Capítulo 21

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Um adolescente está alegre, rindo enquanto pega a mão de seu irmão para escapar do Cais de Lótus, correndo pelas docas para entrar em um barco

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Um adolescente está alegre, rindo enquanto pega a mão de seu irmão para escapar do Cais de Lótus, correndo pelas docas para entrar em um barco. O outro menino segue, mecanicamente, sem qualquer sinal de animação.

Quando Wei Ying se vira para olhar para seu irmão, Hong-er finge um sorriso. Ele já é um especialista em fazer sorrisos falsos que até o próprio Wei Ying nem duvida deles.

Lentamente... Hong-er está esquecendo o que é o prazer da liberdade.

E é que algo nasce no tempo e não é empatia ou realização, mas tédio.

Ele sabe que não pertence aqui, não é bem-vindo nesta terra estrangeira, bela e caótica. Até seu próprio corpo rejeita esta terra. Ao amanhecer, ao meio-dia, à luz das estrelas, ele sufoca, murcha, crava as unhas na pele, reprimindo o desejo de perguntar a Wei Ying, 'Por que não saímos daqui?'

A risada de Wei Ying é estrondosa, despreocupada, jovial, óbvio que Wei Ying ama este lugar.

Reprimindo essa amargura, Hong-er deixa seu irmão pular e mergulhar na água.

Em poucos segundos, o menino é o único no barco. Ele respira fundo, fecha os olhos e abaixa os ombros.

De alguma forma, algo dentro de Hong-er está se fragmentando, mas ele finge ignorá-lo.

O barco vira, balançando pesadamente na água com a barriga para cima. Wei Ying continua rindo, pulando no barco e sentando de pernas cruzadas.

Hoje foi um dia especial, Hong-er está se divertindo, você pode dizer por seus sorrisos e olhos felizes.

Acordar às nove horas, não treinar, jogar, caçar faisões e nadar acabou sendo uma boa ideia.

Seu sorriso começa a diminuir quando nada sai da água, exceto um monte de bolhas.

"Por quê está demorando tanto?".

Uma pequena inquietação bate em seu coração e antes que ele possa se levantar, ele é empurrado para a água. Mais uma vez, o barco vira.

Wei Ying aparece e vê seu irmãozinho ajustando seu remendo.

"Você pode tirá-lo, não há ninguém aqui.".

O garoto o ignora e continua ajustando seu remendo, Wei Ying aproveita a abertura e começa seus ataques furtivos para arrebatar o remendo de seu irmão. Ambos circulam o barco, chapinhando ao redor, até que finalmente Hong-er permite relaxar e rir vitoriosamente quando Wei Ying é atingido no nariz.

"Hong-er! Binghe irá saber!" exclama Wei Ying, limpando o sangue do nariz.

"Ele deve estar ocupado sendo um discípulo chefe. Eu não acho que ele se importaria com um golpe...".

Ele para abruptamente enquanto pisca, franze a testa e vê o sorriso travesso de Wei Ying. O adolescente está girando a alça do remendo com o dedo indicador.

°•Irmãos•° {Tradução} -SVSSS-MDZS-TGCFOnde histórias criam vida. Descubra agora