Valéria me ajudou a descer aquela enorme escada. Demorou bastante pra falar a verdade. Por sorte Mário ia passando, me pegou no colo e me levou para o porão. Valéria vinha nos acompanhando.
- Acho que você vai precisar usar muletas enquanto essa perna não ficar boa. – disse Mário me pondo no chão, apoiei meu calcanhar e Valéria me abraçou de lado pra não desequilibrar.
- Filho da puta... – murmurei lembrando-se do engraçadinho que me acertou.
- Vem. – Mário disse e abriu a porta.
Passei primeiro com a Valéria e ele passou em seguida fechando a porta atrás. De cara, uma escada que dava acesso lá em baixo.
- Sacanagem né, Mário? – murmurei.
Já havia cansado só de descer aquelas escadas, e ainda vem essa daqui.
- O que seria de você sem mim né? – Mário se gabou e me pegou no colo de novo.
- Seria eu ué, a Valéria ia me ajudar a descer. – disse. Mário riu.
- Eu? Nada disso, queridinha. – Valéria disse andando na frente.
- Nossa, são nessas horas que vemos os verdadeiros amigos. – dei uma de dramática.
- Fazer o que né, meu amor.
Revirei os olhos, ainda bem que a escada não era tão grande quanto à da mansão do Guerra. Mário desceu aquela pequena escada reclamando do meu peso, e eu reclamando dele por ele reclamar. No final da escada me apoiei novamente na Valéria e fui mancando. De longe avistei Paulo, Jaime, Davi e uns dois capangas do lado de um ser sentado em uma cadeira, amarrado nas pernas e nos braços, ele estava com uma fita adesiva na boca.
- Que demora! – Paulo disse.
- Não sei se você percebeu mas estou debilitada e não posso ficar subindo e descendo escadas por aí. – disse dando de ombros e chegando perto deles.
- Aleijadinha. – Davi zombou.
- Seu cu, Davi. – mandei um dedo do meio pra ele e o mesmo gargalhou.
- Tem alguma cadeira aí? Preciso sentar. – reclamei rindo.
- Folgada. – Jaime falou e me entregou uma cadeira, me sentei e suspirei de alivio.
Não aguentava mais ficar em pé.
- Eai, descobriram alguma coisa com esse imbecil? – perguntei apontando para o ser que me encarava.
- Nada de nada. – Mário bufou.
- Estávamos esperando você. – Paulo disse. – Tirem a fita da boca dele. – falou rude pros dois capangas que estavam do lado.
- Espera. – me levantei e caminhei lentamente até ele, quer dizer, manquei. – Deixa que eu faço isso.
Os garotos me olharam sem entender. Peguei na ponta da fita e puxei com força, o filho da mãe gritou, wow essa doeu. Sorri com satisfação e joguei a fita no chão.
- Oi docinho, gostou do que fez na minha perna? – perguntei mostrando a ele.
O elemento sorriu sarcástico.
- Sim, gostei. – respondeu. – Deveria ter pegado bem nessa tua cara de vadia. – ele disse me olhando com nojo, ri alto e dei um tapa forte em seu rosto, ele virou o rosto com o tapa.
Se minha mão doeu, imagine o rosto dele.
- Que pena que você é péssimo na mira né? Me admiro Abelardo por merdas como você pra cuidar de suas coisas. – disse com ironia.
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Dangerous Life - Paulicia
FanfictionEla é Alícia Gusman. Atraente, olhos castanhos. Dona de um corpo escultural e onde passa rouba olhares. É um doce de mulher, mas também pode ser fria e calculista. Ele é Paulo Guerra. Bonito, sorriso encantador, rude, frio, grosso, corpo desenhado p...