Oii!! Como estão todos vocês? Espero que muito bem. Eu não
vou me demorar muito aqui mas preciso avisar mais uma vez, novamente, de novo
e outra vez, essa fanfic é dolorida, ela não é uma leitura leve e não deve ser feita
caso ela trate de algum gatilho. O Bullyng não é uma guerra para ser batalhada
sozinhes não façam isso. Digam para algum adulto, se seus pais não ouvirem,
contem para os professores, falem para alguém que vai fazer algo a respeito. Não
passem por isso sozinhes.
A FANFIC CONTEM MENÇÃO A ABUSOS FÍSICOS E PSICOLÓGICOS.
TENTATIVA DE SUÍCIDIO. IDEAÇÕES SUICIDAS. NARCISISMO. DESCONTROLE
INTERMITENTE DE RAIVA. ESTRESSE PÓS TRAUMÁTICO. CULPABILIZAÇÃO.
AUTOPUNIÇÃO. TRANSTORNO DE IMAGEM. TRANSTORNOS ALIMENTARES.
POSSÍVEL MENÇÃO AO TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO COM
HIPERATIVIDADE
Se qualquer um desses temas te doer mais do que o suportável por favor pare a
leitura! Lembrando que minha dm no insta tá sempre aberta pra vocês e o Tiktok
também!!
Reforçando sempre que Boku no hero não me pertence, mas a ideia é história desta fanfic sim.
Todos prontos? Vamos começar!--------------------------------------------------------------
Se o corpo se torna inútil a
qualquer tipo de utilização,
por que não libertar a alma
que sofre em sua
companhia?
- Sêneca, 65dC
- Sonhar não faz mal... Mas você precisa ser mais realista, jovem.
Existe uma linha limite.
E até essa linha, houve muita dor.
Lasciva e pungente. Excruciante, aquelas dores que a alma ainda se lembra depois do fim. Aquele tipo de dor que deixa marcas que vão muito além das cicatrizes.
Izuku ainda se sentiria agonizar mesmo em seus momentos de paz. Não que ele
tivesse tido muitos desses momentos. Ele se lembra dos anos de horror na escola, das ameaças queimando dentre seus ossos, era algo tão potente que às vezes fazia a sua respiração falhar. A memória pungente das humilhações e do medo constante corroía sua coragem por dentro, como vermes comendo a carne de um cadáver.Houve também as noites insones, assombrado por sua covardia. Por todas as dúvidas que lhe preenchiam o peito e a alma e se alojavam em cada pedaço
lascado de sua personalidade quebrada.
Se ele tivesse força.
Se ele fosse corajoso.
Se ele tivesse uma individualidade.
Se ele fosse melhor.
Se ele fosse algo que valesse a pena.E então nesse meio escuro que se encontrava sempre lhe faltava ar. Era um estranho aperto na garganta que culminou em um peso grotesco em seu peito, ele já havia chorado tantas vezes que nem se importava mais. E havia a busca pelo ar que nunca parecia o suficiente para seus pulmões, nestes momentos Izuku se lembrava de socar seu próprio peito na tentativa vã de cuspir fora o que quer que lhe impedisse de respirar. Mas enquanto as crises ocorriam, ainda havia esperança, ainda havia anseios. Ainda havia um sonho.
Sonhos são coisas bonitas. Porém, frágeis e indiscutivelmente perigosas. No caso de Izuku. Sonhar foi algo letal.
A maior parte da sua vida desde que se lembrava de existir havia sido um grande pesadelo. Seu pai havia ido embora muito cedo o que pesou sobre os ombros de Inko. Ela era o tipo de mulher que poderia ter sido brilhante. Não que ela não o fosse. Por Deus, para Izuku, Inko era a criatura mais brilhante, maravilhosa e bondosa que ele conhecia. E por isso ele também sabia que era um grandíssimo fardo para sua mãe, mesmo que ela jamais fosse lhe dizer algo assim. A parte que ainda era sã em seu cérebro sabia que ela nunca sentiu que ele o fosse, nem mesmo por um segundo. Mas essa parte era pequena e não podia lidar com o resto apodrecido por toda a dor. Se Inko não tivesse tido um filho quirkless, seu esposo a teria levado consigo para o pais que se mudou a trabalho e ela não precisaria se matar todos os dias em dois ou três turno absurdos em seus empregos. Inko fazia sempre o melhor que podia para dar tudo a ele. Como se ela quisesse compensar o fato de não ter podido lhe dar uma individualidade. Às vezes Izuku queria dizer a ela que não havia o que ser compensado, não era culpa dela. Ele era fraco. Seu corpo nasceu daquela forma. Ele era o erro. Sempre foi.
Houve um ponto em que Izuku deixou de se ver. Como se não tivesse nele nada além do que lhe faltava. E isso era o que lhe resumia. Ele não era bom, ou merecia ser amado. Não havia nele nada que merecesse um olhar carinhoso ou gentil.
Ele podia entender o porque Kacchan não o queria por perto. Ele era fraco, pequeno e fadado a não ser nada além do que um estorvo, enquanto Katsuki tinha a individualidade perfeita, era inteligente ao extremo e esforçado o suficiente para se tornar o próximo número um. Até mesmo superar o atual símbolo da paz.
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Sob a pele
FanfictionOs últimos dez anos eram um grande amontoado de dor, abandono, abusos e negligências. Quando abriu a porta de acesso ao terraço do prédio, uma sensação fria o atingiu. Tudo estava exatamente da mesma maneira que estava a um ano e três meses atrás. P...