Dont touch me

369 11 3
                                    

Só senti uma dor no meu braço, olhei pro mesmo e estava sangrando. Ele havia me acertado.

- OLHA O QUE VOCÊ FEZ. – gritei com dor.

Ele foi pra sua cadeira com sacrifício e sentou colocando suas mãos dentro da calça, possivelmente massageando seu saco.

- QUER ME DEIXAR SEM PAU, VAGABUNDA? DEVERIA TER TE ACERTADO NA CARA, NÃO DARIA TANTO TRABALHO.

- ACERTA LOGO. NÃO VAI FAZER DIFERENÇA ALGUMA!

- NÃO VOU PERDER UMA GRANA POR CAUSA DE UMA PUTA MAL CRIADA COMO VOCÊ.

Não disse nada, a dor no meu braço era muito maior pra me dar ouvidos aquele lascado.

- Mário, venha até aqui. AGORA! – ele disse pelo interfone.

- O que você vai fazer? – perguntei assustada.

Ele não respondeu, fechou os olhos e ouvi seus gemidos de dor. Bem feito.

- Sorte a sua que não machucou tanto, se não, você seria uma vadia morta.

- Morro de medo de você. – disse e olhei pra minha mão ensanguentada.

A porta foi aberta, era o tal Mário.

- Diga, Guerra.

- Faça um curativo nesse ferimento ai, e depois a leve pro meu quarto.

- Pro seu quarto? -  arregalou os olhos.

- Está surdo? – perguntou rude.

- Não, cara. Só me surpreendi...

- A tire daqui, antes que estoure os miolos dela.

- VAI SE FODER!

Saí daquela sala, e ouvi passos vir atrás de mim. Fui puxada brutalmente.

- Calma aí, apressadinha. – era o tal Mário.

- Faz logo a porra desse curativo, isso tá doendo pra caralho.

- O que você fez? Normalmente as vadias saem mortas do escritório do Gurrra.

- Acertei seu saco, e ele me acertou.

- Você fez o que? – perguntou rindo.

Que retardado mental, cara. O olhei revoltada, eu estava com dor e ele rindo feito idiota. Descemos a escada e as vadias no sofá me olharam com nojo.

- É acertei o saco dele. – disse.

- Por isso que ele ficou puto. – continuou – Senta ai.

Falou quando chegamos a cozinha, sentei em uma cadeira, ele lavou a mão e pegou uma malinha de primeiros socorros.

- Tire a blusa. – falou colocando umas luvas brancas de enfermeiros.

- Até você?

- Eu preciso que você tire pra limpar o ferimento.

- Não consigo tirar com só um braço.

Falei como se fosse óbvio, e é óbvio. Ele me ajudou a tirar minha blusa que estava encharcada, fiquei apenas de sutiã, seus olhos foram rapidamente para os meus seios.

- Podia pelo menos disfarçar, isso é constrangedor. – revirei os olhos.

- É... Foi mal.  – pegou em meu braço. Gemi de dor. – Sorte a sua que foi de raspão, irá cicatrizar rapidamente.

Falou passando algum líquido em um algodão e aplicando no ferimento. Gritei, ardeu pra caralho.

- ISSO ARDE, CARA.

Dangerous Life - Paulicia Onde histórias criam vida. Descubra agora