Paternal instincts

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- Hora de acordar, vadia. – ouvi e senti a claridade bater em meus olhos, reconheceria aquela voz até no inferno, era Paulo. Nem dormir eu posso mais.

- Por que não vai dá o cu e me deixa dormir? – coloquei um travesseiro em meu rosto.

- Porque eu só faço comer, eu não dou. – falou puxando o travesseiro e a coberta.

- Porra, me deixa dormir, que saco. – Paulo merece apanhar, na boa.

- Levanta logo, temos assuntos para tratar. – deu alguns tapas em minhas pernas.

- Viado, corno, infeliz.. – levantei o praguejando.

- Vai logo.

Fui até o banheiro, lavei o rosto e escovei os dentes, penteei meus cabelos e voltei para a cama, me joguei, estava com muito sono.

- Porra garota, levanta logo. – disse Paulo mais uma vez, alguém me empresta uma arma pra eu acabar com esse arrombado?

- Eu quero dormir, depois fala comigo. – ele me puxou pelas pernas até ele que estava na beira da cama em pé.

Entrelacei minhas pernas nele, e ele acabou caindo em cima de mim.

- Eu tenho coisas sensíveis aqui, entendeu? – ele disse.

- Problema seu. O que você quer, Guerra?

- Conversar.

- Precisa ser agora?

- Bom... – ele olhou para meu busto. – Bom agora não. – me olhou maliciosamente.

Mordi meus lábios o olhando, Paulo tomou meus lábios rapidamente, sua língua rapidamente entrou em contato com a minha, travando uma batalha. Esse vagabundo beija bem pra caralho, segurei em sua nuca dando intensidade ao beijo, sua língua sugava a minha com força me deixando entorpecida, sua mão apertava com força minha cintura, friccionando seu membro sob minha intimidade, golpe baixo. Contive um gemido entre o beijo, mordi seu lábio inferior e demorei um pouco para soltar, Paulo fez diferente, chupou o meu e enfiou novamente sua língua dentro da minha boca, ele tinha uma pressa incrível ao me beijar, sua mão adentrou minha blusa e foi subindo, parecia que ia queimando quando sua pele encostava-se à minha, ele deslizada sua mão sobre minha barriga e dava pequenos apertos, coloquei minha mão dentro da sua blusa e passei minhas unhas lentamente sob seu abdome definido, senti ele se arrepiar, não conseguia nem raciocinar direito com ele me beijando daquela forma, que desespero, bateram na porta e voltei para a realidade, empurrei Paulo que murmurou algo que não entendi.

- Quem é? – perguntei olhando para a porta.

- Sou eu Valéria, pensei que não iria mais acordar, vadia. Não vai descer?

- Já estou indo, Valéria.

- Vou te esperar lá embaixo.

- Tá bom.

Ela não disse mais nada, saiu. Paulo me olhava com cara de tacho, ué, o que eu fiz?

- Valéria empata foda. – ele reclamou.

- Que foda? – perguntei indo até o closet.

- Que iria ter se ela não tivesse aparecido.

- Jura? – ri. – Cai fora, daqui a pouco eu desço.

- Desce logo, precisamos conversar. – ele disse arrumando seu cabelo. Não fui eu que baguncei.

- Eu já entendi. – disse e fui o empurrando até a porta, só assim ele vai embora.

Paulo me puxou pela cintura e roubou um beijo.

- Para de fazer isso. – disse me soltando dele.

- Isso? – perguntou e me beijou de novo.

Dangerous Life - Paulicia Onde histórias criam vida. Descubra agora