Capítulo vinte e quatro

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Minho:

6 meses depois:

Estava terminando de encaixotar algumas coisas que restavam, meus pais me ajudavam levando as caixas para o carro enquanto Clara trazia os objetos que ainda faltavam.

—Não precisa ficar triste, eu sei que você me ama muito e não quer ficar longe de mim –digo, para provocar a garota

—Quem disse que eu tô triste? Você que chorou ontem porque não queria me deixar –ela cruza os braços

A encaro revirando os olhos e ela ri

—Não é como se você fosse se mudar pro outro lado do mundo– ela se senta na beirada da cama— Mas até que vai fazer falta você e seus gatos na minha casa quase todos os dias, quem vai lavar minha louça agora?

—Não vai demorar pra você ir morar comigo –eu pisco para ela

—Espera eu chegar na metade da faculdade pelo menos, ainda estou no final do primeiro ano –ela sorri e se levanta me dando um selinho —Acho que é só, já encaixotou as coisas dos gatos? –pergunta com as mãos na cintura

—Já sim, tem uma caixa pra cada um –aponto para a pilha de caixas que estavam no quarto —Eu nem sabia que tinha tanta coisa!

Nesse momento minha mãe entra no quarto para pegar mais caixas

—Meu filho, esse apartamento tem três cômodos, como você tem tanta coisa?! –minha mãe questiona incrédula, me fazendo soltar uma gargalhada

—Eu vou ajudar vocês, senhora Lee. Acho que agora finalmente foi tudo encaixotado –Clara desce para ajudar meus pais e eu faço o mesmo

Na realidade eu estava esperando uma caixa especial e torcia para que Clara não visse antes de mim.

O dia se passou, já eram quase cinco da tarde quando terminamos de levar tudo para minha casa nova, o lugar era bem maior que meu antigo apartamento e mais próximo da empresa que eu trabalho. Clara amou o lugar, e meus gatos se adaptaram bem rápido.
Voltamos para o prédio, para pegar a última caixa e entregar o pacote que eu estava esperando para Clara. Digo para ela ir para dentro e que eu só ia pegar algumas coisas que faltaram mas já ia me despedir, e ela fez.

Entro no antigo apartamento e procuro o gatinho que estava escondido em algum lugar da casa, quando ele chegou já a tarde foi difícil mantê-lo em segredo de Clara. Meus pais tiveram que me ajudar nessa tarefa.

Devagar pego o gatinho de pelagem laranja e o coloco na caixa que havia alguns buracos e fecho já saindo do lugar e batendo na porta da minha namorada, que em segundos abriu a porta

—Minho...? –Clara olha para mim e depois para a caixa em minhas mãos —Oque é isso? –ela ri

Não digo nada, apenas estendo a caixa para ela, e desconfiada ela abre vendo o gatinho miar lá dentro, ela leva uma mão na boca e me olha sorrindo, em seguida pegando o gatinho de forma cuidadosa

—Ele é tão fofinho –ela acaricia o gato no colo

—Para você não tentar roubar nenhum gato por aí –digo, em tom de ironia e ela revira os olhos rindo

—Obrigada, amor –agradece —Ele é muito fofo.

Faço um biquinho pedindo um beijo e ela Não demora a me dar um selinho, se afastando rápido

—Só isso?

—Sim, temos um filhote aqui –ela ri com o gatinho no colo e eu cerro os olhos

—Sabe... A mudança me deu fome, que tal a gente pedir uma pizza? –pergunto para ela

—Você tá enrolando para não me deixar? –Clara, provoca

—Na verdade, sim. Vai ser estranho não te ver todos os dias... –eu confesso

Clara fica em silêncio, me olhando

—Acho que uma pizza não seria má idéia.

No ritmo das batidas- (Lee Know)Onde histórias criam vida. Descubra agora