescente no auge de seus quase doze anos, mais também como eu fui cair nessa de brincar de pique esconde, mocinhas não brincam dessas brincadeirinhas infantis...Ai á estas alturas Lucas já devia ter contado para todo mundo, ai que vergonha...que que eu vou fazer...
Depois de algum tempo, me recuperando do susto, me levantei, e sai porta afora, a festa já estava praticamente vazia.
- Graças a Deus!
Comecei a procurar em todos os lugares, com o cuidado para não encontrar Lucas, e nada do garoto, encontrei foi a minha mãe sentada num sofá, rindo de alguma coisa rodeada de mulheres, me sentei perto dela, mais continuei de olhos atentos. Minha mãe me avistou.
- Ou , olá minha pequena, você sumiu, perdeu o parabéns minha querida.
- Mamãe já te falei para não falar assim comigo, poxa, já sou bem grandinha.
E pensei, e como sou, já até dei o meu 1 beijo, ai aii, ai meu Deus, cadê aquele garoto?
- esta procurando por alguém minha pequena, ehh...digo minha mocinha?
- Não mamãe não é nada!
- Então de despeça dos seus amigos, e de Lucas que já estamos indo embora.
- Ta ok.
Me levantei e sai para fora de casa, agora to ferrada mesmo, Lucas vai me zoar até o fim do mundo, eu estava desesperada... A casa de Lucas era enorme, toda enfeitada com quadros de flores, e o jardim era lindo cheio de arvores enormes, uma grama verdinha, se espalhava por todo o local, e rosas vermelhas e amarelas que rodeavam, toda a casa, e as bolas que enfeitavam o jardim, já estavam todas despencando, quando avistei Lucas, junto com as outras crianças, embaixo de uma grande macieira, corri até lá, falei com todos, e me despedi deles.
- Tchau gente, tchau Lucas sua festa estava ótima, parabéns!
Lucas até que era um garoto legal, até agora não havia falado nada, contando que todos os garotos eram nojentos, e viviam correndo de um lado para o outro.
- Obrigado Bella.
Agradeceu o Lucas, já correndo com uma bola no pé... Esses garotos...
Saí andando de cabeça baixa, confusa com tudo aquilo, quando ouço uma voz me gritando, era minha melhor amiga, Marie:
- Espere, Bella vou te acompanhar.
E saímos de braços dados, pelo jardim afora. Resolvi perguntar a Marie, se ela sabia quem era o tal garoto, já que ela era irmã de Lucas, e deveria conhecer todos os convidados da festa, fiquei com as bochechas vermelhas só de pensar...quando ia abrir a boca... Marie já se adiantou.:
-Anda logo desembucha aí Bel, o que que é?
Mais como ela descobria tudo de mim assim? Que coisa. Como eu iria perguntar sem que ela descobrisse tudo?
- Sabe o que é... É que ...
- Ai ai... Fala logo poxa!
Marie sempre ia direto ao ponto por isso gostava tanto daquela ruivinha.
- Não é nada de serio não, só curiosidade mesmo, queria te perguntar sobre um garoto...
Seu rosto logo se iluminou com um sorriso gigantesco.
- hahahaha... Bella ta namorandoo...
- Ai para, não é nada disso, é só curiosidade mesmo.
E meu coração parecia bater na garganta, Marie estava toda curiosa
-vamos lá como é o nome dele?
- Aí é que é a parte mais difícil, eu não sei.
- Ué, como vou saber quem é?
E quando a sua imagem me passou pela cabeça, logo meus joelhos amoleceram feito gelatina...
- ele tem lindos olhos azuis, cabelos pretos e pele branquinha.
- Atah, sou adivinha agora né, igual que no meio de tanta gente eu vou saber quem é esse garoto, por esses detalhes!
- Ah vamos lá por favor! Ele tinha um nariz empinado, e era mais alto que a maioria dos garotos que estava aqui hoje, e metido muito metido!
- Ah já sei, já sei quem é, ele é um primo nosso.
Um ta ficando cada vez pior...
- Mais eu nunca tinha visto ele antes.
- É porque ele não é daqui ele é de Nova York.
Começou a melhorar, talvez eu nunca mais visse ele..e poderia esquecer isso de vez!
- E qual é o nome dele, ele ainda esta aqui?
- Nossa como você está interessada eim, aí tem coisa, mais fique sabendo eu vou descobrir...ah e o nome dele é Nicholas , Nicholas Parker, e ele já deve ter ido, os pais dele, digo meus tios, vieram visitar os meus avós, e o trouxeram até a festa do Lucas um pouco, mais já foram.
Ahh... Eu deveria parar de me enganar, como eu ia esquecer aquilo?
-Amm ... Tá bom, estou indo Marie, mamãe já esta a minha espera.
- Uhum sei... Depois quero saber direitinho esta história em...
Meu Deus ela era muito curiosa, mais que coisa, e essas minhas bochechas que nunca paravam de avermelhar.
- já falei não foi nada! Até mais amiga, beijo!
E saí portão afora, minha mãe já me esperava no carro, entrei e fomos embora. Fui pensando no garoto, que havia me roubado o meu primeiro beijo, que garoto atrevido, mais acho que no fundo eu gostei e muito, será que eu conseguiria me esquecer logo disso?
Nicholas Parker...o nome dele, talvez eu nunca mais o visse, até que tirando toda a metidez, ele bem que parecia os príncipes das histórias da minha mãe... acho que não enganei a Marie, com essa História, e nem mim mesma, e depois deste dia, meus sonhos eram povoados por um belo e metido garoto, que eu nem mesmo conhecia direito, e acho que não conseguiria esquecer nem tão cedo.!

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