Azul ou verde?

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    Olá! Eu terminei Desconjuração hoje, no exato um ano de término dela e estou devastada, mas também estou com inspiração e fiz essa belezinha, espero que gostem <3

     Essa one se passa no espaço de tempo entre Desconjuração e Calamidade!!

     Boa leitura!

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Dante se sentou em sua cama e suspirou. Não podia mais observar fotos de quem ele amava como Kaiser fazia, não podia ver o sorriso dos outros para sorrir também, não podia ver as flores. Não podia ver mais nada.

      -Ei, Dante. -Arthur apareceu no quarto. O homem sentado na cama virou a cabeça na direção de Cervero, seus olhos parecendo focar em um ponto completamente aleatório porque não enxergava seu amigo. -Queria saber se cê' quer um chiclete azul ou verde.

      Dante ficou quieto por um instante, mas logo respondeu:

     -Eu quero o azul. - Ele sentiu algo estranho tocando seus lábios, como se fosse um tipo de bolinha.

      -Abre a boca. -Arthur pediu, ainda cutucando o amigo com o chiclete.

       Dante abriu a boca e começou a mastigar o chiclete. Sentiu um peso ao seu lado, julgou ser Arthur pela forma como a pessoa começou a balançar as pernas.

      -Dantezinho...-Arthur esfregou as costas do amigo com a mão. -Esse tá mais doce, né? Eu acho que mudaram a marca do chiclete no mercadinho. -O homem cego ouviu um estalo, dando um leve solavanco de surpresa. Arthur riu dele e segurou sua mão. -Foi só uma bolha estourando.

       -Que susto....-Dante suspirou. Ele sentiu as mãos de Arthur tocando seu cabelo. Agora estava mais curto, porém ainda comprido. -O que tá fazendo?

        -Eu quero trançar seu cabelo. -Arthur tentou separar algumas mechas com sua mão e então começou a trança-las, mas não rolou, se confundiu e fez alguns nós no cabelo de Dante.

         -Eu seguro pra você. - Dante segurou suas mechas separadas. Arthur pegava uma e devolvia para Dante segurar. No fim ele conseguiu fazer uma trancinha em seu cabelo. -Tá legal?

       -Muito. -Arthur entregou um pequeno elástico para Dante amarrar a pontinha do cabelo. -A Ivete que me ajuda a trançar o meu, então você também precisa de alguém pra fazer tranças no seu.

       -Você tá com tranças?- Dante perguntou. Arthur segurou a mão toda tatuada dele e levou até seu cabelo. O homem cego arrastou os dedos pelo trançado e sentiu a textura gostosa das ondulações. Sorriu e entrelaçou seus dedos com os do guitarrista. -Eu quero sentir a que você fez em mim também.

       Arthur sorriu com seus dentinhos pontudos e levou a mão do outro homem até seus cabelos, Dante sorriu mais ao sentir como estava.

       -Obrigado....é impossível se sentir infeliz junto com você, Tutu. -Dante segurou de novo a mão do outro homem junto da sua.

-Que isso! Às ordens! - Arthur riu e apoiou a cabeça no ombro de Dante, o surpreendendo e fazendo ele esquentar um pouco. -Caramba, Dante, você é muito bonito.

O rosto pálido do homem cego ruborizou e ele deu um sorrisinho.

-De repente...?

-Não, era só para lembrar mesmo. -Arthur fechou os olhos e se aninhou no ombro de Dante. -Você tem um cabelo bonito, umas tatuagens bonitas também....eu gosto delas.

-Eu nunca devia tê-las feito, tudo seria melhor se eu não tivesse me tornado um ocultista.

-Mesmo assim. Quando eu penso que você fez tudo isso para ajudar os outros....é uma coisa tão bonita. E você sempre pensava em como trazer a Jasmim de volta. Você realmente amava muito ela, né?

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