pequeno borrão

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Antes das aulas começarem, os jogadores do clube de vôlei foram chamados até à sala do clube para uma reunião.

Assim que entraram na sala do clube, Osamu franziu o cenho confuso vendo as novas alunas sentadas no chão, ele entortou os lábios tentando se lembrar do nome delas.

— Oque está acontecendo? Você nunca nos chama para uma reunião. — Aran perguntou curioso.

— É verdade, eu nunca faço uma reunião assim, mas achei que é necessário. — Kita respondeu cruzando os braços e prosseguiu — As gêmeas vieram me procurar para entrarem como gerentes no clube.

Os restantes jogadores se entreolharam e deram de ombros para a decisão sem qualquer argumento contra, Kita limpou a garganta se virou para as gêmeas.

— Então, está decidido. — Kita disse e tirou dois casacos do clube de dentro um armário, ele prosseguiu — Sejam bem-vindas ao clube.

[...]

O sinal tocou, avisando que duas aulas já tinham passado, você levantou sua cabeça e olhou para os lados até que alguém te cutucou levemente.

— (Nome), temos que ir almoçar. — Rin murmurou com uma voz suave e gentil.

— Já são horas de almoço? — você perguntou surpresa, Rin concordou com a cabeça e você se levantou rapidamente.

No caminho até ao refeitório, Rin questionou se estava tudo bem, você respondeu que tinha acordado com dor de cabeça, mas que já estava melhor por conta dos remédios que tomou em casa.

Quando chegaram no refeitório, você olhou ao redor em busca de uma mesa para almoçar e franziu o cenho vendo que a mesa do clube de vôlei tinha duas caras novas, as gêmeas.

— Aquilo das gêmeas é real ou eu estou com tanta dor que estou alucinando? — você perguntou confusa enquanto se sentava numa mesa, Kota suspirou.

— É real, na sala as meninas estavam com o casaco do clube. — Kota explicou com uma careta enojada, você engoliu em seco e ele prosseguiu — Não se preocupe.

— Preocupar com oque? — Rin perguntou confusa, ela estava um pouco desconectada do assunto.

Você não via nenhum problema em contar sobre seus sentimentos para Rin, até porque ela era sua única amiga mulher e seria legal ter uma outra opinião em relação ao assunto.

— Eu gosto do Osamu. — você pontoou, Rin arregalou os olhos surpresa pela informação.

— Sério? — Rin perguntou surpreendida, você concordou levemente com a cabeça — Já contou para ele?

— Não, nem pretendo na verdade, não acredito que eu seja a melhor pessoa para ele, mas mesmo assim eu queria ser alguém insubstituível na vida dele. — você respondeu.

[...]

No clube de culinária, você aproveitou para fazer alguns onigiri's personalizados para oferecer aos jogadores como sempre.

— Estão prontos? — Rin perguntou aparecendo na porta do seu clube, você concordou com a cabeça.

— Estamos sim. Kota?

— Vamos! — Kota exclamou animado, você sorriu alegre e sairam no clube de culinária.

Assim que chegaram à porta da quadra, perceberam que estava trancada. Um ponto de interrogação apareceu na sua cabeça, eles sabem que você sempre aparece naquele horário.

Vocês caminharam até à outra porta que tinha atrás da quadra, estava meio-aberta e você espreitou para dentro junto com seus amigos.
Lá dentro, os jogadores pareciam estar fazendo um intervalo como sempre e com algumas caixas de comida que não eram as suas, você mordeu seus lábios vendo as gêmeas abrirem outra caixa de comida e eles vibrarem como se fosse a primeira vez que alguém trouxesse.

Era algo bobo, mas entregar comida para eles sempre foi algo muito importante e trabalhoso para você. E esse trabalho era recompensador pelo sorriso gigante e elogios que eles davam, por isso você sempre acreditava que nunca seria substituída.

Até hoje.

Você suspirou derrotada e se afastou, deixou a sacola com a comida num armário que havia na entrada e se afastou da quadra com seus amigos.

Depois de um tempo, vocês estavam no portão, prestes a ir embora quando os jogadores de vôlei se aproximando do portão, alguns continuaram caminhando, mas Osamu e Atsumu pararam.

— Você não foi hoje. — Osamu pontuou num tom sério, ele te olhava fixamente e você suspirou pesado.

— Ah, eu fui, mas a porta estava trancada. — você respondeu naturalmente e Osamu arqueou uma sobrancelha. A porta não estava trancada porque ele checou isso antes para que o plano funcionasse.

— Desculpa, (Nome). As gêmeas viraram gerentes e estávamos conversando. — Atsumu respondeu seguindo a segunda parte do plano caso o primeiro desse errado. Sendo esse, a provocação.

Os gêmeos te encararam fixamente, esperando por uma reação sua, mas você manteve uma expressão impassível.

Osamu não conseguia ler você.

Quando eles se despediram, Atsumu falou algo para Osamu que o fez suspirar pesado, você olhou para seus amigos que mantiveram uma expressão incrédula.

— Ele acabou de... — Rin murmurou colocando a mão na boca, você suspirou.

Você não sabia ao certo o que era, mas não iria acabar bem.

𝐀𝐋𝐖𝐀𝐘𝐒, miya osamuOnde histórias criam vida. Descubra agora